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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

30
Mar14

O jogo chave e os momentos de viragem

Eduardo Louro

 

Lima dá a vitória ao Benfica em Braga

 

E pronto, Braga já ficou para trás. Era uma das últimas esperanças, se não mesmo a última…

Dizia-se que este era o jogo chave, mas todos nos lembramos qual era o jogo chave no ano passado… Afinal não era esse, era o seguinte!

Está portanto claro. O jogo chave é o próximo, contra o Rio Ave!

Neste que era mas já não é (foi) o jogo chave do título o Benfica não fez uma exibição de encher o olho, mas também não caiu por aí além. Entrou forte e marcou, ainda dentro do primeiro quarto de hora. Depois, bem… Não se pode dizer que tenha voltado àquela atitude de gerir o jogo, que aqui se tem criticado. Mas também não o matou, como aqui se tem reclamado. Só que não foi por falta de oportunidades!

O Benfica nunca perdeu o controlo do jogo, nunca no ar pairou outra ameaça que não aquela velha máxima do futebolês de que quem não marca sofre. Apenas esse fantasma ensombrou de alguma forma o jogo de Braga, porque o Benfica ia sucessivamente desperdiçando oportunidades, umas mais claras que outras, até ao penalti que Rodrigo falhou à entrada do período de descontos.

Para além de mais um passo na direcção certa, e de mais um golpe em certas esperanças, este jogo fica marcado pelo regresso de Pedro Proença aos jogos do Benfica. A nomeação caiu muito mal no universo benfiquista, mas a maior pedra no sapato dos benfiquistas fez uma boa arbitragem, e desta vez até marcou um penalti – pela primeira vez, creio – a favor do que diz ser o seu clube do coração. Pode ter sido um momento de viragem, agora que se percebe que outros momentos de viragem vêm acontecendo!

Por exemplo, no Funchal não aconteceu nada. É o que dizem!

Aconteceu que o Porto perdeu pela sexta vez neste campeonato, a confirmar que alguma coisa mudou. Mas não aconteceu mais nada. E as palavras dos responsáveis portistas e as perguntas dos repórteres da Sport TV negam que alguma coisa tenha mudado. Se realmente se confirmar que nada se passou, que tudo o que se viu não passou de ilusão óptica, é porque ainda faltam afinal muitos momentos de viragem!

30
Mar14

Missiva ao meu querido Pedro Capela...

helderrod

                                                                                                                                                                       Porto, 30 de Março de 1974

 

Meu querido, estás bem?

 

Vi-te na televisão e estiveste muito bem. Estiveste bem melhor do que no estádio José de Alvalade. Até me lembrei do que o Pedroto disse há tempos.

Na verdade quando passamos a nova ponte para aí já estamos a perder. Hoje na Madeira percebi também aquilo que me explicaste, ou seja, a diferença entre golo anulado e golo invalidado. Na verdade, aquele árbitro na Madeira (o João) primeiro validou mas depois ANULOU o que foi validado. Mas não nos deixaram ganhar. Ainda por cima o primeiro golo dos madeirenses não devia valer. Fui ver o resumo ao cinema como de costume. Depois ainda falhámos um penalty. Isto vai mal para o meu Porto. É preciso mudar alguma coisa neste país. Andamos mal e o futebol ainda ajuda um bocadinho a dizer alguma coisa. Ontem vi aquele pide a olhar para mim. Chamou-me labrego e eu fugi antes que levasse no pêlo!

Parabéns também pelo teu SLB que ganhou a um Braga sem nove titulares. Tiveste sorte, pá! Aquele estrangeiro de cabelo à Beatle ia para a rua e ainda faltava muito para acabar. Mas mais uma vez vão ser campeões. Eu lá vou ter que esperar (já são catorze anos sem ganhar)...mas não deixo de adorar o meu FCP...

Tenho a sensação que alguma coisa está a acontecer.

Cumprimentos ao teu pessoal...

