Pedro Proença resolve!
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Pedro Proença resolve!
O rumor de uma parceria entre o Sporting e o Benfica deixa-me incrédulo perante a estupidez. Pior só a afirmação que o Benfica poderia estar disposto a ceder o Nolito ao clube da Alvalade em troca do Insua.
Vítor Pereira, o treinador do Porto, não pára: agora até lhe faz confusão que o Matic jogue em Braga. E que o Paulo Vinícius não jogue!
Coitado… Valha-lhe que o Pinto da Costa já não acha que só os burros é que falam de arbitragem…
Não sei se a estratégia irá produzir os resultados que visa. O ano passado resultou, pelos vistos está confiante que volte a resultar. Há más estratégias que resultam e boas que falham…
Esta até poderá resultar, mas não merece. É pobre de mais - tão pobre quanto o próprio estratega - e nem o desespero a desculpa.
Porque é de desespero que se trata, à porta de um jogo que tem de correr bem para voltar a encostar no rival. E à porta de outro, teoricamente de elevado grau de dificuldade para o rival. Onde ganhou com a ajuda da arbitragem que lhe perdoou um penalti, num daqueles lances – jogar a bola com a mão dentro da área - apenas permitidos aos seus jogadores. Mas onde se não passou nada, nenhuma voz de Braga foi ouvida, ao contrário do último jogo, onde o tal Paulo Vinícius foi expulso no maior escândalo dos últimos dez anos, nas palavras do presidente Salvador. Afinal apenas carregou um adversário que ficaria isolado em frente ao guarda-redes, nada de mais.
Um escândalo, aquela expulsão! Um escândalo, que Paulo Assunção – vejam bem - tenha agora chegado ao quinto amarelo. Um escândalo que Matic, com quatro amarelos, não tenha cometido uma única falta para lhe poder ser mostrado o quinto…
E isto leva Vítor Pereira ao desespero. Isto e as sucessivas exibições do Benfica e a forma como vai ganhando sucessivamente os jogos. É certo que a sua equipa também os vai ganhando mas… sofre-se. E depois lá sai um golo por engano que ajuda a resolver a coisa. Mas, pelos vistos, não dá lá grande confiança!
O melhor comentário que se pode fazer ao jogo de hoje é:
- Como é possível o Moreirense estar em último lugar?
Os golos foram o desbloqueador de um jogo complicado, daqueles de campeonato, em que o resultado é o mais importante.
O Salvio continua a impressionar - que capacidade de finta!
Ou não...
Os últimos jogos do Benfica em Coimbra tinham sido bem complicados.
Basta lembrar que o da época passada marcou a viragem do campeonato, quando lá ficaram dois dos cinco pontos de avanço que num ápice desapareceram que nem fumo e que no último, há três ou quatro meses, o Benfica lá deixaria dois dos poucos pontos perdidos no actual campeonato. Sempre com arbitragens mais do que simplesmente manhosas por árbitros cirurgicamente escolhidos!
Era isto mesmo que vinha à memória quando se soube da nomeação do antigo companheiro de André Vilas Boas nos Super Dragões. Como à memória veio a história dos inúmeros golos desperdiçados nesses jogos quando, logo no primeiro minuto, Cardozo pica a bola sobre o guarda redes da Académica e surge, não se sabe de onde, um defesa em cima da linha de golo a tirar a bola.
Mas cedo se percebeu que desta vez seria diferente, mesmo que aqui e ali tenha ainda esboçado o que o super dragão Jorge de Sousa gostaria de fazer. Ainda o ponteiro não tinha chegado aos 10 minutos e já o Benfica, com dois golos marcados, tinha escancarado as portas das meias-finais da Taça de Portugal. E rapidamente o jogo deixou de ter história para além da história dos golos. Dos quatro marcados e dos outros tantos feitos, mas falhados… Escandalosamente falhados!
E pronto. Com mais uma exibição na linha do que vem sendo a prestação da equipa, o Benfica está nas meias-finais. O apuramento para a final do Jamor será agora disputado - com o Paços de Ferreira – em duas mãos: a primeira a jogar daqui a duas semanas e a segunda lá para finais de Abril. Três meses depois! Faz sentido…
Disse aqui no passado domingo que Vítor Pereira, o treinador do Porto, não tinha estado à altura do clássico. Que não era digno daquele jogo e daqueles jogadores, concluindo com um “mais não digo”.
Mais não disse. Mas mais qualquer coisa direi agora. Porque o cavalheiro vem agora lamentar o tom, mas sem uma única vez manifestar arrependimento ou apresentar desculpas.
Claro que não esperava que o fizesse. As desculpas que apresentou sobre os impropérios que o ano passado proferiu sobre o treinador do Benfica surgiram apenas na tranquilidade do defeso e são, mesmo assim, excepção. O treinador do Porto diz o que disse e no tom em que o fez porque sabe que são essas as regras da casa. Porque sabe que é essa a regra número 1 do manual da casa: sempre que se não ganhar, atacar. Atacar tudo e todos, com a maior brutalidade possível, porque isso rende!
É por isso que num discurso como este não pode haver arrependimento nem pedido de desculpas. Nem humildade, nem fair play!
É por isso que os burros é que falam de arbitragem. Normalmente, quando eles ganham. Porque quando não ganham deixa de ser assim!
É por isso que ele justifica aquele seu comportamento intolerável com a defesa da equipa.
É por isso que se apresentou revoltado com o resultado, quando acabava precisamente de o defender com unhas e dentes. Como nas substituições que acabara de fazer que, quer na forma (Lucho, antes de abandonar o campo, despediu-se de todos os colegas de equipa como se fosse partir para uma longa viagem) quer no conteúdo (sempre opções mais defensivas), mostraram que, com a equipa sem pernas para mais, estava apenas concentrado na defesa daquele resultado.
É por isso que nunca são erradas as decisões da arbitragem de que sai beneficiado. Que não merece reparo que o árbitro tenha feito vista grossa às faltas sucessivas de Moutinho, parte das quais sem qualquer preocupação com a disputa da bola, – a apregoada superioridade do meio campo que manietou a fase de construção do Benfica foi maioritariamente conseguida à custa de faltas sucessivas do Moutinho e de entradas assustadoras do Fernando – adiando sucessivamente o cartão amarelo que colocaria ponto final naquela conduta anti-desportiva.
É por isso há uma entrada violenta do Maxi e nenhuma, nem maldosa nem violenta, do Fernando e do Manguela. Que o Maxi Pereira não pode acabar jogo nenhum e que o Mangala e o Otamendi só não tenham direito a medalha no 10 de Junho porque não são portugueses. Que a arbitragem erra nuns foras de jogo e não noutros. Que o Cardozo joga vólei mas todos os seus defesas estão autorizados a jogar a bola com a mão...
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