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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

30
Nov14

Um jogo de paradoxos

Eduardo Louro

 

O Benfica teve hoje, em Coimbra, o jogo mais tranquilo do campeonato, e porventura o mais fácil, contrariamente, depois do afastamento das competições europeias, ao que se poderia esperar. Ganhou tranquilamente, criou inúmeras oportunidades para golo e não consentiu uma única à Académica. E no entanto terá sido este jogo de Coimbra o que mais clara deixou a enorme diferença de qualidade entre esta equipa e a da época passada!

Passo a explicar. Na primeira metade – agora deu nisto, só dá para meias partes – da primeira parte, ou mesmo até perto da meia hora de jogo, o Benfica jogou bem. A equipa esteve a bom nível, criou imensas oportunidades de golo, mas fez apenas um, logo aos 8 minutos, fruto da qualidade extra de dois jogadores excepcionais: Enzo, na assistência – um passe longo de grande exigência técnica – e Gaitan, soberbo na recepção, no domínio com a coxa, a passar pelo guarda-redes e a colocar a bola na baliza!

Depois, esgotada essa primeira meia hora, foi ver a equipa senhora do jogo, a querer jogar como na época passada, com tudo para ser igual mas sem que nada saísse igual. Porque falhava um passe, e depois outro e outro… Porque falhava uma recepção e a partir daí já não era a mesma coisa… Porque a bola ia lá parar, ao sítio certo. Só que ninguém lá estava, no sítio certo…

E isso foi sempre tão flagrante que nunca outro jogo evidenciara com tanta clareza a diferença entre os que partiram (e os que continuam indisponíveis, por lesões ou por outras insondáveis razões) e os que chegaram. Ou alguns dos que ficaram… Coisa que o sumiço que Talisca levou, o erro de casting de Samaris, a vulnerabilidade mental de Jardel (é hoje claro que não consegue manter os níveis de concentração exigidos durante muito tempo, numa, pequena que seja, sequência de jogos) ou o fim do prazo das promessas de Ola John ajudam, evidentemente, a explicar!

26
Nov14

O abono de família do André

Eduardo Louro

 

Não fosse de todo inexplicável que o Benfica conseguisse a proeza de perder os dois jogos com o Zenit, e encontraria uma explicação: não ganhou porque nunca ousou ganhar!

A equipa russa não ganhou a mais ninguém. Mas basta-lhe ganhar ao Benfica para garantir o apuramento para a fase seguinte da Champions... Se calhar também é isso a grandeza do Benfica... Que controlou o jogo durante toda a primeira parte e que foi muito melhor durante durante a primeira metade da segunda. Não marcou - porque sem rematar à baliza não se fazem golos, e o Benfica cometeu ainda a proeza de fazer um único remate à baliza, por Salvio, ainda na primeira parte - e depois, de repente, Jorge Jesus decide retirar o Talisca do jogo, entregar o meio campo ao adversário e, decididamente, tornar-se no abono de família do André Villas Boas!

Pois é, Jesus: o Zenit é munta forte, mas não ganha a mais ninguém... 

25
Nov14

Uma Fusão de futebol para quebrar o gelo

helderrod

Confesso que já tinha saudades de ver futebol de primeira água. Faltava a qualidade de azul e branco vestida para sentir as emoções de um golo. Após um longo e inusitado hiato, eis que o FC Porto regressa em grande forma na Liga dos Campeões. Tal como referia o jornal A Marca "este Oporto es arrollador..." com mais uma grande "demonstración de autoridad" passeou o seu prestígio internacional no gelo da Bielorrússia. Aliás devo desde já dar os parabéns aos adeptos que viajaram até ao lado negativo do termómetro para transmitir energia positiva à equipa. Assim, e após uma primeira parte de fusão em que foi preciso descongelar um pouco as movimentações eis que surge um FC Porto dinâmico e assertivo na segunda parte. Com Herrera e Oliver a trabalharem muito bem no meio campo foi possível obter um belo resultado perante a pêra mais docinha do grupo. Mas quantas vezes estas pêras amargam? Que dizer sobre o Apoel ou o Hapoel com H que goleou há uns tempitos a máquina da Luz, ou mesmo um Olympiacos com chapas bem amargas de meia dúzia? Não vale a pena subestimar o outro, O que vale isso sim é ver o mágico Porto das grandes noites europeias a cores. Parabéns, FC Porto! O primeiro lugar está garantido e que bem que lhe fica. E, para terminar, deixo aqui uma pergunta aos críticos: onde estaria este Porto se Lopetegui não fosse um flop? Deixem-no trabalhar porque este ano vamos longe e este primeiro lugar na Champions só vem confirmar que a escolha deste treinador foi arriscada mas assertiva! Força, Porto!!!! Hélder Rodrigues

