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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

29
Nov16

Taça Epístolar

helderrod

Alameda do Dragão, 29 de Novembro 2016

Querida Mãe, querido Pai:

 

Então, que tal? Nós andamos do jeito que o NES quer. Entre os dias que passam menos mal, lá vem um jogo que nos dá mais que fazer. Mas falemos de coisas bem melhores. O João Carlos Teixeira dá uns toques e o Depoitre deverá seguir Engenharia. Para lá do futebol, dizem que é um emprego com saída.

Cá chegou direitinha a encomenda num empate que parou no Velasquez. Uma equipinha que não deu para a merenda, mas sempre dá para enganar a vontade. Espero que não demorem a mandar um videoarbitro nesta taça do Correio. Mais um golo limpinho a anular. Como estão os delegados de vermelho? Já não tenho mais assunto para escrever. Esta taça não é nada bestial.

Um abraço deste que tanto te quer. Porto, muda, porque isto não é normal!

Um abraço deste que tanto te quer. Porto, muda, porque isto não é normal!

 

P.S. Road to Faro-Loulé é tão mau, tão mau que plasma a consentaneidade com a parca valência desta competição.

E, por falar em Valência....ADEUS!

 

Força, Porto!

Hélder Rodrigues

ctt.jpg

 

28
Nov16

Cardápio inejável

Eduardo Louro

 

O Benfica ganhou por 3-0 ao Moreirense, no jogo da décima primeira jornada, hoje disputado na Luz, de novo de casa cheia.

Começo por aqui, pelo resultado, porque se fala por aí muito de eficácia. Os três golos que o Benfica marcou, representam menos de um terço das ocasiões que criou, coeficiente que nem foge muito dos padrões normais, em especial nos jogos deste tipo. O que quer dizer que para ganhar estes jogos, que são para os candidatos ao título a imensa maioria deles, é preciso volume e qualidade de jogo capazes de criar sucessivas oportunidades de golo. Criar uma, duas ou três é curto... Simplesmente porque desperdiçar duas ou três oportunidades por jogo é normal.   

Enfiada a carapuça por quem a deve enfiar, este jogo foi um postal ilustrado do que são os jogos na Luz neste campeonato. Um adversário com os jogadores todos lá atrás, em cima da baliza. Que correm até poder atrás da bola, que entram sem dó sobre os jogadores do Benfica, e que queimam tempo desde o primeiro minuto. E um relógio inclemente e determinado em chegar ao minuto 90.

Perante este cenário, o Benfica entra forte. Se as coisas correm bem, e nas primeiras duas ou três oportunidades chega ao golo, o jogo abre, as oportunidades sucedem-se e os golos surgem à cadência dos índices normais de aproveitamento.

Não aconteceu assim neste jogo. Nem mesmo depois do primeiro golo - que só chegou aos 32 minutos, em mais uma bela jogada concluída, com classe, por Pizzi - o Moreirense alterou a sua postura. Continuou exactamente na mesma, como se o resultado se mantivesse em branco.

E o Benfica abriu o compêndio, donde saiu um invejável cardápio de soluções para este tipo de problemas. Ora acelerando pelos alas até à linha de fundo, ora entrando em tabelas pelo centro. Ora tranquilamente fazendo circular a bola, ora com desmarcações entre as linhas de defesa do adversário. Ora transportando a bola desde trás, ora com surpreendentes lançamentos longos a rasgar a defesa contrária. Tudo isto com o cerebral do Pizzi ao botão do comando!

E foi assim que as oportunidades foram surgindo ao longo dos 90 minutos. Como nem todas podem ser aproveitadas, só deu em três golos. Pizzi – tinha de ser – bisou. Raul Gimenez fechou!

Para que nada faltasse no postal ilustrado até as lesões lá estão. Desta vez a fava saiu ao Eliseu, deixando o Benfica sem lateral esquerdo. Mas há André Almeida. Sempre disponível para tudo, e sempre ao mais alto nível.

Alguém se lembrou que só tinha ainda jogado 28 minutos nesta época?       

26
Nov16

Guiados Por Nenhuma Estrela, Sem Azul e Branco

helderrod

Assim chegaram a Belém, vestidos de amarelo os azuis e brancos...                         Não sou de todo supersticioso, mas este amarelo parece o primeiro passo para a palidez do FCPorto.

