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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

10
Nov13

Por favor: contem-lhes a história do Pedro e do Lobo!

Eduardo Louro

Não foi um mau jogo, mas também não foi o jogo que os sete golos possam sugerir. Houve emoção, mas não tanta incerteza no resultado quanto o 4-3 possa dar a entender.

O Benfica – Sporting de ontem foi acima de tudo um derby, foi muito mais um grande derby que um grande jogo de futebol. Na verdade os maiores temperos do jogo vieram do picante do derby!  

Sempre que o jogo se resumiu a jogar à bola – às vezes num jogo de futebol joga-se à bola - a superioridade do Benfica foi notória, e o resultado desequilibrou-se. Os equilíbrios no jogo só surgiram quando vieram ao de cima outras dimensões do jogo. Já o equilibro no resultado teve pouco a ver com o equilíbrio que aqui e ali o jogo conheceu e muito, para não dizer tudo, com a casa arrombada em que esta equipa do Benfica se transformou nos momentos das bolas paradas, de que tanto aqui tenho falado. O problema da defesa à zona não é ter deixado de surpreender os adversários - como Jorge Jesus veio dizer - é ter passado a surpreender os jogadores do Benfica. A marcação à zona nas bolas paradas assenta em duas condições básicas: ocupação estratégica de toda a grande área e determinação no ataque à bola. A estratégia de ocupação dos espaços tem por objectivo posicionar os jogadores para que nunca tenham mais espaço a percorrer até ao encontro com a bola que o adversário para, no ataque à bola, chegar primeiro. O problema é que não é da marcação à zona, o problema é da sua interpretação…

O Sporting apenas cresceu no jogo a partir do momento em que, num canto com tanto de esporádico quanto de desnecessário, o defesa central brasileiro do Sporting, sempre sozinho, correu, preparou o salto, saltou e cabeceou - exactamente como quatro dias antes, em Atenas – para o golo que fez o 3-2. Um resultado que caía do céu e que trouxe o Sporting de volta ao jogo, e o jogo de volta às suas outras dimensões.

O Benfica não escondia o terror das bolas paradas e o Sporting não escondia que era por aí que pretendia ir.

Até que, em mais um minuto 92, num livre lateral resultante de falta nenhuma, era estabelecido o resultado que levaria o jogo para um prolongamento que, por todas as razões – entre as quais o jogo da champions (e que jogo!) a meio da semana e os factores emocionais deste próprio (de mais para menos, a deixar fugir uma vantagem confortável)  – se desenhava penoso para o Benfica.

Mas é realmente tão grande a diferença entre as duas equipas que isso não foi suficiente para sequer equilibrar o jogo durante o prolongamento que, para o Benfica, acabou apenas por ser o castigo pela sua inaceitável prestação nas bolas paradas. Como alguém dizia ao meu lado: “não aconteceu Taça”!

Três jogadores do Benfica merecem especial destaque: Cardozo, pelo hat-trick e porque mantém o pânico em Alvalade e André Almeida exactamente pelo oposto. Esteve na origem dos três golos sofridos (no último teve a colaboração do árbitro, mas ele tinha de perceber que bastaria ao jogador do Sporting sentir-lhe o bafo para se mandar para o chão), fez um penalti estúpido, de principiante, que o árbitro não viu e, quando tudo o que a equipa não precisava era de cantos, parecia que o único destino que tinha para dar à bola era a linha final. O terceiro não jogou: chama-se Oblak e era o guarda-redes para a Taça. Só tinha que ter jogado, e isso só Jorge Jesus não percebe…

Sempre foi um pouco assim, mas creio que nunca foi tanto como ultimamente. Refiro-me à arbitragem, e ao que é a reacção sportinguista às derrotas com o Benfica. Bem o treinador podia dizer que não falava de arbitragens… Não falava enquanto o Montero ia marcando uns golos fora de jogo… Não percebem que assim nunca ninguém os leva a sério: alguém tem que lhes contar a história infantil do Pedro e do lobo!

O Benfica foi superior em tudo: marcou mais um golo, teve mais uma bola nos ferros e teve mais penaltis por marcar. O árbitro não assinalou um penalti contra o Benfica – na já referida mão do André Almeida - mas não assinalou três contra o Sporting, um dos quais no lance que resultou no quarto golo do Benfica, e que teria evitado o frango do Rui Patrício. O golo do empate resulta de uma falta inexistente mas, para o Sporting, foi o árbitro...

