Naturalmente!
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Este jogo de hoje em Vila do Conde seria sempre fundamental para o título. Para o 36. Para o tetra..
Seria sempre um jogo de elevado grau de dificuldade, porque o Rio Ave é uma das poucas boas equipas do campeonato. Já o era com Capucho, passou a sê-lo ainda mais com Luís Castro. Que ainda não tinha perdido em casa, e que vem praticando do melhor futebol que se tem visto na Liga. Mas também porque era o jogo em que os adversários do Benfica apostavam todas as fichas.
O empate do Porto na Madeira, na véspera, abria uma oportunidade que o Benfica não podia desperdiçar. Não podia permitir-se a falhar, como o rival tinha falhado quando delas dispôs. Por três vezes. E essa era uma pressão acrescida para este jogo.
O Benfica entrara com duas alterações em relação à equipa normalmente mais utilizada nos últimos jogos. No lugar de Salvio surgia Rafa, e Jimenez no de Mitroglou. Rui Vitória justificou-as com razões de ordem estratégica, que se prendiam com o perfil do adversário. Não podia - não devia -ter dito outra coisa, mas todos sabemos como Salvio e Mitroglou têm estado em sub-rendimento nos últimos jogos. Salvio por alguma inconsistência, mas acima de tudo por não ter condição física para 90 minutos, e Mitroglou porque nem a bola lhe chegava, nem ele a procurava.
Na primeira parte o jogo foi muito dividido, mesmo que não tenha sido muito aberto. Mesmo assim, num jogo dividido e fechado, o Benfica construiu três boas oportunidades para marcar, ao contrário do Rio Ave, que não construiu nehuma. É certo que desfrutou de uma ocasião em que poderia ter marcado, logo no início do jogo. Mas essa foi construída pelo vento.
Ao contrário do que há muito vinha sucedendo, o Benfica entrou muito bem na segunda parte. Nos primeiros três minutos, aqueles que em alguns jogos foram desatrados, o guarda-redes evitou, de forma espectacular, o golo que já se gritava e o árbitro, Joião Pinheiro, como já fizera em Setúbal, não assinalou um penalti claríssimo, desta vez sobre o Nelson Semedo. O primeiro quarto de hora foi de autênctico sufoco, com o Rio Ave encostado à sua baliza, e o Benfica em vagas sucessivas de ataque.
A partir daí,- é verdade que o treinador do Rio Ave "mexeu" bem na equipa - o sufoco foi desaparecendo, e mesmo com evidente supremacia no campo, o Benfica deixou de criar oportunidades para marcar. E à medida que o último quarto de hora se aproximava o Rio Ave começava a aparecer mais vezes junto da baliza de Ederson. Numa dessas vezes, à terceira oportunidade que esse adiantamento permitiu, saiu o contra-ataque perfeito. Vale a pena descrever: corte de Cervi (que grande jogo fez o miúdo), bola para Jonas, passe soberbo, de primeira, a desmarcar Salvio (substituira Rafa, cerca de 10 minutos antes), que em corrida desenfreada ia olhando para Jemenez, até lhe entregar a bola. No momento certo, para o sítio certo, para que nada faltasse para lhe dar o destino certo. E deu, como já fizera no ano passado. Num jogo tão importante como este!
A alegiria, vestida de vermelho, explodia em Vila do Conde.
Agora, com cinco pontos de vantagem, dá para acreditar que é possível fazer a festa na Luz. A 13 de Maio... Porque é lá, na Catedral, no altar sagrado do benfiquismo, que é o seu lugar.
Claro que acreditamos. Acreditar não é pecado!
Tenho vergonha do meu treinador.
Somos Porto, mas não será contigo!
ANDOR!
Um verdadeiro timoneiro é sempre o último a abandonar o barco!
Hélder Rodrigues
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