Numa noite de pluviosidade ininterrupta no Restelo, a equipa deixou-se levar na confusão gerada por constantes confrontos mais ríspidos daquele que parecia o jogo da vida do Belenenses. Quanto a isso nada a dizer. Mas que joguem sempre assim, independentemente de cederem lugares privilegiados aos dirigentes vizinhos.

Todavia, a escassez de oportunidades por parte do FCPorto foi assustadora, recordando apenas a precipitação de Oliver e o cabeceamento do Marcano na segunda parte. 

Volto a perguntar após o quarto empate consecutivo: agora de quem é a culpa? 

Quando se mantém a insistência da não utilização de importantes activos da equipa já não podemos falar de opções, mas de algo mais. Algo que transcende a teimosia, o fala muito e acerta pouco, a passividade e a carência de assertividade.

As pessoas que se deslocaram de todos os pontos do país ao Restelo não mereceram aquela lassidão e aquele vazio de soluções. Aquela gente passou mais de noventa minutos à chuva, porque esses sim. Esses são os verdadeiros pilares da equipa. Quanto ao resto são palavras. Muito bonitas e aparentemente eruditas, mas após espremidas valem zero. Não, o FCP não é para ti. Contigo, não somos Porto. Assim: fomos Porto. Está na hora, porque a porta está aberta. 

Deixo aqui um repto. Quando se ama verdadeiramente algo, devemos zelar pelo bem desse objecto acima de tudo. Está na altura de o demonstrar. Seria a melhor forma de manter a honorobilidade e a elevação. O Porto é grande de mais para quem provou ainda tão pouco. 

 

Força, Porto! 

Hélder Rodrigues

open-door.jpg

 

23
Nov16

Quando uma hora de recital não basta

Eduardo Louro

Besiktas-Benfica, 3-3 (crónica)

 

Não bastou uma hora de recital, com autêntico futebol de Champions, para o Benfica selar já hoje, na Turquia, a passagem aos oitavos de final da maior competição de futebol de clubes do mundo.

Na primeira parte foi o explendor, com o Benfica a mandar completamente no jogo, a jogar um futebol que só está ao alcance dos melhores. Ao fim dos primeiros 30 minutos já ganhava por 3-0, com os jogadores da equipa turca de cabeça perdida, mais não fazendo que castigar os do Benfica com sucessivas entradas duras, que o árbitro ia deixando passar sem penalização disciplinar.

A segunda parte arrancou dentro do mesmo cenário, com o Benfica a desperdiçar oportunidades flagrantes de marcar o quarto. Que não de matar o jogo, como se diz e como disse o próprio Rui Vitória, porque um jogo com 3-0 tem que estar morto, não pode ser de outra forma.

Esperava-se o 4-0, não se pressentia o 3-1 em lado nenhum. E os jogadores do Benfica sentiram isso... E deslumbraram-se. Não há outra explicação!

À entradada última meia hora, no primeiro remate do Besiktas à baliza de Ederson - um remate espectacular, sem dúvida, mas com o marcador em posição de fora de jogo, ilegal, portanto - aconteceu mesmo o inesperado golo.

E o jogo mudou, logo aí. Não mudou radicalmente, o Benfica construiu ainda mais uma ou duas oportunidades de chegar finalmente ao quarto, mas mudou. Naquele ambiente não podia ser de outra forma. Mas mudou radicalmente quando, aos 83 minutos, sem nunhuma necessidade nem nemhuma pressão, Lindelof jogou a bola com a mão, ainda dentro da área, quando saía para o contra-ataque. Adivinhava-se já nova oportunidade golo para o Benfica quando o árbitro, provavelmente alertado pelo seu auxiliar, apitou para a marca de penalti. Que Quaresma - bem pode dizer que gosta de jogar contra o Benfica, o que ele gosta é de bater em tudo o que seja jogador encarnado, como hoje se voltou a ver, sempre com a complacência do árbitro - converteu no 3-2.

Percebeu-se que dificilmente o Benfica conseguiria evitar o empate. Que chegou em cima dos 90, como já sucedera na Luz...

Uma exibição de luxo, como aquela que o Benfica fizera ao longo de uma hora, não merecia tão inglório desfecho. Melhor dito: uma hora daquelas não merecia aquela meia hora. Quem faz o que os jogadores do Benfica fizeram em dois terços do jogo só pode estar envergonhado pelo que (não) fez no último terço!

