Grande jogo. E digno...
Meia hora diabólica – com quatro golos em sete minutos, entre os 8 e os 15 – e, depois, um último quarto de hora de controlo. Do jogo e das emoções. Foi assim a primeira parte deste clássico.
E foi quase ao contrário na segunda: só no último quarto de hora regressou algum frenesim ao jogo. Foi tempo do Benfica procurar o golo – o jogo teve uma única oportunidade clara de golo, aos 77 minutos, com Cardozo, isolado, a permitir que o Helton desviasse a bola, que seguiria para o poste e deste para a linha final pelo lado de fora da baliza – e do Porto defender o empate e a fechar a porta, fazendo entrar mais um defesa e passando a jogar com três centrais.
Enquanto foi jogado em alta intensidade, com ambas as equipas a marcarem alto, logo à saída da defesa contrária, o jogo não foi sempre bem jogado. Foi sempre emotivo mas nem sempre teve alta qualidade.
E confesso que se notou mais a falta da qualidade do jogo do Benfica. Porque sendo maior nota-se mais, e porque o Porto esteve mais perto do seu padrão qualitativo. No entanto e curiosamente os dois golos do Benfica resultam de jogadas de construídas com grande qualidade de jogo, enquanto os dois do Porto são fortuitos. O segundo, então, apenas acontece porque é uma imperdoável oferta do Artur.
De resto as equipas foram dignas uma da outra, e mostraram pertencer, em Portugal, a outra galáxia. Apetece dizer que não perdem com ninguém. Nem entre elas …
O treinador do Porto, Vítor Pereira, é que uma vez mais não foi digno, nem do jogo nem das equipas. E mais não digo…