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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

26
Nov17

Soube bem. Sabe bem!

Eduardo Louro

Benfica-V. Setúbal, 6-0 (destaques)

 

Ninguém certamente esperaria que o Benfica voltasse hoje às grandes exibições e às goleadas das antigas. Mas, como se diz em futebolês, "o futebol é isto mesmo".

Isto, hoje, foi isto mesmo. Foi a habitual entrada forte, e o habitual golo madrugador, desta vez por Luisão. O que não é muito habitual. Também fugiu do habitual que a equipa se mativesse ligada ao jogo depois do primeiro golo. Nem sempre jogando bem, é certo, Mas ligada.

O segundo golo, o golo 100 de Jonas pelo Benfica, também na sequência de um dos muitos cantos de que a equipa usufruiu, libertou finalmente os jogadores. E, libertos, foram outros. Ou melhor, passaram a ser o que já foram num passado não muito distante.

A segunda parte teve períodos de grande brilhantismo, que já na primeira se tinham começado a desenhar. Logo a abrir, uma grande jogada de futebol. Não deu golo. Mas deu outra, logo no minuto seguinte. Como deram, e não deram, outras que se sucederam a um ritmo impressionante.

Nunca se poderá dizer que a expulsão de lateral esquerdo do Vitória de Setúbal, no final da primeira parte, - com um primeiro amarelo por protestar uma falta que de facto não tinha cometido, e um segundo "arrancado" pelo Luisão, e nessa medida porventura mal expulso - não teve qualquer influência no que foi o jogo. Mas também não se poderá dizer o contrário. O contra factual nunca se pode provar.

Por isso, o que fica, e sem mácula, é uma bela exibição do Benfica. Com seis golos, que poderiam ter sido muitos mais. E disso, não estávamos à espera. E as boas coisas sabem muito melhor quando surgem de surpresa!

Ver o jovem Luisão a jogar assim, ver Pizzi e Grimaldo de regresso, ou confirmar que Zivkovic continua com tudo no sítio, sabe muito bem. Ver que Varela se manteve na equipa, sabe bem quando testamos o paladar da liderança e de gestão do grupo. E ver tudo isto, e esta exibição individual e colectiva do Benfica, sabe muito bem nesta altura do campeonato, a cinco dias da visita ao Dragão.

É verdade. Tenho a boca doce. E não é só porque tive por cá os melhores doces do mundo nestes útimos dias... 

 

19
Nov17

Tudo serve para desempatar. Mas só o que está empatado!

Eduardo Louro

 

Jogou-se para a Taça, este fim de semana. São jogos a eliminar, "mata-mata", como dizia o outro. Se estiverem empatados, há prolongamento para desempatar. Se depois do prolongamento o empate se mantiver, vai para penaltis.

Tempos houve em que, em vez de penaltis, a coisa se resolvia por moeda ao ar. E outros em que o prolongamento terminava logo que fosse marcado o golo que desempatasse. Talvez por consistência com o "mata-mata" de Scolari, chamavam-lhe "morte súbita". Toda a gente se lembra daquela meia-final do europeu de 2000, e daquele famoso penalti do Abel Xavier, que deu o golo a Zidane, e tirou a selecção portuguesa da final. Foi assim: "morte súbita" dos sonhos daquela que terá sido, se não a melhor, umas das melhores selecções portuguesas.

Nesta quarta eliminatória da Taça houve desempates no prolongamento. E até nos penaltis. Normal. Mas também houve o regresso "morte súbita". O que, não sendo normal, já foi. Como se viu. O que já não é normal é que o árbitro dessa decisão não tenha reparado que o jogo não estava empatado. Nem que não mudaram de campo!

