Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

11
Dez16

Um grande derbi. O resto, é o costume...

Eduardo Louro

 

O derbi eterno não foi nada do que se perspectivava: nenhuma das equipas se mostrou afectada pelo passado recente. Nem o Benfica deu qualquer sinal de desestabilização pelas duas derrotas consecutivas, e em especial pela derrota e pela exibição no último jogo, com o Nápoles, nem o Sporting se mostrou afectado pela derrota na Polónia e pela eliminação das competições europeias. Nem deixou perceber qualquer desgaste físico, nem se percebeu que houvesse ninguém engripado. Talvez por isso se não perspectivasse um jogo de tão alto nível.

A primeira parte foi mesmo do que melhor se tem visto num jogo de futebol. E nesse período o Benfica foi melhor. Saiu para o intervalo por cima no marcador - com um golo que nasce em Gonçalo Guedes (mesmo que carregado por um adversário que o deixou no chão, a torcer-se com dores), e acaba num passe fabuloso do Rafa (a novidade na equipa) para uma entrada fantástica de Sálvio - porque também tinha estado por cima no jogo. Com melhor futebol, mas acima de tudo muito mais limpo: nesse período os jogadores do Sporting paravam sistematicamente os do Benfica em falta. Muitas delas, o árbitro – Jorge de Sousa – deixava por assinalar. E as que assinalava deixava por punir disciplinarmente, quer pela sequência (William Carvalho e Zieglar, pelo menos), quer pela natureza (Ziegler, ainda).

E já que se fala do árbitro – que Jorge Jesus, como é habitual responsabilizou pela derrota, voltando a um filão que não quer abandonar, e de que outros tão bons dividendos estão já a tirar – não se pode deixar de referir aquela jogada que anulou, com lançamento de bola ao solo, quando o Gonçalo Guedes seguia isolado para a baliza do Rui Patrício, por haver uns papeis no campo. Coisa que não faria, na segunda parte, quando o mesmo sucedeu num ataque do Sporting. E porque o Sporting fala de dois penaltis a seu favor terá de dizer-se que, um, uma bola cortada com o ombro pelo Nelson Semedo, é rigorosamente igual a outro, na área do Sporting, praticado pelo Coates. Ambos na primeira parte e legais, evidentemente. O outro no início da jogada do primeiro golo do Benfica, quando o Lindelof corta a bola contra o braço de Pizzi, em movimento de saída da área, faz parte da construção do filão que o Sporting quer explorar.

Fechado este parêntesis sobre a arbitragem, que nos erros que cometeu prejudicou o Benfica, voltemos ao futebol, que continuou a bom nível. Com o Sporting a entrar para a segunda parte com Campbel, no lugar do fraquinho Bruno César, a desequilibrar mais que o Gelson, do outro lado. A uma bola do Sporting no poste, respondeu o Benfica, com mais uma grande jogada de futebol, a dar no segundo golo, pelo Raul Gimenez.

A reacção do Sporting só deu um golo, ia ainda a segunda parte a meio.

No fim fica um bom jogo, a reposição dos 5 pontos de vantagem, e a vitória moral de Jorge Jesus. As ususal… Fica a convicção de Rui Vitória que, contra tudo e contra todos, manteve Luisão na equipa. E Sálvio. E o meio campo.  E fica, esperemos, o regresso do Benfica à sua normalidade competitiva: o regresso da confiança, das boas exibições e das vitórias.

11
Dez16

Feira de Talentos

helderrod

É comum dizer-se que "em equipa que ganha não se mexe". Este chavão clássico é paradigmático em quaisquer desenhos tácticos que se pretendam gizar.

Este foi o FC Porto no jogo em Santa Maria da Feira. Um FCP que me trouxe à memória outros tempos, designadamente pela hora do jogo. Ver aquelas belíssimas camisolas azuis e brancas em plena luz do dia, com um sol radiante que se foi escondendo a Oeste, é outra coisa. Para além deste feliz casamento de luz e cor, a equipa do Porto saudou os adeptos que se apresentarem em bom número com um futebol muito agradável. 

Para isso contribui também uma equipa do Feirense muito bem distribuída em campo, mesmo depois de ter ficado reduzida a dez unidades. 

Numa espécie de "powerplay" a la hóquei em patins, os talentos da frente de ataque do FCP souberam encontrar espaços com constantes variações de jogos e chegando com facilidade aos golos. E já lá vão dez em três jogos. Com um Oliver fenomenal cuja classe e toque de bola perfumados permitiu prendar-nos com belos apontamentos, um Diogo J pleno de mobilidade e dinamismo e um Brahimi muito consistente na recuperação de bolas e assistências, a equipa permite-nos a retoma na crença de que podemos voltar ao combate pelo título.

Todavia, a procissão vai no adro, mas o andor já vai adiantado e aquilo na segunda circular foi coisa feia a manchar um grande jogo de futebol. 

Já que estamos com chavões, vou adaptar um aos meus amigos leões: o Karma é uma bicha. Para aqueles lados joga-se muito andebol e, desta feita, provaram do mesmo veneno que fora expelido em Alvalade no jogo contra o Porto. A mão na bola não vale, mas a evidência choca e os erros da arbitragem foram bem visíveis. 

Aliás, foi curiosa a forma como procuraram passar um paninho sobre tamanha pouca vergonha, mas as pessoas vêem e a injustiça imperou mais uma vez.Ganhou a equipa que menos trabalhou para triunfar. 

Não adianta de nada quererem vender outro peixe. Isto vai de mal a pior e começa a ser preocupante a persistência e regularidade com que isto acontece.

Venham de lá essas tecnologias mas rapidamente. 

O futebol jamais poderá ser como uma guerra em que a primeira vítima é sempre a verdade.

Não façam de um putativo tetra, uma grandessíssima treta!

 

Vejamos o que nos espera para o próximo desafio no Dragão.

Força, Porto! Estamos na luta.

Hélder Rodrigues

 

Créditos fotograficos de Raurino Monteiro

 

15409706_10154769071374197_642407767_o.jpg

Seguir

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Arquivo

    1. 2025
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2024
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2023
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2022
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2021
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2020
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2019
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2018
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2017
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2016
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2015
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2014
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2013
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    1. 2012
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D