Agarrada ao trilho
Foi um Benfica debilitado, ainda com a angústia de sexta-feira à noite, aquele se apresentou na Luz para começar a discutir com o milionário Zenit o acesso aos quartos da Champions.
É certo que a equipa não se descaracterizou, que se manteve fiel à sua matriz, mas sentiu-se alguma tremideira, pelo menos enquanto a equipa treinada por André Vilas Boas e capitaneada por Danny teve forças. Mesmo assim, mesmo enquanto duraram as forças dos colegas de Witsel, Javi Garcia e Garay, só o Benfica criou oportunidades para marcar. Poucas, é verdade, mas foram as que o jogo tinha para dar...
O Benfica teve bola como poucos. E até como em poucos jogos, a rondar uns improváveis 70%. Inimagináveis para um jogo de champions. E á medida que o tempo ia passando ia acentuando a sua superioridade, encostando o adversário lá atrás e criando sucessivas oportunidades para marcar.
Golos é que não, a lembrar a tal sexta à noite. Até que mesmo à beirinha do fim, em cima dos noventa, chegou o golo que deu a vitória. Curiosamente na única oportunidade em que aproveitou uma jogada de bola parada. Nunca em nenhum outro jogo o Benfica tinha estado tão mal nos lances de bola parada, não criando uma única situação perigosa nos inúmeros cantos e livres de que desfrutou.
Sabemos que o um a zero é sempre um resultado simpático neste tipo de competições. Não é um grande resultado mas, para já, é uma vitória moralizadora e capaz de manter a equipa no trilho que trazia. É um resultado que faz de sexta-feira à noite um simples acidente, que não passou de um encontrãozito, insuficente para fazer saltar a equipa do trilho das boas exibições e das vitórias.
Se dá para chegar aos quartos? Isso agora não é o que mais importa.