Um abraço do teu amigo portista

 

Hélder Rodrigues

 

P.S. Escrevo-te outra vez lá para os fins de Abril!

 

Hélder Rodrigues

27
Mar14

Dia de clássico em tempo de Taça

Eduardo Louro

 

 

O Porto hoje, enquanto pôde, jogou à Benfica: pressão alta, sempre muita pressão em todo o campo, e muita velocidade. E pôde durante quase toda a primeira parte, especialmente porque quis muito mais. E lá vem aquela velha estória do querer é poder. Quis mais, pôde mais!

Não sei se, querendo mais, pôde mais porque o anterior treinador da equipa B nada tem a ver com o anterior treinador da equipa A., e já pôs a equipa a querer, a crer e a jogar. Claro que a gestão que o Jesus está a fazer também ajudou, mas contra isso…batatas…

Nada a opor a essa gestão, nem mesmo a opção por Artur – justificada, em nome da coesão e estabilidade do grupo –, que esteve bem, a justificar toda a confiança. Já a insistência em Cardozo, é outra estória. Foi mais uma vez um jogador a menos!

Quando não pôde, o Porto abusou da complacência do árbitro – uma arbitragem muitas vezes manhosa, no mínimo – para parar os jogadores do Benfica. A fruta desta vez foi servida dentro de campo, e os amarelos foram tardios e bem distribuídos. Só Fernando, à sua conta, fez faltas – uma delas até deu numa das maiores oportunidades de golo do Porto – para ser expulso duas ou três vezes. O Herrera não lhe ficou muito atrás, e deveria ter sido mandado tomar banho logo no arranque da segunda parte, numa entrada assassina sobre Salvio. Mas não se ficaram por aí…

Claro que ninguém gosta de perder. Mas, para já, esta derrota não tem consequências. Esta não é uma derrota de consequências imediatas… 

Esperemos que a segunda mão, na Luz daqui a três semanas, confirme que isto hoje não passou de um acidente. Porque, para nós, a Taça de Portugal é mesmo muito importante! 

26
Mar14

Hoje soube-me a pouco e no entanto...

helderrod

Hoje foi dia de clássico. Foi o dia em que o Benfica encontrou um adversário capaz de amenizar as veleidades e as vaidades. 

A pressão inicial do Porto foi forte e a primeira parte podia ter fechado categoricamente esta eliminatória. Porém, a boa exibição de Artur não permtiu fazer jus ao domínio portista no primeiro tempo. Viu-se um Benfica sufocado e perdido na entropia acicatada pelo FC Porto.

Já na segunda parte, o SLB equilibrou e estendeu-se em campo. Mas mesmo aí o Porto conseguiu ser mais perigoso com a bola no poste e o encantamento de Quintero quando se isolou...

Atendendo ao facto do Mangala estar inferiorizado fisicamente, a última substituição teve que ser forçosamente adiada até aos derradeiros minutos, para se evitar a redução da equipa a dez unidades.

Importa adir que, apesar de todas as exaltações, o que é certo é que nem o grande Benfica, nem o grande Sporting foram capazes de vencer este Porto no Dragão, que vai crescendo (quando já pouca gente acreditava).

Parabéns a Luís Castro, parabéns a Mangala pelo esforço, a Fabiano pela segurança e à grande primeira parte de Herrera.

Em suma, parabéns à equipa!

E, porque não, parabéns à elevada correção de ambas as equipas em campo, não se justificando o excessivo número de cartões amarelos!!!!!

 

Há qualidade e há que acreditar!

 

Força, Porto!!!!!

 

Hélder Rodrigues

24
Mar14

Os Santos, os labregos e o Palácio de Belém

helderrod

Nos programas desportivos podemos esperar tudo, mas ontem bateu-se o RECORD do discurso gravemente tendencioso. No meu post anterior, referi a persistência de João Rosado em exaltar a sorte do Porto, o azar do Nápoles e aquela esperançazinha até ao último momento da queda do clube do norte. A evidência é triste, mas é real.

