Tetracampeões
Festa em Guimarães, de novo. Desta vez em basquetebol. Foi o tetra... E mais uma dobradinha!
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Festa em Guimarães, de novo. Desta vez em basquetebol. Foi o tetra... E mais uma dobradinha!
Na literatura designamos este evento como a ata-finda, ou seja, um encadeamento de ocorrências concluídos com chave de ouro para encerrar mais uma época desvirtuada. Foi mais uma versão da Taça Pisca Pisca que por sinal rima com Lucílio Baptista e Carlos Xistra.
Enfim, é só gente séria!
Hélder Rodrigues
Fez-se difícil, a sexta. Quis trocar as voltas... Já vinha de trás. Trocou as voltas nas meias finais, quando estava tudo preparado para receber o Sporting, e afinal apareceu o Vitória de Setúbal. Repetiu logo a seguir, quando para hoje se esperava o Porto e acabou por aparecer o Marítimo. Uma semana depois, e com propósitos diferentes...
Há uma semana tinha aparecido de pilhas bem carregadas. Gastou-as logo na primeira parte e depois acabou. Hoje o Benfica não lhe permitiu que repetisse essa primeria parte e bem cedo tomou conta do jogo, sucederam-se as oportunidades e o golo lá acabou por aparecer, quando faltavam menos de dez minutos para o intervalo. Depois lembrou-se do jogo da semana passada, e das pilhas que então faltaram ao adversário, e com a expulsão do jogador Marítimo - que chegou meia hora atrasada -, a jogar contra dez, pensou que a sexta já lhe não trocaria mais as voltas.
Mas trocou. O Marítimo fez o empate e... foi o diabo. O Benfica acusou o golo e, claramente, desorientou-se. Valeu que faltava ainda muito tempo, o suficiente para que a equipa se voltasse a encontrar. Só que depois, fosse lá pelo que fosse, faltou um mínimo de eficácia. As oportunidades de baliza aberta sucediam-se a um ritmo só comparável à sucessão de faltas, muitas delas de grande violência, dos impunes jogadores do Marítimo. Que queimavam tempo, apostando nos penaltis para o desempate.
Até que à entrada dos últimos dez minutos Ola John acertou finalmente na baliza, fazendo o que Lima, Jonas e Maxi por tantas vezes não tinham conseguido fazer, acertando finalmente as contas com a sexta.
Bonita, muito bonita, mas demasiado rebelde!
Parecia que os deuses não queriam nada com os festejos do Benfica. Tudo tinha começado em Guimarães, logo que o jogo acabou, há uma semana. Polícias e adeptos mais inclinados para estragar a festa, que outra coisa. Depois, no Marquês... Com provocadores, polícias, e adeptos, por esta ou por outra ordem qualquer, a darem cabo dela...
A maldição aguentou viva toda uma semana - em que não se falou de outra coisa - e apresentou-se hoje no Estádio da Luz, pronta a continuar a fazer das suas. Apostada em continuar a estragar a festa... que continuava hoje.
Primeiro foi o Marítimo a mostrar-se interessado em juntar-se a polícias, adeptos e sabe-se lá mais quem. Com a equipa bem organizada e os jogadores a correrem como se não houvesse ... segunda parte, estavam ali mesmo para estragar a festa. Depois, até os próprios jogadores do Benfica pareciam estar ali para o mesmo. Passaram grande parte do primeiro tempo a ver os outros correr. Mas também a vê-los chegar primeiro a todas as bolas, e a ganhar todas as divididas...
Quando na segunda parte as coisas mudaram - o Benfica pôs os motores a funcionar a rotações próximas da sua normalidade e o Marítimo tinha gasto a gasolina toda na primeira parte - e finalmente a festa começava a ganhar jeito, tanto que até Jonas ganhava jeito de juntar à festa o título de melhor marcador, logo apareceu um fiscal de linha disposto a estragá-la. O Jonas acabava de marcar o seu segundo golo, a um único do objectivo, e foi a correr tão depressa buscar a bola à baliza para rapidamente marcar o que faltava - e que chegaria logo a seguir - que nem teve tempo para se aperceber que o tal fiscal de linha resolvera anulá-lo. Nitidamente só para estragar a festa...
Roubou ao Jonas o título de melhor marcador: merecido, até porque participou em menos jogos que o Jakson Martinez, e não marcou golos de penalti, nem à sua conta foi parar qualquer auto-golo. Mas não conseguiu estragar a festa, mesmo que tivesse continuado a tirar foras de jogo que não lembravam ao diabo.
Desta vez a festa era em casa, fez-se com mais uma goleada e mais uns bons nacos de futebol, e não podia ser estragada de forma nenhuma. Nem com a lesão do Salvio. Que até fez questão de não faltar, e lá apareceu em canadianas a dizer que a festa era mesmo festa. Com a presença de todas as cores que disputaram a competição no corpo de crianças vestidas a rigor. E com dois irmãos que, menos de uma semana depois do inferno, perceberam que o céu também é vermelho!
