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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

30
Jun12

EURO 2012 (XXVIII) - Venha a final!

Eduardo Louro


                               

Fizemos aqui uma espécie de balanço da primeira fase deste Euro 2012, voltamos a fazê-lo quando o pano caiu sobre os quartos de final. Não há razão para que não o façamos sobre as meias-finais!

A esta competição, marcada por um certo paralelismo com a crise do euro – do outro, que afinal conta bem mais – e da Europa, chegaram em maioria os representantes dos PIIGS, todos representados nesta fase final deste Euro 2012. Na primeira fase caiu apenas um – a Irlanda -, coisa que se repetiu nos quartos de final, com a pobre Grécia a ser expulsa pela implacável Alemanha. Que se viu depois sozinha nas meias-finais rodeada de PIIGS por todos os lados, a reclamarem o protagonismo na bola que a economia e as finanças lhes negam no euro. E dispostos a vingar-se da Alemanha!

Portugal e Espanha, os vizinhos ibéricos em dificuldades, abriram a discussão pela presença na final, num jogo marcado pelo medo, como então aqui se caracterizou. Um medo que pareceu mais evidente na selecção espanhola, que abdicou do seu estilo de jogo habitual, recorrendo como nunca ao improvável jogo directo.

Normalmente, no futebol, quem abdica dos seus princípios de jogo, quem se descaracteriza em função do adversário, é penalizado. Esta é uma regra universal do futebol, sobejamente provada!

 

 

29
Jun12

EURO 2012 (XXVII) - Ciao Alemanha

Eduardo Louro


                                                                      

A Itália empurrou a Alemanha para fora do Euro e, contrariando os desejos de Platini, vai ser ela a disputar a final com a Espanha.

Foi um grande jogo, uma meia-final que pouco teve a ver com a de ontem. Onde a Alemanha, com mais dois dias de recuperação e com muito menos para recuperar – a Itália até vinha de um apuramento através de um prolongamento e de grandes penalidades – como aqui havido sido dito, até entrou melhor no jogo. Mesmo surgindo com alterações ao seu modelo de jogo, em tão evidente quanto surpreendente sinal de receio – não sei se dos italianos se da história - dominou por completo o primeiro quarto de hora, com duas claras oportunidades de golo, a primeira salva por Pilro – começou cedo mais um festival - em cima da linha de golo, logo aos 5 minutos.

Só que o jogo tem seis quartos de hora, e os restantes cinco foram da Itália. Que só fez o seu primeiro remate à baliza de Neuer aos 17 minutos. Mas para fazer o segundo no minuto seguinte e o golo logo no outro a seguir. Em três minutos três remates, um dos quais golo. De Balotelli!

 

 

28
Jun12

EURO 2012 (XXVI) - "Que injustiça"!

Eduardo Louro


                          

No final do jogo de ontem, conhecido o desfecho da chamada lotaria dos penaltis – não é assim tão lotaria, é última forma de decisão, quando todas as outras falharam, é um ponto alto do espectáculo, e creio mesmo que, a curto prazo, o prolongamento será abolido porque não serve ao espectáculo, e é, cada vez mais, um teste importante à capacidade técnica e mental dos jogadores - quando as câmaras se dividiam entre as caras felizes dos jogadores espanhóis e as de desiludidas dos portugueses, privilegiando evidentemente Cristiano Ronaldo, percebeu-se no seu movimento labial este desabafo: “Que injustiça”!

Que injustiça – a eliminação de Portugal?

Que injustiça – não ter tido a oportunidade de marcar o seu penalti?

 

 

27
Jun12

EURO 2012 (XXV) - Mala Suerte

Eduardo Louro


          

A selecção nacional foi afastada da final do campeonato da Europa, no desempate por grandes penalidades. Que é sempre uma questão de sorte e de azar…

Na circunstância da suerte espanhola no decisivo remate de Fabregas, quando a bola, do poste, segue para dentro da baliza; e do azar português, quando a bola rematada por Bruno Alves, da barra segue para fora!