22
Nov14

E Janeiro aqui tão perto!

Eduardo Louro

Num dia tão agitado como o de hoje quase nem se dava pelo congresso do Bloco. Nem pela Taça! Mas houve Taça, mesmo que não tenha acontecido taça... O Benfica não deu abébias!

Parece que Janeiro está mais próximo. Para quem está menos familiarizado com o que por aqui se vai escrevendo, e possa pensar que quando se pensa em Janeiro se está a pensar em contratações, há que dizer que nada mais errado: Janeiro é quando o Benfica de Jorge Jesus  começa a jogar à bola como ninguém!

Hoje, o Benfica já conseguiu dar um cheirinho do que terá para mostrar lá para Janeiro. Nas duas primeiras metades de cada parte, mas especialmente na da primeira, já se viu Benfica.

Mesmo com uma equipa bem afastada do que será o onze titular de Jesus... Mas que, à excepção dos laterais (André Almeida e Benito), tem tudo o que é preciso. Mesmo sem Talisca!

O Christante mostrou o que aqui já se tinha dito: que é bom jogador. Pode não ser o trinco de Jesus, mas é um excelente pivot. Pode até nem ser melhor que o João Teixeira, mas é bem melhor que o Samaris... O Enzo já se aproximou um bocadinho do que nos habituou e o Gaitan, quando saiu ao intervalo, já tinha a missão cumprida. E bem. O Derley fartou-se de jogar, a dizer que o Lima pode ficar a descansar e a recuperar forças. E forma. Do Jonas já não há muito a dizer, e o Salvio, que vinha alternando o melhor com o pior, foi hoje apenas capaz do melhor. E quando assim é...

E no fim lá seguiu o Benfica para os oitavos de final da Taça, deixando o Moreirense pelo caminho. Houve Taça, mas não houve Taça. E Janeiro aqui tão perto!

 

 

10
Nov14

A Lenda Está Viva!

helderrod

Era uma vez um cavaleiro

Mas não o Ivan

Este tinha mais dinheiro

E lia o D’Artagnan

Grisalho e limpinho

Comia peanuts ao almoço

Mas era tudo treta

O que ele gostava era de tremoço

Certo dia na Bruma da Madeira

Perdeu-se e viu-se fora-de-jogo

Mas veio o Martinho Paixão

Que chegou e o ajudou logo

Cortou a capa encarnada

Em três pontos iguais

Assim fizeram os outros

Em oito jornadas banais

Mas os Santos e os records

Que andam a mamar com A Bola

Ou mentem e não sabem

Ou não se importam com tanta esmola!

 

  Hélder Rodrigues

10
Nov14

O peditório

Eduardo Louro

 

À medida que o Benfica vai fugindo na classificação as nomenklaturas sportinguista e portista acentuam a pressão sobre as arbitragens, alegando prejuízos próprios e reclamando de benefícios alheios. 