Oitenta e dois pontos eram mais do que suficientes para se vencer um campeonato normal. Todavia, os mesmos não foram suficientes e nem com a melhor defesa dos últimos anos (13 golos sofridos) foi possível conquistar o título. Tal anomalia factual nos pode conduzir para outras deambulações. Com efeito, o "pluribus unum" nunca fez tanto sentido. A pluralidade e diversidade de barcos a remar para a mesma maré deitou por terra todas as aspirações de outros intervenientes. E conseguiram-no. As inversões silábicas, os furtos, as traduções simultâneas do castelhano tiveram tanto de ridículo como de efectivo. Tiveram o mérito de tornar este país numa espécie de nação "neo chauvinista". Mas o mais grave de tudo é o silêncio. O silêncio de quem come, cala e consente. Porém, não me calarei. Recordo aquele célebre dia em que Pinto da Costa se viu confrontado com uma ameaça de bomba. Pois que ela estourasse, porque ele não parou de pugnar pelo seu FC Porto. Penso que, apesar de tudo, é importante trazer à colação a verdadeira história deste campeonato. Fazer uma espécie de "Toda a Verdade" em que todas as vicissitudes caricatas deste campeonato fossem auditadas, desde castigos cirúrgicos, jogadores impedidos de dar seu contributo com promessas de compra, guarda-redes barbudos da Madeira, impunidade disciplinar e técnica, lassidão arbitrária entre outros fenómenos que, conjugados, determinaram a falência dos pontos supracitados. O brilhantismo dos 21 pontos de avanço de Villas Boas a Jesus (que também tem recordes destes) há-de voltar com certeza. O FC Porto é uma equipa visceralmente vencedora e o triunfo magistral dos últimos trinta anos há-de regressar. Apetece-me terminar não com Fernando Pessoa, mas com um verso adaptado às circunstâncias: Alguns dias têm parcas derrotas, mas muito anos terão largas vitórias! Força. FC Porto! Hélder Rodrigues Aos leitores do Dia de Clássico um abraço e sei que vou andar por aí! A verdade é para ser escrita!
A agressão física e psicológica feita pela polícia a uma família, em Guimarães, é de alguém que não cumpre o seu código deontológico. Visionando as imagens televisivas da festa que se seguiu em Lisboa, o descontrolo continua: os polícias respondem a provocações e contribuem para a desordem pública. Cresce o número de cidadãos sem valores, sem referências, de caciques regionalistas e desportivos que incendeiam ambientes, de jovens desempregados, revoltados e regados a álcool, de inimputáveis, de policiais mal pagos e irritados. O futebol não devia ser assim, um filtro que côa todas as frustrações da sociedade, de destrambelhados que não sabem respeitar as diferenças clubísticas, de um país à beira de um ataque de nervos onde ninguém toma as rédeas de tantas cavalgaduras.
Caro Ex Ministro,
Não sou amigo pessoal de Lopetegui, mas como sócio do melhor clube português sinto-me na obrigação de lhe corresponder neste muito nobre género epistolar. Na verdade, sou um assíduo espectador do programa Dia Seguinte. Gosto de ver para poder criticar com propriedade o péssimo serviço que o senhor presta à verdade. Ou melhor, devo adir que não presta um serviço por si só. Revela uma rara capacidade de manipular as evidências para conduzir os seguidistas da sua retórica a crerem efectivamente na calúnia impostora que tanto gosta de cultivar. Penso inclusive, que o senhor ex ministro teria sido um fabuloso e decisivo elemento na Alemanha Nazi de Hitler. Se Hitler o tivesse conhecido, tê-lo-ia contratado imediatamente pela forma soberba como é capaz de enfatizar a propaganda de uma mentira, de uma ilusão. A psicanálise do seu behaviorismo traria, com certeza, elementos riquíssimos no que ao fundamentalismo diz respeito.
Porém, deixe-me dizer-lhe algo. O senhor tem filhos. Como tal não quererá que os mesmos percebam que o sucesso individual e/ou colectivo possa ser feito à guisa da batota. Provavalmente, conhecerão as regras básicas do futebol. Se assim for, rapidamente descobrirão que o título que agora festejam não é mais do que a celebração daquilo que podemos denominar como a personificação da batota.
E não vale a pena sugerir escutas. Sabe porquê? É que quando se pesquisa no Google as tais escutas, aparecem também como entrada na pesquisa as escutas do Senhor seu Presidente e, apesar de não lho revelarem, muito provavelmente também já ouviram Luís Filipe Vieira a escolher árbitros para a Taça de Portugal. E aí hão-de pensar que o pai não lhes conta toda a verdade. E isso é mau. Pense!