 

22
Nov16

Os Cavaleiros da Dinamarca

helderrod

Hoje foi noite de Champions na Dinamarca e o FC Porto escorregou na possibilidade de ter assegurado desde logo a sua presença nos oitavos de final.

Na verdade, o terreno não estava fácil. Aliás importa informar os leitores de que esta equipa já não perde há 34 jogos e ainda não sofreu golos no seu reduto (facto pouco relevado pelos nossos jornalistas, mas já lá vamos.).

A primeira parte foi equilibrada e o FCP teve dificuldades em chegar à baliza, tendo apenas feito o primeiro remate aos 42 minutos. Nessa fase, destacaram-se os centrais do FCP, mormente o Felipe que esteve muito bem em todo o jogo. 

Porém, o melhor ficou reservado para a segunda parte e a supremacia na posse de bola caiu para o lado do Porto. Houve imensas oportunidades para marcar, mas mais uma vez verificou-se alguma carência de esclarecimento na concretização. A este facto não será alheio o posicionamento do André Silva. Muitas vezes o excelente avançado do FCP anda por terrenos que não deviam ser os dele, chegando não raras vezes em perda no momento da concretização. É sintomático o facto de André Silva ter sido o segundo jogador a correr mais na equipa, ficando apenas atrás de Oliver. Penso que este factor deverá ser tido em conta pela equipa técnica. Os avançados não podem correr tanto. Eles devem estar no coração da área. 

Importa igualmente destacar a exibição de Corona que lutou incessantemente no decorrer do jogo, talvez motivado pela titularidade que tanto merece. Foi efectivamente o MVP deste jogo.

Fica aqui um sabor amargo neste empate que deixa tudo para a recepção ao Leicester no Dragão. Será importante jogar para a vitória com mais critério e talvez com outros intervenientes. É importante usarmos todos os ovos à nossa disposição para fazer boas omeletes. 

No percurso europeu, estes Cavaleiros da Dinamarca não querem ficar por aqui e querem parar noutros destinos nesta Champions à semelhança da personagem de Sophia de Mello Breyner Andresen (ver foto).

Queria apenas deixar aqui um pequeno recado aos senhores jornalistas "portofóbicos", que parecem querer desvalorizar os adversários do Porto na Champions. Hugo Gilberto menorizou este Copenhaga, tal como Rui Pedro Braz, mas importa lembrar que o Brugge foi campeão da Bélgica (país em retoma na Europa do futebol) e a Dinamarca já assumiu o estatuto de Campeões Europeus, tal como nós. Enfim...

Para além destes, temos ainda outro douto jornalista chamado Rui Santos que foi capaz de afirmar no seu programa que o Sporting CP esteve bem nesta edição da Champions. Relembro os mais desatentos que a equipa de Alvalade já vai na quarta derrota nesta competição. 

Em suma, não deixa de ser curioso o facto de não ter falado da arbitragem. Eu gosto mesmo muito de falar de futebol. Valha-nos a Champions League. 

 

Agora há que apontar o foco para Belém para continuarmos na luta pelo campeonato!

 

Força, Porto!

Hélder Rodrigues

P.S. Parabéns ao nosso grande Bibota de Ouro Fernando Gomes pelo seu sexagésimo aniversário!

cavaleiro-da-dinamarca-5-728.jpg

 

19
Nov16

A Taça merece luxos destes...

Eduardo Louro

Benfica-Marítimo, 6-0

 

A Taça tembém merece este Benfica. A Taça também merece este futebol!

Que fantástica exibição fez o Benfica!

O Marítimo não teve tempo para nada. Entrou como é costume entrarem os adversários do Benfica, com uma ideia de pressionar logo na primeira zona de construção, coisa que, como se sabe, é possível fazer enquanto há pernas e pulmão..Tem esse problema: não é possível fazer durante todo o tempo. Mas tem outro: se a equipa consegue ultrapassar essa zona de pressão fica logo em vantagem, porque os adversários ficaram para trás, e já sem condições de recuperar.

