O jogo do BENFICA na Final da Taça
O olhar de adepto para o jogo da Final é feito, umas horas depois do jogo, com mais de 600 km nas rodas e desde a bancada.
É por isso, um texto muito mau, aquele que se segue.
A imagem geral do jogo é a de um péssimo jogo, de parte a parte.
O BENFICA começou o jogo melhor, com mais posse, com uma ou outra jogada de mais perigo, mas foi na sequência de dois cantos que o Guimarães se aproximou com mais perigo da baliza do Artur.
Sem saber ler, nem escrever, a bola bateu no Niko e entrou - subscrevo a ideia do Treinador do Vitória que o qualificou como um chouriço. Estavamos com meia hora de jogo e assim chegamos ao intervalo.
Estava clara a falta de energia do BENFICA com os jogadores completamente rotos. O Guimarães fez muito pouco para merecer mais e por isso, ao intervalo, o 0-0 seria o resultado mais justo.
A segunda parte começou mais ou menos com o mesmo ritmo e apesar do que disse o treinador do Guimarães, não houve um único ataque Vitoriano com pés e cabeça - o BENFICA teve o jogo sempre controlado longe da sua baliza.
Para surpresa minha, o Enzo continuava em alta rotação, ao contrário do Matic, quase tão morto como o Salvio e o Niko. Percebo o que Jorge Jesus fez quando trocou o Urreta pelo Cardozo - teoricamente isso ia permitir mais posse, quer ela presença do Urreta na linha, quer pelo Niko no meio. E, a verdade, é que a coisa foi rolando, até que aconteceram duas coisas: mais dois chouriços.
No primeiro golo, a incompetência do Artur é total, quase tão grande como a do bandeirinha - mas, já sabemos todos, se nos poderem lixar, vão mesmo lixar. E, no segundo, o remate a 10 à hora, bate no Luisão e engana o Artur.
Estava feita a reviravolta.
Concordo com quem diz que o BENFICA esteve muito mal. Sim, esteve - fisicamente deplorável e, quando o corpo não quer, não há mente nem adeptos que possam fazer milagres. A derrota, dos jogadores, é justa por isso.
Não concordo com quem valoriza o jogo do Vitória. Fizeram um época fantástica, é verdade, mas o jogo foi fraquito - perdi a conta à paulada que o Salvio levou, os amarelos que ficaram por mostrar. Tirando a jogada de contra-ataque acima referida, não me lembro de um único remate do Guimarães.
Mas, quem tinha que ganhar era o BENFICA e ao Guimarães restava o papel de esperar pela sorte!
Sobre o resto, escrevo depois, sobre o jogo, muito fraco, ganhou quem teve mais chouriços.