18
Nov17

Os renegados

Dylan

POLVO.jpg

O Benfica é um clube extraordinário: permite que uma pessoa insolvente publique um livro, mesmo falando mal do emblema, de modo a ajudá-la a pagar o que deve! Enquanto o credor esfrega o olho, perdão, as mãos, escreve-se um livro baseado em correspondência electrónica roubada. O "Zé Cabra" da escrita aliou-se a um blogueiro doutorado em História mas parecem renegar factos passados, por isso eu sugiro um título para a 2ª edição do livro que acabe com tanto puritanismo: "Fruta para dormir, rebuçado e café com leite", "A creolina nos balneários", "O Famoso Guarda Abel", "Mandei um árbitro para o Brasil", "Fuga para Vigo", "Uma aventura no Centro de Treinos dos Árbitros e na casa de suas famílias",  "Largos dias têm quinhentinhos", "Sabes que o melhor está para vir quando te sentares num tribunal", e "Sei o que tens feito há mais de trinta anos"! 

16
Nov17

Telhados de vidro

Dylan

Broken_glass.jpg

Depois do "funcionário do ano" ter divulgado emails mencionando a suposta existência de uma rede de influência do Benfica sobre estruturas de decisão do futebol para influenciar a arbitragem em Portugal, sabe-se agora que também o director-geral do FC Porto está a ser investigado por "factos susceptíveis de integrarem o crime de corrupção no fenómeno desportivo". O ditado nunca falha: "quem tem telhados de vidro não atira pedras ao do vizinho". Por outro lado, gostava de ver a reacção dos caçadores de bruxas do futebol português, aqueles coscuvilheiros e justiceiros da Internet dos tempos modernos que pirateiam criminalmente correio electrónico privado deturpando-o e publicando-o fora do contexto, bem como o destaque dado por alguma comunicação social que participa neste voyeurismo e só rasga as vestes consoante a cor da camisola do clube. 

06
Nov17

Nada como dantes!

Eduardo Louro

 

 

Nada como dantes. O Benfica surgiu em Guimarães, para um jogo decisivo, completamente diferente daquilo que tem sido nos últimos largos tempos. 

Tacticamente diferente, com um 4x3x3 que há muito não se via. O Benfica, especialmente nos jogos da Champions, com o Manchester United, tinha já abandonado o 4x4x2 herdado de Jorge Jesus - que Rui Vitória tivera de recuperar logo no arranque da sua primeira época, quando as coisas também não estavam a correr bem - e passado a jogar em 4x3x3. Só que esse era um 4x3x3 de tracção traseira, era um modelo táctico montado para introduzir mais uma peça no meio campo com os olhos postos no reforço da consistência defensiva.

O que hoje apareceu em Guimarães foi o mesmo modelo mas virado para a frente. Com os olhos postos na baliza contrária, montado para atacar, não para defender. E aquilo que era um jogo previsível, com a bola invariavelmente a morrer na meia lua dos adversários, que já todos sabiam como anular, deu lugar a um jogo com mais espaços e muito mais intensidade.

O golo, o 13º de Jonas, voltou a surgir cedo - assinalava o relógio 21 minutos mas, de jogo, por força da interrupção logo aos 4 minutos por desacatos numa das bancadas vimaranenses, pouco mais de dez. E não produziu os efeitos habituais, de desligar a equipa, que esteve sempre por cima durante toda a primeira parte. Criou mais duas oportunidades de golo, sem que o Vitória fizesse sequer um remate à baliza de Svilar.

Na segunda parte o Vitória subiu linhas, aumentou a agressividade na disputa da bola e praticamente abdicou do meio campo para se entregar ao jogo directo. Foi assim praticamente durante toda a primeira meia hora, com mais bola, mais intensidade, mas pouco mais. À entrada do último quarto de hora o Benfica pôs fim a esse estado de coisas, com dois golos em três minutos.

Com o jogo fechado e completamente dominado, a 4 minutos dos 90, reapareceu o Benfica desconcentrado - provavelmente pela indefinição que as duas últimas substituições introduziram na equipa - que permitiu ao Vitória marcar um golo e desperdiçar ainda uma grande penalidade.

Foram meia dúzia de minutos que retiraram brilho e expressão a uma grande vitória num jogo que o Benfica não podia deixar de ganhar. E que esperemos não tenham consequência na retoma que se deseja, e que agora parece começar a ganhar sustentação. Mesmo com esse apagão final, neste jogo nada foi como dantes!

 

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