Foi o que aconteceu logo após a bola de saída. O Benfica saiu da pressão que o Marítimo montou, passando pela teia montada como cão por vinha vindimada, e fez logo o primeiro golo. E o Marítimo ficou ali, como quem fica a meio da ponte: sem saber muito bem se devia cumprir o plano de voo que trazia. Percebeu-se que o abandonou, não voltou a pressionar alto e aconchegou-se lá atrás, a ver jogar o Benfica.

E o que viu... E o que vimos... Que jogo!

A primeira parte foi absolutamente espectacular, com um futebol de ataque permanente, com soluções para todos os problemas, em jogadas a um ou dois toques, numa dinâmica verdadeiramente extraordinária. A ponto de, ao intervalo, apenas os números surpreenderem: três golos para tanto futebol era surpreendente. Tão surpreendente como as estatísticas de posse de bola: não dá para acreditar nos 72%  apresentados. Pelo que víramos, não dava para acreditar em tudo o que fosse menos de 90% ...

A segunda parte, meso sem nunca ter baixado do exigível a uma grande exibição, não teve o mesmo nível. Mas teve o mesmo número de golos, que fizeram subir o resultado para a meia dúzia - todos de rara beleza, incluindo o quinto, de penalti -, o maior resultado da época. A condizer com a melhor exibição da temporada. E a deixar excelentes indicações para o que aí vem. Em especial para o que aí vem já na quarta-feira, na Turquia.

 

19
Nov16

Salapismos de Capela e um cibo de incompetência

helderrod

Costumava-se dizer nesta competição tão querida dos portugueses "hoje houve taça!". Porém, há agora uma novidade que se confunde com a clássica expressão. Hoje houve Capela. 

Mais uma vez, o homem puxou dos galões e desta feita não assinalou três penalties ao FC Porto e, por ventura, um outro ao Chaves. É um INCOMPETENTE que demonstra o quão podre está a arbitragem em Portugal.

Sei que pareço repetitivo. Mas a realidade obriga-me a reiterar a inaceitável toada das arbitragens nos jogos do FC Porto. Neste momento o rácio é o seguinte: 13/11! Dividam agora 13 por 11. Depois, multipliquem por 100. Obterão a percentagem do coeficiente da arbitragem a roubar penalties ao Futebol Clube do Porto.

Não podem brincar assim com a Instituição Futebol Clube do Porto. 

Aqui não há dúvidas entre o vapor e o cuspo. São 13 penalties em 11 jogos. Uma dúzia de abade.

Uns queixam-se por causa de um jogo no qual chegam ao empate num penalty inexistente sobre Gonçalo Guedes.

Outros passeiam miríades de maus exemplos para os jovens, cuspindo indiscriminadamente para tudo e para todos. Ainda ontem foram precisos penalties simulados e dois golos foras de jogo para amenizar o putativo escândalo...

E, no entretanto, há um clube. O melhor clube português consubstanciado pelos sete títulos internacionais que lhes confere um prestígio inigualável e díspar no nosso futebol continua a ser vilipendiado de forma constante pela arbitragem, pela maioria da imprensa e da opinião.

Isto tem que acabar! Dê para onde der.

Contudo, houve também um cibo de incompetência em terras transmontanas. 

Adivinhava-se uma tarefa difícil em Chaves, mas no escalonamento do onze houve falhas. Este era o jogo mais importante para as hostes portistas no presente. Como tal, as opções deveriam passar pelo melhor onze. Assegurar a passagem bem cedo e gerir o resto do jogo era claramente a melhor solução.

De que vale falar em pilares, se removemos a importância dos alicerces? Em tempos criticavam o treinador basco por desconhecer a importância desta competição no futebol português, aquando do jogo Porto-Sporting há duas épocas atrás num contexto pós-selecções. O que têm para dizer agora?

Agora há que olhar em frente e não facilitar em Copenhaga. Entrar com tudo na próxima terça-feira, porque a margem de manobra reduziu-se um cibo e os portistas estão atentos.

 

Força, Porto! Hélder Rodrigues

Créditos fotográficos: Raurino Monteiro

 

 

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15
Nov16

Que miséria!

Eduardo Louro

Imagem relacionada

 

Com a revelação de imagens de miséria humana - sempre exclusivas, desta vez da SIC - do que se passou em Alvalade, depois do jogo do Sporting com o Arouca, percebemos o estado a que chegou a comunicaçao social em geral e as televisões em particular.

