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E assim terminou mais uma noite fria no Dragão. Não se tratou daquele frio seco transmontano. Foi uma cadência de arrefecimento galopante.
Mas enquanto a temperatura climática baixava, o mercúrio no termómetro do jogo aumentava. Para lá de um Chaves com um futebol de qualidade assinalável (terá sido uma das melhores equipas a jogar no Dragão nesta temporadada), houve um segundo opositor não menos omnipresente. O árbitro fez questão de se embrulhar neste bom jogo de futebol. Não foi apenas naquele momento em que quase obstaculiza Brahimi numa incursão do jogador pelo meio campo. Foi o critério na mão na bola. Recordo três lances em que, apesar da boa colocação do árbitro, nunca foi admoestada a falta por mão na bola.
Esta ambivalência de interpretações. Este livro arbítrio na análise de lances desta natureza tem que acabar de uma vez por todas. A carência de objectividade no critério e na interpretação destes lances atingiu um limite intolerável.
Apela-se aos irRESPONSÁVEIS DA ARBITRAGEM que estabeleçam um denominador comum extra colinho para que possam convergir num critério imparcial, universal e justo.
Destaco assim três factores a terem em conta:
Ponto Um - As papoilas ostentam pétalas, mas esse facto não lhes permite saltitar a bola com as mãos e com o braço.
Ponto Dois - Um carrinho é um movimento realizado por jogadores de futebol que, aprioristicamente, têm dois braços os quais exercem um papel fundamental para que os mesmos não batam com a cabeça no chão na execução do carrinho.
Ponto Três - A equidade é uma coisa bonita no Desporto.
Posto isto, o FCP conseguiu transcender-se na segunda parte e o cansaço advindo deste acumular de jogos ficou congelado com a raiva e a revolta daquilo que se passava dentro das quatros linhas. A Instituição Futebol Clube do Porto estava a ser desrespeitada no seu próprio reduto. A equipa sentiu isso e deu a volta num grito de revolta. O apoio gutural vindo das bancadas foi determinante para o primeiro golo no jogo (para mim também contou e o Dragão fez questão de o registar), por parte de André Silva que merecia ter chegado ao fim do ano cívil na frente dos melhores marcadores.
Depois, mais dois penalties por assinalar (já vamos em quinze neste campeonato) e já nem sequer tenho palavras para qualificar aquilo que se tem verificado. Está inquinado, desvirtuado e aldrabado este campeonato.
Uma palavra também para Casillas que revelou muita qualidade ao negar o segundo golo ao Chaves; para Depoitre que puxou dos galões e deixou-nos um golo no pinheirinho e, finalmente, para um gigante Danilo que respondeu em campo a uma questão de Rui Cerqueira no Porto Canal quando este o desafia a confessar sobre o que ele (Danilo) pode fazer para melhorar o seu desempenho. Danilo respondeu nessa entrevista que tinha de chutar mais vezes de fora de área. Assim o fez!!!!
Obrigado, Danilo!
Um Feliz Natal a todos os leitores (mesmo àqueles que não gostam do que escrevo) e a todos os Portistas de todo o MUNDO!
Força, Porto!
Hélder Rodrigues
Créditos fotográficos de Raurino Monteiro
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