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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

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Visto da bancada Sul

02
Dez17

Um clássico com várias caras

Eduardo Louro

 

O Benfica entrou no clássico, no Dragão, personalizado, tranquílo e confiante. De tal forma que os primeiros cinco minutos foram praticamente jogados na grande área portista. Veio de resto daí a única oportunidade de golo da primeira parte, num remate de cabeça de Jonas, desviado atabalhoadamente pelo guarda-redes do Porto.

O Porto lançou mão do seu plano B, também conhecido por plano Champions, recolhendo-se lá atrás, para depois sair em contra-ataque, lançando os seus dois panzers - Marega e Aboubakar. Quando se vê o Sérgio Oliveira na equipa percebe-se logo que é esse o programa. A primeira meia hora foi assim, com o Benfica a dominar o jogo e o Porto a tentar sair, mas sem sucesso.

Nos últimos dez minutos o Porto passou a disputar o jogo no campo todo, e ganhou algum ascendente com isso, mesmo que não tivesse tirado daí grande coisa. O melhor que teve foi um remate de Herrera, muito bem defendido pelo Varela, mas já depois do lance estar invalidado, por um fora de jogo anterior.

Na segunda parte a história do jogo é outra. O Benfica até voltou a entrar melhor, mas foi sol de pouca dura. O Porto consolidou a alteração do plano de jogo - curiosamente é a substituição do Sérgio Oliveira pelo Octávio que dá expressão a essa alteração - e passou a disputar a bola sempre com grande pressão e intensidade. Foi meia hora de claro domínio portista, com o Benfica a ceder fisicamente e a perder quase todos os duelos.

As substituições de Pizzi, por Samaris, e de Cervi - também poderia ter sido Salvio - por Zivkovic foram eficazes, vieram foi tarde de mais. À entrada do último quarto de hora parecia que o Benfica tinha virado o jogo. Houve ali um período, logo a seguir à entrada de Zivkovic, em que voltou a ter bola, a dividir o jogo e a incomodar a defesa portista. Só que pouco depois, a 10 minutos dos 90, o árbitro Jorge de Sousa expulsou o sérvio, cinco minutos depois de ter entrado, e acabou com a reacção do Benfica. 

A expulsão, com dois amarelos em dois ou três minutos - o primeiro por se colocar à frente da bola na cobrança de um livre, e o segundo por agarrar um adversário, o quesilento Octávio -, pode até aceitar-se, o que não se aceita é a dualidade de critérios. Felipe, o central do Porto que deve estar abrangido por um protocolo qualquer que o torna impune, aos 10 minutos já não deveria estar em campo. Primeiro, uma entrada violenta por trás sobre Jonas ... e nada. Logo a seguir agarrou o mesmo Jonas, que lhe fugia para o ataque. E nada, de novo!

Com 10 (mais 4 de compensação) minutos pela frente, e a jogar com dez, o Benfica foi encostado lá atrás. Foi então tempo de sofrer, e de ter alguma sorte nas duas perdidas flagrantes do Marega. É claro que um jogador de outra categoria não falharia aquelas duas bolas, mas não se pode ter tudo. Se tivesse a capacidade técnica para marcar aquelas bolas, com a força e a velocidade que tem, era um jogador de nível mundial. E toda a gente vê que não é.

Para além da dualidade de critérios em matéria disciplinar, a arbitragem de Jorge de Sousa teve outra falha: assinalou, mal, um fora de jogo ao Porto. Daí resultou uma grande defesa do Varela - que fantástica exibição! - já com o jogo parado. E depois dessa defesa, uma recarga que levou a bola para a baliza. O Porto fala em golo anulado. E em penaltis. Mas isso não é novidade, é o costume ... 

 

 

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