Duzentas razões para te admirar, FCP!
No ducentésimo jogo do FCPorto na Liga dos Campeões/Taça dos Campeões Europeus, duas coisas surgem no imediato: o orgulho e a desilusão.
Numa noite que tinha tudo para se tornar de gala, tal como outras tantas nesta competição, o regresso ao 4-3-3 clássico parece ter bloqueado o rolo compressor plasmado no último Porto-Vitória S. C. .
Com efeito, a disciplina táctica dos frios dinamarqueses congelou os movimentos da linha média e avançada do Porto. Futebol previsível e denunciado foi a receita ideal para a estratégia bem montada pelo Copenhaga, que demonstrou uma excelente condição física e táctica na casa do Dragão. E como fizeram bem os trabalhos de casa obtiveram um resultado satisfatório e merecido.
Infelizmente, o Porto não mereceu a vitória que um empolgado e incentivado Brahimi ainda tentou procurar. Porém, numa competição como a Champions, não se podem sofrer golos daquela maneira. Já chega de tanta lassidão...
Enfim. Estava longe de pensar neste desfecho, mas depois pensei: "Hélder, são duzentos jogos na Champions e tu tiveste o privilégio de desfrutar do ponto alto da prova. O de ver as cores azuis e brancas elevadas bem alto e a cores, de festejar como sempre e como nunca de um sucesso de um clube da cidade que espalha a magia." O FCP é isto e certamente continuará a ser nos próximos duzentos jogos neste torneio que aprioristicamente será cada vez mais difícil de alcançar. Não será em noites pálidas como a de hoje, caro FCP! Mas tive, tenho e terei muitas razões para te admirar.
Venham de lá esses momentos de gala porque os portistas já merecem permanecer mais descansados nas cadeiras do Dragão.
Hoje cumpriu-se 0,5 de possíveis13 jogos e, passo a passo, as estrelas alinhar-se-ão com certeza para culminar no triunfo magistral que o meu clube me ofereceu durante as minhas 37 primaveras.
Força, grande Porto!
Hélder Rodrigues