Depois perceber que se dirige na carta a um imigrante que foi alvo dos maiores laivos de xenofobia que nós assistimos nos últimos anos. Aliás, é vergonhoso ver um ex ministro português (ou melhor um secretário de estado de trazer por casa) cultivar esta cultura chauvinista que foi tão propalada à boleia do futebol. Devo adir que não foi o único responsável por isso. Mas a sua postura provocatória de permanente cuspidela no prato onde nasceu tem sido municiadora de ódios.
Como tal, do baixo dos meus 36 anos, permita-me um conselho: seja mais comedido e construtivo. Infelizmente há muita gente que come da sua palha. Paralelamente, há muitos consócios seus que não se revêem nesse radicalismo exacerbado. Pense neles. Pense naqueles que perceberam que afinal vão ganhar mais um campeonato ficando apenas a três pontos de um clube que competiu na europa até meados de abril, enquanto que o seu benfica passeou desastrosas exibições na Europa do futebol e está desde Janeiro concentrado univocamente no campeonato. Mas mesmo aí foi preciso subtrair jogadores fundamentais no Restelo (os mesmos que estiveram muito bem no último jogo entre o FCP e o Belenenses) entre outras arbitragens maravilhosas que conduziram ao sucesso da sua equipa. Espero que diga em off que não é assim que devemos ser na vida.
Devemos, isso sim, ser bem sucedidos com a verdade, a humildade e o trabalho. Recordo que os seus filhos terão visto como todos os pseudo 60% que apenas venceram o Mónaco na Luz porque o árbitro de baliza fez vista grossa à mão de Jardel na grande área do Benfica. Os seus filhos terão visto também aquele remate de Benito para a sua própria baliza que obrigou a um já amarelado Júlio César a fazer uma defesa que implicaria inexoravelmente o segundo amarelo, a consequente expulsão e o impedimento de estar presente no jogo do Dragão. Essa é que é a verdade que a sua propaganda retórica procura esfumar. Mas vá lá, amigo! Festeje! Mas festeje na mesma medida da vergonha da pequenez do sucesso.
Explique que em 10 anos, ganhar 3 títulos é o mesmo que 30% de sucesso. Isso equivale a um nível medíocre. Não queira hiperbolizar aquilo que ainda é exíguo.
Um abraço,
Hélder Rodrigues (sócio número 119223 do Futebol Clube do Porto, com sete taças Europeias, com tricampeonatos, TETRAcampeonatos, PENTAcampeonatos e com um orgulho imensurável de ser do melhor clube português)
P.S.: Responda lá a esta pergunta: Como comenta o facto do jogo em Guimarães ter iniciado quase dois minutos mais tarde relativamente ao de Belém na segunda parte?
Sarrel Manão fez uma figura triste no último programa. Aliás Sarrel Manão deve receber à guisa do empreendedorismo da palhaçada que evoluiu no prolongamento. Deve haver uma proporção da facturação dos patrocínios em função das audiências da estupidez acicatada por Sarrel Manão. Se eu mandasse alguma coisa no FC Porto esse senhor não punha mais os pés no Dragão. Gente desta assim não sente o Porto. Vêm para a televisão enxovalhar em público um treinador da equipa que aprioristicamente representa. Mas há uma coisa que difere de uma forma fulminante. Enquanto este senhor vai para a televisão exibir o último grito nos pólos e nas camisas da moda, Lopetegui com o símbolo do Porto no peito aninhou-se com a frustração pelo facto de Jackson não ter marcado o segundo golo. Assim terão feito milhões de portistas perante aquela última oportunidade. Provavelmente o Sarrel Manão, nem viu o lance porque estaria a lutar com mais uma pitada de leitão. Sarrel Manão foi na verdade um pioneiro na troca silábica do nome do treinador e, apesar de ter outras razões para que Lopetegui fique, bastava esta: gostava mesmo muito de escrever na lousa que o FCP é Campeão Nacional sem que este espantalho de camisas pudesse pôr os pés no Estádio do Dragão. Por isso, retrate-se senhor Manuel Serrão! Tenha vergonha e mude de circo porque de palhaços como o senhor está o mundo cheio! Força, Porto! Hélder Rodrigues
Primeiro apareceram os profetas da desgraça - a crise no BES iria arrastar o Benfica para uma época de pesadelo. Depois apareceu Lopetegui, um seguidor da fina ironia e especialista em latim, que acabou por dar os parabéns a todos os que contribuíram para que o Benfica fosse bicampeão. Concordo, o colinho dos adeptos foi fundamental: em Belém, no Sado, nas tortuosas serranias da Freita, no mar revolto das Caxinas e no jardim do Atlântico. Quanto aos conselheiros, não matrimoniais, aqueles que deram ensinamentos para não se festejar em Guimarães, também tinham razão. Há certos logradouros que são pequenos e tacanhos demais, então celebrou-se de norte a sul do país, em Angola, Moçambique, Timor, Cabo Verde, Guiné, Toronto, Paris, Genebra, África do Sul e Rio de Janeiro. Não custa nada, digam lá 34!
