Problemas com o tempo
Perto de três semanas depois a equipa do Benfica continua sem melhoras. Há problemas que só o tempo resolve, não adianta procurar soluções. E há outros que o tempo pode não resolver, mas ajuda.
Não são desses, ao contrário do que muita gente pretendia convencer, os problemas do Benfica. O tempo não os resolve nem sequer os ajuda a resolver, pelo contrário: agrava-os!
Por isso, três semanas depois, o Benfica apresenta os mesmos problemas: não tem futebol, não pressiona, não tem capacidade física nem anímica, não crê nem quer.
Não é de tempo o problema do Benfica, mesmo que tenha sido o tempo a resolver hoje as coisas. Mas outro tempo, o temporal que se abateu sobre Lisboa. O tempo e um guarda-redes de outro tempo…
Não fora o tempo que impediu que se jogasse futebol no relvado da Luz durante praticamente toda a segunda parte, e o facto de o guarda-redes Roberto estar agora do outro lado – mau seria que quem tanto prejudicou não encontrasse forma de minimamente se redimir – e o Benfica não teria evitado mais uma derrota que comprometeria decisivamente a continuidade na Champions.
Sim, porque enquanto foi possível jogar a bola o Olimpiakos foi sempre superior. Sim, porque este jogo era mesmo decisivo, como o treinador espanhol (Mitchel) da equipa grega bem salientou.
Este jogo era decisivo, e como ficou empatado, o próximo, em Atenas, também o é. Como o seguinte, em Bruxelas…
Só não o era, e compreende-se que o não fosse, para o treinador do Benfica: Jesus nunca ganha os jogos decisivos, por isso trata de os desvalorizar. O problema é que agora já nem sequer ganha os que o não são.
Como problema é que, agora, desvaloriza jogadores a um ritmo superior ao que antes valorizava. Problemas que o tempo não resolve. Agrava!