Vão em paz
Da mesma forma que Jorge Jesus em fim de contrato foi para o Sporting e por uma pipa de massa, Maxi Pereira, também em fim de contrato, parece que segue para o Porto.
Aos dois: não se preocupem que o Benfica não vai desaparecer.
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Da mesma forma que Jorge Jesus em fim de contrato foi para o Sporting e por uma pipa de massa, Maxi Pereira, também em fim de contrato, parece que segue para o Porto.
Aos dois: não se preocupem que o Benfica não vai desaparecer.
Também no atletismo masculino o Benfica é campeão. Mais que campeões: Pentacampeões!
Agora foi a Taça de Portugal. Foi só o quinto título, em cinco possíveis. Quer dizer, o hoquei feminino do Benfica ganhou tudo o que havia para ganhar: Torneio de Abertura, a Supertaça, o campeonato, Taça Europeia ... e agora a Taça de Portugal. Era só o que faltava...
Lá somos outra vez campeões. Também no futsal... Também com dobradinha...
Ao quarto jogo da final, depois de vitória e derrota - a única em toda época, e após prolongamento - na Luz na semana passada, e de nova vitória ontem no pavilhão de Odivelas, a eterna casa emprestada do Sporting - como se sabe as obras em casa estão um bocado atrasadas, ainda só têm uma pedra, justamente a primeira que, logo que lançada deve ter caído em cima do contrato com a Somague, fazendo-o rasgar - hoje foi dia de arrumar o que faltava arrumar. Foi dia de selar a terceira vitória, mesmo que nos penaltis - que os guarda-redes, para defender, não podem dar três passos em frente - e fazer a festa em Alvalade, ali para os lados de Odivelas.
Parece que houve quem não tivesse gostado. O costume...
Esta é uma carta. É uma carta pessoal, mesmo que feita pública... Do Carlos Alberto, do Benfiliado. Uma carta de boas vindas a Rui Vitória. Fosse um abaixo-assinado e eu corria a subscrevê-lo. Sem dúvida nenhuma!
A fotografia - claro - também vem de lá...
Até nas Caraíbas, a banhos, Jorge impressiona Bruno. Fantástico!
É o rigor do mergulho, a paixão pelo sol... A maneira como sacode a toalha... A nota artística com que pisa a areia...
Nunca se viu nada assim... Nunca se viu jornais tão encantados. Ou tão encantadores?
A crença encarnada sabia que ele era o Messias, mas foram enganados, Jesus encarnou em Judas, e apesar de ter evitado ser seduzido pelo Diabo, desta vez deixou-se tentar por 6 milhões de moedas de prata. Os seus sermões e milagres levantaram multidões que o seguiam para todos os estádios, apesar de saberem que ele era verde por dentro, do tal "clube diferente", da "maior potência desportiva nacional" que de vez em quando gosta de surripiar o vizinho. O pai Vieira não merecia tal traição por dinheiro, ele que sempre lhe deu a mão e o ressuscitou quando muitos já o tinham crucificado. Apesar disso tenho a certeza de que a religião benfiquista continuará bem viva e os novos discípulos encontrarão a Luz.
No epicentro do terramoto que tomou conta da segunda circular está agora Marco Silva. Porque, empurrado em Alvalade para a porta pequena, acaba por sair pela maior que por lá está. Uma porta tão grande que deixa ver tudo lá para dentro. Deixa ver o carácter de muita gente, em especial daqueles que, depois oito ou nove meses de perseguições e rasteiras, não hesitaram em humilhar o treinador que a tudo resistiu, e a tudo respondeu com enorme senso e profissionalismo, com um miserável processo disciplinar.
Mas também porque, como já toda a gente percebeu, passou a ser uma séria opção para o Benfica. Luís Filipe Vieira, num cenário – de compromisso ou não – em que Jorge Jesus seguia a sua vida em França, tinha tudo, ou se calhar mais ainda, apontado para Rui Vitória. Com Jorge Jesus a assinar com o Sporting – independentemente da (falta de) lisura com que fez tudo – tudo se altera. O que era a (correcta) posição de Luís Filipe Vieira de não afrontar o velho rival deixou de ter razão de ser. Com Marco Silva na rua, e livre, não há razão nenhuma para que não seja uma opção alternativa, ou concorrente, com a de Rui Vitória. Antes pelo contrário. Mesmo sem atitudes revanchistas, que essas nem são próprias dos verdadeiramente grandes nem levam a lado nenhum.
Por isso não acho piada nenhuma às reacções do João Gabriel. Não acho graça nenhuma à ideia peregrina, que passou pela cabeça de alguém da Megastore, de retirar Jorge Jesus da fotografia do título.
Nem irei dizer, apesar de disso estar profundamente convencido, que o Bruno de Carvalho é definitivamente o Vale Azevedo do Sporting. Nem que as relações com Jorge Jesus resistam muito mais que um par de meses. E que ambos têm boas razões para desconfiar um do outro: nem é preciso que olhem para as costas de ninguém, basta-lhes olharem-se um ao outro…
Não. Nunca direi nada disso... E nunca, para nunca ser, crucificarei Jesus!
Jorge Jesus saiu do Benfica e vai para o Sporting. Acho bem. Sim, Jesus siga o seu caminho e o Benfica seguirá o seu. Depois de dois anos a vencer e de seis anos de Jorge Jesus, está chegada a hora de mudar de ciclo e renovar a casa. Exige-se um treinador novo, falo de idade, com espírito de formação ou seja com uma aposta clara nos jovens e que sejam da casa.
Não sei se o Benfica irá continuar a ganhar. Sei que o Benfica mudou de paradigma, e nessa circunstância percebe-se que Luís Filipe Vieira não tenha renovado o contrato com Jorge Jesus. Como se poderá perceber que tenha optado por Rui Vitória, nas antípodas do que já é o anterior treinador do Benfica.
Uma coisa é certa: Jesus não saiu da Luz porque qualquer corda se tenha partido. Estou convencido que foi por convicção: a convicção de que o ciclo é agora outro. O problema é que este que acabou era de vitórias...
Também o Sporting estará a mudar de ciclo. E de paradigma. E talvez até Jesus esteja subitamente a mudar de princípios. Mas isso já não me interessa. São mudanças a mais!
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