Ambos os lados contam com orquestras bem afinadas, com algumas particularidades, mas não mais que isso. Na orquestra portista a batuta está entregue ao treinador Lopetegui, que não perde um único ponto que não seja por responsabilidade dos homens do apito. Atingiu já o ridículo de nem dentro da própria orquestra ser levado a sério, o que, convenhamos, não é fácil.  Mas é assim, e ainda ontem assim foi, quando reclamou um penalti por uma bola na barriga de um jogador do Estoril, mas já estava muito longe para ver o penalti que o seu guarda-redes cometeu e o árbitro assinalou.  Não é por culpa dele que não fazemos a mínima ideia do que achou do outro, que o árbitro não assinalou na primeira parte, quando aos 30 minutos o Casemiro deu no pé do Kuca para que não chutasse para golo. Isso não sabemos porque ninguém lhe perguntou. É que há perguntas que não se fazem ao treinador do Porto...

Mas não precisou que ninguém lhe perguntasse para dizer que viu o jogo do Benfica. E para dizer que os árbitros dão uns pontitos ao Benfica que tiram ao Porto, e que é isso que faz a diferença na classificação.

E lá entra no peditório também a orquestra leonina. Curiosamente com o treinador Marco Silva, que começara por garantir que não contassem para ele para esse peditório, a empunhar também a batuta. Foi também o árbitro que não deixou que ganhassem ao Paços, ao anular um golo, já nos descontos (já devia saber que isso de golos nos minutos 92,93 ou 94 é só com o Porto), por fora de jogo, ao Montero. Que não estava. Poder-se-ia pensar que se tratava de acertar contas antigas, que depois de tantos golos marcados em fora de jogo, chegara a vez de lhe apresentar a factura. Mas não. Não era nada disso, apenas aconteceu que o Slimani, em posição de fora de jogo, intreveio na jogada movimentando-se para a bola. Mas disso já ninguém da orquestra se apercebeu!

É de resto um problema comum a ambas as orquestras. É um problema de falta de atenção. Por exemplo, com mais um bocadinho de atenção, teriam percebido que não é evidente nenhum fora de jogo no segundo golo do Benfica, ontem na Madeira. A Sport TV bem se esforçou para encontrar alguma coisa que pudesse tirar as dúvidas, mas não consegiu. Paciência... Claro que, depois, conseguiu mostrar uma falta assinalada a um jogador do Nacional que, com o jogo interrompido, enviou ainda a bola para a baliza, sem ver amarelo nem nada... Pois, o árbitro assinalou, e bem, uma falta e não um fora de jogo que, esse sim, seria mal assinalado. O que o árbitro viu, como toda a gente podia ter visto, foi o (outro) jogador do Nacional ganhar a disputa da bola de pé em riste. Em falta, portanto... Punível com livre indirecto, como no fora de jogo.

Claro que os comentadores da Sport TV podiam ter deixado tudo claro. Podiam... mas não era a mesma coisa! Já não dava para o peditório que está em curso...

09
Nov14

À espera de Janeiro...

Eduardo Louro

A jornada até acabou por correr bem, recuperando o Benfica para os seus principais rivais dois dos três pontos que deixara em Braga. Mas o jogo da Choupana…

Bem sei que há quem diga que os campeonatos se ganham com jogos destes. Mas a mim parece-me que ninguém ganha campeonato nenhum a jogar assim!

Aquela segunda parte foi má de mais. Como aqui disse há uma semana, continuo à espera de Janeiro. Mesmo sem Enzo!

09
Nov14

A Verdade é Invicta!

helderrod

O fim-de-semana futebolístico merece uma profunda reflexão. Aliás, o mesmo é um "case study" para todos aqueles experts que gostam de debitar opiniões sobre a verdade. Porém, já não lhes podemos conferir a acuidade. Na verdade, eles falam de verosimilhança. Falam assim porque, apesar de tudo, a verdade é só uma. A verdade acabou por ser invicta. Porque depois do que se viu, todo o resto é treta limpinha, peanuts e pastilha elástica! Este campeonato está ferido de morte na verdade. A morte acicatada pelo homem de negro enformou-se perante dez jornadas. Está tudo falseado! Não falem em escutas, falemos de dados concretos com imagens e sem pontos de fuga! O campeonato estendeu-se no número de equipas e no paradigma, designadamente na forma como o primeiro é primeiro e o segundo é segundo. Reflitam sobre este assunto. É perante este cenário que o FC Porto continua invencível. Ainda não perdeu e isso é indiscutivelmente mais importante do que os três pontos que o distam da justiça e da verdade. Talvez um dia nada valha, nem mesmo isso que estou a pensar, mas não escrevo. Vejo o FC Porto com muita Paixão. A mesma desde Campo Maior ou de Barcelos. É aliás esta Paixão que me preenche de orgulho. A Paixão que me faz acreditar ainda no futebol. Na verdade, há quem seja apaixonado cega e loucamente por papoilas. Eu estou apaixonado por este grande Porto. Mas não há Paixão mais bela do que aquela que encerra a verdade. Porque a verdade transcende tudo e todos e A Verdade ainda É Invicta. Força, Porto! Hélder Rodrigues

