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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

11
Nov18

O diabo não está sempre atrás da porta. Mas os fantasmas não saem de lá!

Eduardo Louro

 

Para o Benfica este jogo de hoje em Tondela era de tudo ou nada, absolutamente decisivo para o seu futuro neste campeonato, com tudo o que isso pesava no actual estado mental da equipa.

Os primeiros dados não eram nada animadores: chuva intensa e relvado alagado, não deixavam as melhores perpectivas para o jogo, e o apito inicial piorava-as. O tondela atirou-se ao Benfica que nem gatos a bofes, e chegou ao golo de imediato. O golo mais rápido desta Liga!

Pior. O Grimaldo foi batido que nem um principiante e foi Conti a marcar na própria baliza. Dois jogadores da defesa logo em cheque, E que jogadores... O que estava no ponto mira dos adeptos, pelas suas declarações no final do último jogo, com o Ajax; e o entra e sai, o regressado Conti, agora pela expulsão de Jardel. Cuja última imagem era a da sua participação no golo em Amsterdão.

Os jogadores do Tondela sentiam que era o momento de deixar o adversário KO, e não deixavam sair os do Benfica do seu meio campo. Valeu que Conti imitou Amsterdão, invetendo agora a ordem, e tirou da baliza o que já era o segundo. E valeu que aconteceu o que não tem sido habitual e, aos 9 minutos, na primeira vez que conseguiu chegar à área adversária, o Benfica chegou ao empate, por Jonas, a revelar uma eficácia que não mais voltaria a confirmar.

Não deu para perceber se o golo catapultaria a equipa para o ataque, à procura do segundo. Se isso passou pela cabeça dos jogadores não teve tempo de lá permanecer, porque os imbecis das tochas trataram de interromper o jogo, dando tempo ao adversário para se recompor do golpe. Tão difícil de perceber como é que estes imbecis continuam com portas abertas nos campos de futebol, é perceber como continuam a deixar entrar aqueles artifícios.

Aos poucos o Benfica começou a superiorizar-se mas, aí, regressou a falta de esclarecimento, e de categoria, na finalização, com especial relevo para o inevitável Rafa. Mas também Pizi, Cervi e Jonas.

Na segunda parte a equipa entrou melhor, e até o futebol passou a ser outro. Ao contrário do jogo directo da primeira parte, o Benfica passou a apresentar um futebol mais ligado, mais perto do padrão da equipa. O latreral direito do Tondela, para aí à décima falta, viu finalmente o cartão amarelo. E dois minutos depois, à décima segunda, cerca dos 10 minutos da segunda parte, o vermelho. E o Tondela passou a jogar com dez.

Mesmo assim, se se tivesse repetido o que aconteceu nos dois jogos anteriores, com o Belenses e com o Moreirense, e o Tondela tivesse marcado nas duas ocasiões de que dispôs, dificilmente o Benfica conseguiria fugir à sua triste sina. Nem sempre o diabo está atrás da porta...

A reviravolta chegou com o golo de Seferovic, entrado pouco antes, para o lugar de Cervi. E de novo tochas... Valeu o VAR para que as tochas não voltassem a aparecer no terceiro, que Rafa nem festejou, julgando-se em fora de jogo. Quando surgiu a confirmação da legalidade do terceiro já não era a mesma coisa...

A exibição não afastou fantasmas, o processo defensivo e a finalização continuam a fazer arrepiar os adeptos. Mas vêm aí duas semanas de interregno, que poderão fazer bem Rui Vitória...

Entretanto, em Alvalade mais do que um jogo de futebol, acontecem escândalos e(m) cadeia. Lá dentro, e lá fora ... Mas só os que estão lá fora é que vão dentro!

17
Set17

É oficial: há fantasmas!

Eduardo Louro

Resultado de imagem para boavista benfica 2017

 

É oficial: os fantasmas existem, e estão aí!

Aquilo que entre nós, benfiquistas, vínhamos dizendo baixinho de uns para outros, está confirmado.  A política de vender depressa tudo o que desponta no (falso) pressuposto que a qualidade da equipa se mantém, deixou de ser estratégia para ser sobranceria.

A factura do desinvestimento na equipa estava á vista. Hoje, no Bessa, foi apresentada a pagamento.

