Guiados Por Nenhuma Estrela, Sem Azul e Branco
Assim chegaram a Belém, vestidos de amarelo os azuis e brancos... Não sou de todo supersticioso, mas este amarelo parece o primeiro passo para a palidez do FCPorto.
Numa noite de pluviosidade ininterrupta no Restelo, a equipa deixou-se levar na confusão gerada por constantes confrontos mais ríspidos daquele que parecia o jogo da vida do Belenenses. Quanto a isso nada a dizer. Mas que joguem sempre assim, independentemente de cederem lugares privilegiados aos dirigentes vizinhos.
Todavia, a escassez de oportunidades por parte do FCPorto foi assustadora, recordando apenas a precipitação de Oliver e o cabeceamento do Marcano na segunda parte.
Volto a perguntar após o quarto empate consecutivo: agora de quem é a culpa?
Quando se mantém a insistência da não utilização de importantes activos da equipa já não podemos falar de opções, mas de algo mais. Algo que transcende a teimosia, o fala muito e acerta pouco, a passividade e a carência de assertividade.
As pessoas que se deslocaram de todos os pontos do país ao Restelo não mereceram aquela lassidão e aquele vazio de soluções. Aquela gente passou mais de noventa minutos à chuva, porque esses sim. Esses são os verdadeiros pilares da equipa. Quanto ao resto são palavras. Muito bonitas e aparentemente eruditas, mas após espremidas valem zero. Não, o FCP não é para ti. Contigo, não somos Porto. Assim: fomos Porto. Está na hora, porque a porta está aberta.
Deixo aqui um repto. Quando se ama verdadeiramente algo, devemos zelar pelo bem desse objecto acima de tudo. Está na altura de o demonstrar. Seria a melhor forma de manter a honorobilidade e a elevação. O Porto é grande de mais para quem provou ainda tão pouco.
Força, Porto!
Hélder Rodrigues