Antes, o Rui Patrício – finalmente com a oportunidade de se mostrar – defendera, com grande brilho, o penalti de Xabi Alonso, hoje um dos melhores dos espanhóis. Alegria de pouca dura porque, logo a seguir, Moutinho – o jogador português que menos merecia que isto lhe acontecesse – marcou muito mal o primeiro (percebe-se, pela história recente, que Paulo Bento não tenha optado por Cristiano Ronaldo para abrir a série) dos penaltis nacionais, e permitiu a defesa de Casillas. E tinha Sérgio Ramos marcado à Panenka, esse sim, mais ou menos à Panenka!

Desconfio que, a partir deste europeu, com o impacto que esta irresponsabilidade teve na viragem do curso dos penaltis, irão multiplicar-se osPanenkas

E, antes de tudo isso, foram 90 minutos de um jogo que esteve longe de ser sequer aceitável. Com duas equipas dominadas pelo medo, às vezes mesmo de pânico. Foi tanto o medo que ambas traíram o seu modelo de jogo, no caso português seja lá isso o que for. Porque na realidade não se percebe bem!

 

 

27
Jun12

A equipe de todos nós

Daniel João Santos
Portugal consegui durante 120 minutos bloquear a famosa circulação de bola espanhola. A seleção nacional foi uma verdadeira equipe de trabalho, esforço, de dedicação e muito pulmão. Se por um lado perdemos, venceu a Espanha em grandes penalidades, ganhámos uma nova dimensão como seleção e calámos os críticos e afins. Paulo Bento faz um trabalho notável no comando da equipe portuguesa. Sim, principalmente criou um equipe a que podemos dar o nome da "equipe de todos nós. Parabéns Espanha, obrigado Portugal.
27
Jun12

EURO 2012 (XXIV) - Convicção e suspeição

Eduardo Louro

Tinha aqui dito quando escrevia sobre o jogo Itália – Inglaterra, que apurou os transalpinos para as meias-finais deste euro, que Pedro Proença regressaria a casa, depois de mais uma brilhante actuação para a imprensa e comentadores portugueses, mas de nada disso do meu ponto de vista.

Normal seria que assim fosse, que tivesse regressado para umas férias que eu desejaria fossem inspectivas e de auto crítica, na perspectiva de preparar uma nova época em que se esforçasse por ser isento e competente, mas que seriam certamente de deslumbramento e de reforço do seu sentido de parcialidade que lhe acentuarão a sua vocação, natural ou trabalhada, para interferir activamente nas decisões do títulos indígenas. A selecção nacional está envolvida na discussão deste campeonato da Europa e o normal, repito, seria que, independentemente dos juízos que a UEFA e os jornalistas e comentadores nacionais façam da sua competência, ele estivesse naturalmente impedido de arbitrar qualquer dos três jogos que faltam.

Surpreendentemente, ficou! E, com o inglês Howard Webb e com o italiano Nicola Rizzoli, forma o trio de árbitros de prevenção para a final…

O que quer isto dizer?

Simplesmente que, para a UEFA, a hipótese de uma final entre a Itália e Portugal nem sequer se coloca. Quer dizer que o Sr Platini tem a forte convicção que a final é mesmo entre a Alemanha e a Espanha. Que o seu desejo é uma ordem!

Aumentam por isso as razões para a suspeição levantada com a nomeação do turco Cuneyt Çakir para o jogo de hoje com a Espanha. As ligações deste árbitro a Angel Villar - o eterno patrão do futebol espanhol e manobrador mor na UEFA –, neste contexto, cobrem esta nomeação de suspeitas.

Por mim, tenho a forte convicção que há motivo de suspeição. Tão forte como a que tenho que a selecção nacional, daqui a poucas horas, vai conseguir ganhar à Espanha, ao árbitro turco, à UEFA e ao Sr Platini!

 

26
Jun12

EURO 2012 (XXIII) - Espreitando as meis-finais

Eduardo Louro

                                                                          

Estamos às portas das meias-finais, no meio de dois dias de descanso, sem futebol.

Meias-finais onde Portugal, sendo o primeiro a chegar não deixa de ser considerado um intruso. Um outsider!