E, no entanto, quem assistiu à primeira parte deste jogo com o Boavista - a quem, recorde-se, na época passada, o Benfica não conseguiu ganhar, perdendo 5 dos 6 pontos em disputa - chegou a acreditar que os jogadores disfarçariam a crise por mais uns dias.

O Benfica entrou forte no jogo, a jogar com velocidade e com determinação, e sem falhar passes como vinha falhando nos últimos jogos. A forma como o Boavista se dispôs em campo também ajudou. Ao contrário dos últimos adversários, o Boavista não encolheu o campo, espalhou-se pelo campo todo, dando profundidade ao jogo, deixando espaço para jogar, mesmo que disputasse a bola em todas as zonas do rectângulo.

O Benfica dava-se bem com estas condições e tomou por completo o controlo do jogo. Marcou cedo, logo aos 7 minutos, e salvo o período de meia dúzia de minutos que se seguiu ao golo, em que o jogo atabalhoou um bocadinho, permitindo ao Boavista chegar perto da baliza em três ou quatro livres consecutivos, na sequência de outras tantas desnecessárias faltas a meio campo, esteve sempre a mandar no jogo, e a criar oportunidades de golo, umas atrás das outras.

Quando ao minuto 45, nem mais um segundo, interrompendo uma promissora jogada de ataque, já em cima da área do Boavista, em mais uma das subtilezas das suas arbitragens, Artur Soares Dias apitou para o fim da primeira parte, o Benfica já devia três ou quatro golos ao jogo. O Boavista não tinha feito um remate à baliza, e tinha-se limitado a correr atrás da bola (70% de posse de bola para o tetracampeão). 

Tão pouco, que custava a crer que o escasso 1-0 fizesse perigar o resultado na segunda parte. Quando parecia que o Benfica regressava bem, com o mesmo espírito da primeira parte, começamos a ver fantasmas a descer sobre o relvado do Bessa.

O primeiro a pisar a relva foi o das lesões. Foi de imediato direitinho a Sálvio. Tenebroso: porque Sálvio é hoje insubstituível, porque é mais uma lesão, e porque é mais uma lesão de Sálvio.

Logo a seguir, ia a segunda parte com apenas 5 minutos:chega o fantasma da defesa. Um lançamento da linha lateral, daqueles à Benfica, como que a provar do próprio veneno, e lá estava o fantasma a impedir qua bola fosse afastada, empurrando-a para uma carambola que daria em golo. O fantasma da defesa tem transformado carambolas em golos em todos os últimos jogos.

O terceiro fantasma demorou mais tempo a chegar. Talvez porque ser o que estava há mais tempo à espera, com menos ritmo de jogo. O tão anunciado fantasma do guarda-redes acabou por chegar quando já quase ninguém acreditava nele.Tudo começou com mais umas subtilezas de Soares Dias, que começou por marcar mais uma daquelas muitas faltas inexistentes que assinala contra o Benfica em zonas tidas por negligenciáveis. Depois posicionou a barreira do Benfica mais de um metro para além da linha dos nove metros e quinze, como se viu na transmissão televisiva, mas não se voltará ver mais. No fim, o inexplicável frango de Varela. Sem o qual as subtlezas de Soares Dias - que no fim concedeu 6 minutos  de compensação, mas também deu o apito final ao minuto 96, com metade desse tempo passado numa substituição e em assistências médicas - não seriam mais que isso mesmo.

Terminado o jogo, não terminou a dança dos fantasmas. Dantesca, a adensar-ser a cada ponto que engrossa a distância para os da frente... Ou a cada golo de um certo rapaz com uma certa proveniência, onde só houve olhos para  outro, na pressa de atempadamente substituir o Nelson Semedo que havia pressa em vender... 

Dirão que não é a primeira vez por que passamos tempos destes. Pois... O diabo é que não se pode abusar da História. Menos ainda quando é recente... Não tem estaleca para aguentar!  

 

23
Nov13

Fantasmas e maldições

Eduardo Louro

 

Benfica desinspirado vence Sporting de Braga trabalhador

 

O Benfica regressou hoje às exibições que têm sido regra esta época, regredindo claramente em relação ao jogo de Atenas e ficando muito aquém do último jogo, com o Sporting, para a Taça.