Primeiro, com a própria reportagem da SIC, na apresentação inicial de imagens cortadas, evidentemente amputadas de sequência, dadas por inconclusivas mas a permitir ao jornalista que a assinava óbvias e irrefutáveis conclusões. Depois, a apresentação de mais imagens e mais completas, e mais conclusões. Até que o jornalista apresentador tivesse que ser, pouco a pouco, muito gradualmente, empurrado para certas imagens. Que haveriam de aparecer. Que finalmente apareceram, claras como ... o cuspo.

As imagens acabaram espalhadas por todas as televisões. Só que, por incompetência ou acção voluntária, em peças jornalísticos que insistiam em não bater certo com o que se estava a ver.

E nós a vermos a verdade a ser espezinhada, alí mesmo à frente dos nossos olhos...

 

06
Nov16

O outro lado do minuto 92

Eduardo Louro

 

O Benfica chegou ao clássico sem os seus dois melhores jogadores nesta época   e sem o seu melhor jogador das duas últimas: Fejsa e Grimaldo são, sem qualquer dúvida, actualmente os dois jogadores mais influentes na equipa, como Jonas foi o melhor e o mais influente na conquista dos dois últimos campeonatos. E sem Jardel. E sem Rafa. Cinco, ao todo, só para falar dos que ficaram. Porque os que sairam já só fazem parte da História, noutros lados é que ainda fazem parte das "estórias"... 

Para agravar todo este negro panorama, ainda  se não tinha chegado aos 10 minutos de jogo e já o Benfica perdia o capitão Luisão. Mais uma lesão!

Fosse por isso ou por outra coisa qualquer a verdade é que o Benfica não entrou lá muito bem no jogo. Deu muito espaço aos jogadores do Porto, abdicou da sua habitual pressão alta (a falta que faz Fejsa para fazer isso) e permitiu sempre que os jogadores adversários chegassem primeiro à bola e ganhassem sempre as bolas divididas. Por isso, porque o Porto recuperava a bola com muita facilidade, e muitas das vezes ainda muito próximo da baliza do Benfica, conseguiu mais volume de jogo. Muito mais ataques, mais remates e um pouco mais de posse de bola.

Mesmo assim, e mesmo com o Porto a fazer a sua melhor exibição da época, a grande oportunidade de golo é do Benfica, perto do fim da primeira parte, quando a bola bateu no poste e não entrou.

A segunda parte foi, e teria de ser, completamente diferente. Desde logo porque o Porto não conseguiria - isso é evidente - manter o mesmo ritmo e a mesma pressão. Mas como o Porto chegou ao golo logo no reinício - num frango de Ederson, também acontece - e a partir daí só quis defender o resultado, o jogo mudou mais ainda.

A novidade é que o Benfica passou para cima no jogo abdicando daquilo que é o seu modelo de jogo. Mais uma vez o efeito das muitas ausências, e mais uma vez o dedo de Rui Viitória. Já não é só o "joga o Manel", expressão que pelos vistos só se aplica na Luz. Joga o Manel e joga-se de outra maneira. Rui Vitória abdicou dos alas, e com as duas substituições que podia fazer, reforçou o meio campo - com a entrada André Horta, dando rumo à exibição de Pizzi, que até aí o não tinha, e fazendo crescer a de Samaris - e o ataque, com a entrada do Raúl Gimenez.

Não se pode dizer que o novo jogo do Benfica tenha rendido muitas oportunidades de golo. Mas encostou o Porto lá atrás. E quando assim acontece o golo começa a espreitar. Acabou por chegar ao minuto 92. Ironicamente!

O árbitro que o Porto escolheu para o jogo - foi assim, não há como fugir disso - foi igual a ele próprio: habilidoso. Artur Soares Dias é um bom árbitro, mas é sempre habilidoso. Os jogadores do Porto puderam fazer o que quiseram para ver se o penalti caía do céu. Ou para aumentar o pecúlio que os seus comentadores apresentam diariamente nas televisões. Puderam entrar sobre os jogadores do Benfica sem qualquer limite, a lembrar Fernando Couto e tantos outros do género. E até Casillas pôde perder o tempo que quis, ao contrário do Ederson, que viu logo o amarelo.

Nada de grave. Mas alguma habilidade...        

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