Ontem, perante um douto António Oliveira, o grande avançado Manuel Fernandes enfatizou o facto de que a televisão dos labregos deve ser diferente da emissão de Sarilhos, reduzindo a exibição do FC Porto a um fraco desempenho por parte da equipa azul e branca. Depois, Rui Santos que voltou a reiterar a sorte do FC Porto na eliminatória com o Nápoles. Esqueceu-se de referir o golo mal anulado ao Porto que nos daria uma vantagem bem mais confortável. Esqueceu-se de enfatizar, isso sim, o penalty por assinalar a favor do Tottenham ou o fora de jogo na Grécia que deu a vantagem forasteira da Luz ou até da forma como o Rodrigo faz falta na obtenção do primeiro golo ante a Académica.

Não quero pôr em causa a força do SLB, mas o meu Porto atacou incessantemente perante um autocarro, duas torres e um Palácio de Belém. Marcou um golo limpo na primeira parte, não viu assinalada uma grande penalidade sobre Jackson Martinez e ainda assim no meio daquela esmagadora pressão surgem opiniões como esta.

Opiniões reprováveis e dignas não de um Play-off mas de um redondo e imenso offside na festa da segunda circular.

 

Posso ser labrego, mas não sou parvo!!!!

 

Hélder Rodrigues

 

23
Mar14

O melhor é esperar... Braga está já aí...

Eduardo Louro

 

 

Um pouco por memória passada e outro pouco por pressão de quem, apesar da distância de sete pontos, ainda gostaria de contar com uma ou outra escorregadela, os jogos do Benfica, estão todos, uns atrás dos outros, rodeados de grande expectativa.

Na última jornada é que era. Porque era na Madeira, onde o Benfica tinha perdido o único jogo deste campeonato, porque era o Nacional, que jogava muito bem e até tinha empatado no Dragão e em Alvalade… Não foi. Categoricamente!

Não foi na passada segunda-feira, seria hoje. Porque foi em casa, no ano passado, depois da vitória na Madeira, que as coisas começaram a correr mal. Porque a Académica também tinha ganho ao Porto e empatado em Alvalade…. Porque o Sérgio Conceição não fazia a coisa por menos: tinha a equipa preparada para ganhar…

Também não foi. Vitória categórica e indiscutível, com o Sérgio Conceição a meter a viola no saco e a dizer que a culpa foi dos jogadores. Que, coitados, correram como se não houvesse amanhã. E como raramente se vê correr. Três a zero, mais três nos ferros, mais três tirados pelo excelente guarda-redes da Académica, e um penalti por marcar, num jogo onde já se não viu aquela opção por gerir jogo antes de o matar!

Esta foi, curiosamente, a mais robusta vitória do Benfica em casa. Como já fora em Coimbra, por igual registo, a mais gorda fora de portas. Quer isto dizer que a equipa com o melhor ataque do campeonato – e já agora, também com a melhor defesa – tem em dois resultados de três a zero as suas mais desniveladas vitórias. E apenas por uma vez marcou quatro golos, justamente na vitória por 4-2 no jogo anterior, com o Nacional… Marca é em todos jogos, marca sempre, seja contra quem for!

Também por isso o melhor é esperar pelo próximo jogo. É em Braga, e vem a seguir ao jogo da próxima quarta-feira, das meias-finais da Taça de Portugal, no Dragão. E antes do jogo dos quartos de final da Liga Europa, com os holandeses.

Pois. É assim… 

20
Mar14

De Pedroso ao Âmago do Vesúvio...

helderrod

E das cinzas nasceu muita coisa na noite de Nápoles. A teimosa lassidez da equipa técnica anterior foi substituída pela dinâmica do homem do jogo: Luís Castro. 