A arbitragem de Duarte Gomes teve muitos erros, uns mais desculpáveis que outros. Não foi, evidentemente, a grande arbitragem que Jesus, do alto da sua inépcia, referiu. Mas nem de perto nem de longe foi o que Bruno de Carvalho e sus muchachos, inacreditavelmente, querem fazer crer que foi!

08
Nov13

Blatter/Platini e Portugal

joshua

Estou em total concordância aqui com o meu companheiro de bancada Hélder.

 

É bem verdade que a verdade do Poder no Futebol europeu e mundial acaba por ser a força do dinheiro, coisas a que Platinii e Blatter são extremamente sensíveis e que explicarão actos ou omissões de completa displicência quanto ao que melindre Portugal ou subestime Portugal. Ao longo dos anos, o FC Porto aprendeu a contrariar esses dois pesos e duas medidas na grande balança competitiva europeia, através de um trabalho sério no treino, na liderança, na disciplina, no foco do balneário em razão dos objectivos da equipa.

 

Por isso, para contrariar a pressão implícita dos portentos do dinheiro gasoso ou petrolítfero na Europa, é necessário que tenhamos jogadores de classe e uma equipa coesa e consistente. Parece-me que, nesse trabalho, ainda estamos a meio, esta época. Ou o FC Porto dá o litro e surpreende os colchoneros-rojiblancos-indios no seu próprio reduto ou teremos a confirmação de mais uma época parda na Champions, embora estar despromocionalmente na Liga Europa da última vez tenha representado um troféu. 

07
Nov13

Dá-lhe GÁS...PROMovam a consistência...

helderrod

Dizia-me um Dragão de Caracas que tinha muita fé na equipa para o jogo com o Zenit. Durante os primeiros minutos e enquanto via a mancha branca sobre a grande área russa pensava na confirmação do optimismo apresentando. Mas depois tudo cai numa falha difícil de entender entre o sector defensivo e o Helton...Fica a sensação de que a expulsão de Herrera no jogo do Dragão deu um GÁS extra à despenalização de Witsel que, indubitavelmente, marca a diferença nesta equipa. E são estas as gaseificações que esfumam a alegria e a esperança de um plantel que merecia estar melhor classificado no seu grupo. O poderio apresentado no Dragão, quer com o Atlético de Madrid, quer com o Zenit até aos últimos minutos de cada jogo deixa-nos um amargo de boca nesta Liga dos Campeões. Um golo irregular, uma expulsão prematura de um conluio de italianos, uma despenalização em cima do joelho parecem demonstrar a vontade da UEFA em continuar a contar com um dos seus principais patrocinadores nos oitavos de final. Eis o tal Gás...para PROMover os milhões da Liga dos Campeões.

Por outro lado, a tristeza do Cha Cha Cha em campo. A assertividade que o caracteriza parece estar a ser ameaçada por essas vicissitudes mercantis e isso condiciona muito o meu FC Porto. É certo que muitas vezes ele se vê forçado a recuar, mas noutros tempos Jackson recuava com mais alegria e vigor. A ver vamos em Guimarães. Vestidos de azul e branco como manda a lei, temos uma hipótese de dar um murro na mesa e catapultar-nos para a consistência que é a nossa imagem de marca.

 

Força, Porto!!!!!

 

 

 

Hélder Rodrigues

 

 

 

06
Nov13

Apitismo Caseiro na Champions?!

joshua

"Expulsão de Rui Costa nunca será entendida"Não vi o meu FC Porto, esta noite, contra o Zenit. Dizem-me que dominou. Relanceei o olhar pelo noticiário para perceber a suprema ingenuidade, nada típica, do golo do empate e, antes disso, ainda na rua, comentaram comigo que o árbitro, contra o que é típico numa Champions, apitava por tudo e por nada, sobretudo matando a lei da vantagem, quando a vantagem era do FC Porto.

 

Isto faz-me lembrar o fundo de humilhação que me ficava no tempo do Zé Beto e de todos os Marc Batta com que o futebol português sempre teve de se haver, coisa particularmente mais dolorosa numa época como esta, parda, apagada, sem motivos de orgulho e regozijo português.