É inadmissível que, com um treinador que já vai na quinta época, e mais uma série de novos em cima dos mesmos jogadores da época passada, o objectivo seja atingir o nível exibicional da última época. E não é inadmissível apenas por esse tal nível não ter chegado para ganhar nada, é porque, à quinta época e com mais – muito mais – meios ao treinador tem que se exigir ir além do que já foi. Ficar no mesmo sítio não faz sentido, ficar aquém – e tão aquém, como é o caso – é simplesmente absurdo!

Ganhou – e aproveitou do empate do Porto – porque, ao contrário da equipa, o Matic já está ao nível da época passada, mas não mereceu ganhar. Nunca conseguiu superiorizar-se claramente a um Braga que, ao contrário do que se diz, não vinha de quatro derrotas consecutivas - porque houve uma interrupção nas competições e porque no último jogo, para a Taça, ganhara em Olhão -, mas não está propriamente em alta. E nem se pode dizer que tenha apresentado na Luz uma estratégia do arco-da-velha. Fez aquilo, mas em bem feito, que faz grande parte das equipas quando jogam com o Benfica - bloco baixo, linhas juntas, espaços tapados e transições rápidas - cujo antídoto, como se sabe, passa por uma mistura de mobilidade, velocidade, intensidade, qualidade de passe e de desmarcação. Que faltou claramente ao Benfica, porque parece que há jogadores que sabem mas não querem, outros que querem mas não sabem e ainda outros que querem mas não podem!

E porque há até jogadores que o não são. Desapareceram e deles restam apenas os seus fantasmas. O Rodrigo teve o seu Alcácer Quibir há dois anos atrás, em S. Petersburgo, às mãos – mãos, pés, joelhos… - do Bruno Alves, e não há manhã de nevoeiro que o devolva. O Lima foi César quando chegou o ano passado à Luz: chegou, viu e venceu, tornou-se na sensação da época e marcou (na Liga) mais golos que o Cardozo, dando muitas mais soluções à equipa. Desapareceu no final da época, foi de férias e não mais regressou...

E porque há as lesões. Não há um único jogo sem que jogadores se lesionem. No último foi Rúben Amorim, que estava a parecer ser a chave de alguns problemas; hoje foi Siqueira, que estava a ser um problema, confirmando que a coisa não se fica apenas por fantasmas. Há ainda maldições, e a maldição do defesa esquerdo continua aí.

Tão penoso quanto ver hoje o Lima e o Rodrigo é o discurso de Paulo Fonseca. Agora até de medicina põem o homem a falar… É por isso que não diz coisa com coisa (essa do Nacional ser a besta negra do Porto é digna de compêndio), que a maldição aperta (não há maior maldição que aquela  asaobiadela final), e que já há fantasmas à solta. O que logo em Setembro era um tetra dado por adquirido já só vale um pontinho. Não vai correr bem, não vai não!

24
Ago12

Jogo de fantasmas*

Eduardo Louro


Acabou há pouco o primeiro duelo Barça – Madrid da época. Foi a primeira mão da Supercopa e ganhou o Barcelona (3-2), um Barcelona com pouco Messi e muito Iniesta e um Madrid com de tudo um pouco!

Acabou por ficar tudo em aberto para a decisão no Santiago Barnabéu, na próxima semana.

Foi um jogo que confirmou que Mourinho dobrou o Cabo das Tormentas na época passada. O Adamastor está lá, mas o fantasma parece estar vencido!

E no entanto ameaçou reerguer-se à entrada do último quarto de hora do jogo: o Barça esteve à beira do 4-1, e o Madrid do inferno. Surgiu de repente o fantasma de Valdez, um fantasma bem mais pequeno mas que teima em aparecer nestes jogos… Inacreditavelmente este pequeno fantasma venceu o fantasma gigante do Adamastor que Mourinho julgava morto e enterrado!

Mesmo entre fantasmas, às vezes David vence Golias: Valdez deu cabo do Adamastor! Veremos qual dos dois se apresentará em Madrid. Ou se ambos morrem de vez, e não há mais jogo de fantasmas!

 

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