Surreal
Arrisco garantir que, desde o longínquo Verão (quente) de 1993 - há 20 anos -, o Benfica não passa por uma pré-época tão estranha. Foi, e continua a ser, Cardozo. Foi, e é, Oblak. Foi Roberto, que afinal regressara sem que ninguém soubesse, para voltar a ser vendido por mais milhões que ninguém percebe, transformados em metade do passe de um jogador que nem chega a entrar no Seixal: Pizzi, um jogador de 12 milhões de euros que pretendia continuar no futebol espanhol. E que, talvez por isso, foi direitinho ao Espanhol, de Barcelona.
São os números que se anunciam ter de ser feitos em vendas... E é - sem que nada nos faça supor que se fique por aqui - Fariña, o jovem (22 anos) e promisor médio argentino contratado há menos de um mês - dizia-se que em saldo por estar em final de contrato - por 2,3 milhões de euros. Que, se calhar por ter dito que "o Benfica é o maior clube da Europa", foi, sem ter feito um único de tantos jogos de pré-época, emprestado para... o Dubai. Exactamente, nem mais nem menos que para o Banyas Futebol Club, onde irá evidentemente encontrar as melhores condições de progressão e crescimento para valorizar um jovém de 22 anos...
Surreal!
Continua a desafiar-se a lei de Murphy... Dir-se-á que esse Verão quente de há vinte anos acabou em título. É verdade. Tão verdade como ter sido o do canto do cisne: o último do tempo em que o Benfica ganhava, e o primeiro (de três, em 20 anos) do tempo em que deixou de ganhar...