Na verdade, foi aí que o nexo de causualidade se enformou. A causa: a confiança do treinador que mexe magistralmente de uma forma activa no jogo e transmite essa injecção de força. O efeito: a galvanização dos atletas e da classe associada às irreverências de Ghilas e Quaresma, não esquecendo um Josué que entrou brilhantemente na equipa.

Foi um Porto de experiência europeia que esteve perto de ser a primeira equipa portuguesa a vencer em Nápoles.

Depois de um fado traçado pelo fatalismo dos ideólogos do futebol, tudo quase se inverteu nesta jornada europeia. Mas é exactamente isto que me agrada. É o facto de atestar que contra o pessimismo tendencioso, fomos soberbos nesta noite épica que viu as suas origens num pequeno estádio em Pedroso com Fabiano, Ricardo, Reyes e, claro está, Luís Castro que foi verdadeiramente um timoneiro na conquista do Vesúvio, explodindo num vulcão dragoniano.

Renasce da cinza uma base fértil para o que ainda temos para ganhar!

 

 

 

Deixo aqui também um sincero abraço ao Rosado que seguro da sua franqueza foi acreditando no apuramento do Nápoles ate ao final do jogo.

 

 

Força, Porto! Tenho um orgulho imenso da tua GRANDEZA!

 

 

Hélder Rodrigues

20
Mar14

Estava tudo a correr tão bem..

Eduardo Louro

 

 

Estava tudo a correr tão bem… O Benfica rodava jogadores e quase não se notava quem era ou deixava de ser primeira opção. Mudava a equipa mas não mudava o bom futebol, o excelente futebol que o Benfica vinha apresentando. Havia apenas um pequeno se não: dominava os jogos e os adversários, mas muitas vezes dava-lhe para o que costumam chamar gerir o jogo, esquecendo-se que o jogo só se pode gerir depois de morto. E o Benfica andava a esquecer-se exactamente disso, de matar o jogo. O adversário nunca se mata, pode até parecer que está morto, mas nunca o está. Enquanto o jogo não estiver morto e enterrado, o adversário está sempre lá…

Hoje aconteceu isso. O Benfica tinha o Tottenham à mercê, toda gente a jogar benzinho – Cardozo, que continua a ser um corpo estranho na equipa, já tinha sido substituído por Lima – e de repente, num único minuto, os ingleses – por acaso um belga – fazem dois golos, mesmo que o segundo fosse em fora de jogo. E com perto de um quarto de hora para jogar, o Tottenham estava a um golo de empatar a eliminatória… De repente, o souplesse de André Gomes passa a exasperante falta de intensidade, a precisão de passe desaparece para parte incerta e os ressaltos passam a ser ganhos pelo adversário… Que, mesmo sem conseguir arrancar para um verdadeiro assalto à baliza de Oblak, poderia ter chegado ao terceiro golo que mandaria a eliminatória para prolongamento.

Valeu o jovem guarda-redes do Benfica, a evitá-lo em duas ocasiões. E valeu arrancada de Lima, já no último minuto, que deu o empate no penalti que o próprio converteu, com classe.

E valeu – esperamos nós – a lição. Os jogos matam-se, não se gerem!   

19
Mar14

Manhosos

Eduardo Louro

Ver capa do Record

 

Mais um belo exemplar da manhosa imprensa desportiva que temos. Não sei a quem serve a ideia do Benfica ligado ao Porto contra o Sporting, mas eles lá saberão... À verdade não é certamente. Mas essa, para estes jornais e como diz a outra, não interessa nada!

Como nada lhes interessou a vitória dos juniores do Benfica (2-1), em Inglaterra, sobre o Manchester City, e o correspondente apuramento para as meias finais da Champions. Um feito que não merece um cantinho que seja na primeira página dequalquer deles, até porque, como bem se sabe, está instituído que formação, academia e sucesso é em Alcochete... Mesmo que os resultados digam que o epicentro da formação se deslocou um tudo nada para ocidente!

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