Os memoráveis festejos do 34 e do bi (fantástica, do mais bonito que se tem visto, a festa no Marquês) foram lamentavelmente marcados – e interrompidos – pela violência policial. Por saber está, ainda, como tudo terá começado. E se apenas se deve a alguns excessos – de hormonas ou de cerveja – ou se tem a ver com algo de mais profundo.
Mas não é disso que pretendo falar. Isso só quero lamentar. Quero falar da importância do bi, do que representa, independentemente do que se lhe siga.
Sabe-se que há 31 anos que fugia ao Benfica, naquele que tem sido, sem dúvida, um dos mais longos períodos de hegemonia na História do futebol em Portugal. Que se faz da prevalência do Sporting na década de 1940, da do Benfica nas décadas de 1960 e 70, e da do Porto na de 1990 e na de 2000. E de longos anos de jejum dos três protagonistas maiores desta história: 19 anos para o Porto, entre 1959 e 1978; 18 para o Sporting, entre 1982 e 2000, a que se juntam já mais 13, desde 2002; e 11 para o Benfica, entre 1994 e 2005.
A seguir ao título de 2005, o Benfica não tinha condições de o repetir. Fora ocasional, o próprio presidente do Benfica, já Luís Filipe Vieira, numa declaração que os adeptos não gostaram de ouvir, dizia que era cedo demais. Que o Benfica ainda não estava preparado. Percebeu-se que não!
Depois veio o de 2010, o primeiro com Jesus. E toda a gente percebeu que, ao contrário da última vez, cinco anos antes, o Benfica podia quebrar o longo ciclo portista. O Porto percebeu isso melhor que ninguém e tudo fez para o impedir. Pelo contrário, o Benfica, fez quase tudo o que não poderia fazer. Não interessa agora pormenorizar, mas lembramo-nos que o guarda-redes campeão – Quim, que não “dava pontos” - foi trocado pelo desastre Roberto, rapidamente transformado em foco de instabilidade. Que não foi dada a devida importância à Supertaça, que obviamente era decisiva para alicerçar a época.
Do outro lado tudo era meticulosamente preparado. O Porto percebeu que tinha de fazer da Supertaça a alavanca da época, e sabia que ainda dispunha das ferramentas que construíra e usara como ninguém ao longo de quase trinta anos. Ninguém esquece o que foram as arbitragens do Benfica nas primeiras jornadas. E no que foram as do Porto, em especial em Guimarães e na Figueira da Foz. E que à quarta jornada o Porto tinha 12 pontos, contra 3 do Benfica… Rapidamente se tornaria incontestável, com tudo devidamente branqueado por força do argumento de 21 pontos de vantagem final e da conquista a Liga Europa, contra o Braga de Domingos.
Depois o Porto acrescentaria ainda mais dois campeonatos, com Vítor Pereira. No primeiro o Benfica comandava tranquilamente com 5 pontos de vantagem que, pouco antes da visita do Porto à Luz, as arbitragens cirúrgicas de Guimarães e Coimbra puseram a voar. O resto ficou por conta de Pedro Proença, na Luz, com aquele golo em fora de jogo do Maicon.
E o segundo, com aquele empate com o Estoril, na Luz, na antepenúltima jornada, também esse com uma arbitragem a condizer, que culminou no golo do Estoril, também em fora de jogo, a “engolir” 2 dos 4 pontos de vantagem, num ano dramático em que o Benfica tudo dominou e, no fim, tudo perdeu. Depois, o tal golo do Kelvin aos 92 minutos do jogo do Dragão, fez o resto. Não foi bem o resto. O resto seria feito em Paços de Ferreira, o sensacional Paços do terceiro lugar, de Paulo Fonseca de malas feitas para o Porto, onde o árbitro transformaria em penalti uma falta sem nexo a dez metros da área.
Depois de dois campeonatos perfeitamente oferecidos, o Benfica voltou a ganhar, num ano em que, de pois de tudo perder, ganhou tudo, materializando a superioridade que da facto vinha revelando.
E o Porto voltou a fazer tudo para evitar que o Benfica fosse bicampeão. Investiu como pouca vezes, e terá provavelmente corrido riscos como nunca. Entrou em desespero, e lançou mão de tudo. Por isso se percebe que o Porto se tenha transformado numa avestruz gigante com a cabeça bem enterrada na areia. Num gigantesco buraco que abriu com a areia que há meses anda justamente a lançar aos olhos de toda a gente. E em especial dos seus adeptos!
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