 

Dizem-me também que o nosso goleador colombiano, Jackson, anda apagado na exacta proporção do impasse nas negociações por que continue. Não sei. Em Janeiro, a continuar assim, o melhor é deixá-lo ir à procura dos seus milhões. Precisamos de quem se apaixone pela nossa camisola. E mais nada.

06
Nov13

Liderar até aos Cem Anos

joshua

Ora aí está uma excelente notícia para nós, adeptos do FC Porto: a vontade de viver e de liderar em Pinto da Costa. Até aos cem anos, diz ele jocoso. O amor à vida no sentido da sua preservação e o sentido fino de serviço prestado a um colectivo grato são sempre bem-vindos em quem já prestou provas e manifestou a imensa categoria no mister e negócio Futebol. O mundo globalizado, pelo contrário, está mais apostado em matar-nos por interpostos governos e passadas desgovernanças. Não se pode aspirar à longevidade num tempo em que só os prazeres possíveis nos são a única âncora na grande refrega individual pela estrita sobrevivência.

05
Nov13

Minuto 13

Eduardo Louro

 

 

A equipa do Benfica realizou finalmente uma exibição condizente com a responsabilidade que tem. Um jogo tremendo, este que a equipa fez hoje em Atenas…

Confesso que estava à espera que a equipa ressuscitasse hoje, mas não esperava tanto. Antes do jogo confidenciara a alguns amigos isso mesmo, que esperava que os jogadores finalmente se lembrassem que para dar o salto precisavam de se mostrar, e que melhor montra não há. Lembrava-me especialmente de Garay, Matic e Gaitan, não esperava que todos tivessem decidido que estava chegada a hora, e muito menos que fossem Sílvio e Rúben Amorim a dar o mote.

Quando ao minuto 13 – que não foi de azar, foi de incompetência –, num canto que resultou da primeira vez que a equipa grega passou da linha de meio campo, o Olympiakos marcou, pouca gente pensaria que estava feito o resultado final, tal era já a superioridade benfiquista. A equipa grega confirmava o que já tinha mostrado no jogo da Luz – que então foi suficiente para claramente se superiorizar, mas que hoje não deu para mais que ir mascarando a enorme diferença de valor entre as duas equipas – pressionando sempre que podia, revelando uma boa organização defensiva e evidenciando os dotes estratégicos do seu treinador, bem salientes na utilização de Saviola, o responsável pelos bocados de bom futebol da equipa na primeira parte.

Mas, não obstante o Benfica continuar a jogar a grande nível e a criar oportunidades de golo sucessivas, o resultado estava realmente feito. Por algum azar, por, aqui ou ali, alguma incompetência na finalização mas, acima de tudo, porque o Roberto cobrou com juros altíssimos – não estivéssemos na Grécia – a oferta que deixara na Luz. Tornou-se, uma vez mais mas agora pela positiva, no grande carrasco do Benfica e - tudo aponta para isso – no grande herói do apuramento da equipa grega, garantindo a vitória de hoje depois de já ter garantido a de Bruxelas.

Para o Benfica, no mais que provável adeus à Champions, fica uma qualidade que se espera tenha vindo para ficar. Talvez assim possamos esquecer mais depressa as bolas paradas, defensivas e ofensivas – conhecendo as vulnerabilidades de Roberto ninguém percebe que os cantos, e tantos foram, não tenham saído tensos para cima da baliza, sempre com alguém encostado ao guarda-redes espanhol – as lesões musculares, ou até o certificado de incompetência que o Saviola hoje passou a Jorge Jesus.

05
Nov13

Transparência

joshua

Os clubes grandes do Sul sempre foram amplamente escrutinados no plano mediático e sobre cada um deles recaíu um manto espesso de ficção e de caos, sobretudo nas últimas três décadas: tal como na novela Carrilho vs. Bárbara, sempre soubemos demasiado acerca de esses clubes. O FC Porto, pelo contrário, encontrou no hermetismo informativo uma grande arma de coesão. A grande questão que coloco é se num momento em que o FC Porto se agiganta no mundo enquanto marca e referência não joga precisamente contra essa expansão natural a cultura hermética seguida até aqui. 

 

Espero que não, se ganhar permanecer a regra. Se deixar de ser, talvez o silêncio sob estresse e tensão, sob acossamento mediático, deva ser revisto, democratizando aquele tipo de informação cusca e íntima de balneário que explica desaparecimentos em acção, como o de Kelvin, ou eclipses totais, como o de Marat Nailevich Izmaylov.

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