06
Nov14

A um oitavo do sonho final, surge um Porto de classe Mundial.

helderrod

Irrepreensível! O mágico Porto voltou a exacerbar classe pela Europa do futebol. Transformando o "inferno" de San Mames num pleno céu azul, o FC Porto foi a primeira equipa portuguesa a vencer em Bilbao para competições europeias. E não se trata apenas do conteúdo da vitória, trata-se da forma como a mesma foi aquistada! Com os destaques de Jackson e Brahimi, toda a equipa funcionou compactamente desde a defesa ao ataque. Foi efectivamente um jogo muito bem conseguido a lembrar outras grandes exibições do Porto de Mourinho pela personalidade plasmada em campo. Lopetegui parece estar a criar uma base sólida no onze, podendo agora aplicar o seu rotategui na Champions não esquecendo a importância do primeiro lugar para garantir o facto de sermos cabeças de série. É um Porto grande que dá nas vistas na Europa do futebol, acicatando o respeito pela imprensa internacional. Muitos lembram até o temível outsider cada vez mais in... Assim teremos uma palavra a dizer nesta edição da Champions e estamos a 1/8 de um sonho. Nada é impossível e, por isso, deixem-me sonhar! Força, Porto! Hélder Rodrigues

04
Nov14

E de repente tudo muda…

Eduardo Louro

E de repente tudo muda… Por mais que se queira fugir, não há volta a dar: o futebol é mesmo assim. É isto. E é por isto que é assim… Vibrante e apaixonante, como nenhuma outra coisa na vida.

O Benfica tinha tudo perdido. Nem sequer as portas da Liga Europa se entreabriam. Até essas estavam bem fechadas. A sorte andava arredia, virara as costas logo no sorteio e nunca mais regressara. Nas fases dos jogos em que era nitidamente superior, não conseguia tirar nada dessa superioridade, e quando passava para a mó de baixo era castigado com severidade. As arbitragens não ajudavam, e penalizavam sucessivamente a equipa. Os resultados entre os restantes adversários também não eram os mais simpáticos para quem tinha tanta necessidade que alguma coisa corresse bem.

É certo que, hoje, pela primeira vez, aparecia um resultado amigo. Os alemães do (da) Bayer foram ganhar à Rússia, deixando Zénite com 4 pontos e, mais importante ainda, abrindo uma séria oportunidade da equipa alemã assegurar a qualificação antes da última jornada, na visita à Luz. Mas nada mais se alterava: a arbitragem – péssimo trabalho do árbitro espanhol que não tem categoria para ser internacional – não ajudava nada, e a equipa tinha deixado passar o tempo da sua superioridade sem qualquer proveito.

A primeira parte foi de grande superioridade do Benfica, mas no arranque da segunda o Mónaco assustou. Teve períodos de grande superioridade técnica e especialmente física. Foi então que, com o grande contributo do Júlio César, o Benfica começou a contrariar o destino, para recuperar no último quarto de hora o ritmo, a intensidade e a superioridade perdidos. E finalmente o golo… O golo quando a equipa era de novo melhor… E a vitória que abriria as portas do céu!

Sim, agora tudo é possível. Até porque o enguiço foi quebrado e o diabo saiu de trás da porta…

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