Não deixa de ser curioso que tenha sido Laurent Blanc, o seleccionador francês – até por ser francês, com tudo o que é a ideia que temos dos franceses, como o Sr Platini – o único a não o considerar assim, quando, no final do jogo com a Espanha, afirmou que “estavam nas meias-finais as quatro maiores nações do futebol da Europa”.

Por muito simpático que isso seja para Portugal, não corresponde, nem de perto nem de longe, à verdade. Diferente seria se dissesse que estavam as quatro melhores equipas que disputaram este campeonato da Europa. Estão, de facto!

Tudo isto apenas reforça os méritos da selecção nacional e os créditos de Paulo Bento. Ninguém lhes podia pedir tanto, nem ninguém – ou muito poucos – ousou sonhar tão alto. É certo que, lograr o apuramento naquele grupo de qualificação, era por si só qualificante. Muitas eram as vozes que prognosticavam que daquele grupo A sairia o futuro campeão, ou até mesmo os dois finalistas. O grande mérito da selecção nacional está pois na forma como se saiu no chamado grupo da morte e, sobre isso, já aqui se escreveu.

Na realidade, nas meias-finais estão três das quatro grandes nações do futebol europeu. E estão representados três dos quatros principais campeonatos da Europa. Não é a mesma coisa!

Se falarmos nas quatro principais nações do futebol – retribuo, Sr Laurent Blanc – falta lá precisamente a França. Por tudo: pelo número de praticantes, pelo historial de títulos e pela quantidade e qualidade de jogadores de elite que fazem parte da sua História. Se estivermos a falar dos principais campeonatos falta lá a Inglaterra que, tendo na Premiere um dos dois melhores campeonatos, não só da Europa mas do mundo, não tem, nem nunca teve, uma selecção a esse nível. Em qualquer dos casos Portugal é sempre um intruso, e o único dos semi-finalistas virgem em termos de títulos. Todos os outros somam títulos de campeões europeus e mundiais!

Tem uma das quatros melhores selecções da Europa porque tem quatro jogadores do melhor que há no velho continente – um, mesmo o melhor -, mais uns tantos em momento de superação, e um treinador que, apesar de todos os defeitos que possa ter – e tem alguns -, soube pôr a equipa a funcionar. Cheguei a dizer aqui que, sendo este lote de jogadores o menos forte deste século, o todo (a equipa) estava, mesmo assim, abaixo da soma das partes (dos jogadores). E esta era a imagem da selecção à chegada à Polónia, deixada nos jogos disputados neste ano.

Hoje, já ninguém se lembra dessa imagem. O que não é bom, é óptimo!

Hoje o todo vale mais que a soma das partes, o que faz desta selecção uma das melhores equipas nacionais de sempre!  

A Espanha está com naturalidade nesta fase. Tinha colocado os campeões europeus e mundiais logo na segunda linha de favoritos, e é sem surpresa que aqui chegam. Sem o futebol espectacular de há quatro anos mas, mesmo assim, com o seu tiki taka a colocar enormes dificuldades aos adversários que, pelos vistos, ainda não encontraram o antídoto eficaz. Mas, como aqui disse, esse é hoje um instrumento eminentemente defensivo.

 

 

24
Jun12

EURO 2012 (XXII) - Pirlo

Eduardo Louro


              

E, ao enésimo dia, o primeiro jogo sem golos. E, ao quarto dos quartos de final, o primeiro prolongamento. E a primeira vez em que a decisão chega dentro do envelope das grandes penalidades.

Apetece-me dizer que ainda bem! Porque se assim não tivesse sido nunca veríamos o fabuloso penalti marcado pelo Pirlo. Valeu a pena esperar mais de duas para assistir àquilo. E não me venham com falta de sentido de responsabilidade. Aquilo é classe pura, e classe é classe. Responsabilidade – ou falta dela – é outra coisa…

Foi à Panenka? Não, foi à Pirlo! E não é preciso registar a marca, porque ninguém consegue copiar… À Panenka, até o Postiga conseguiu: pobres ingleses!

 

 

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