Um jogo para não esquecer...
O Benfica ganhou (3-1) ao Moreirense, teve fases de bom futebol no jogo e podia até ter goleado. Mas nem sempre tudo está bem quando acaba bem!
Começou a perceber-se desde muito cedo que este seria um jogo muito complicado para o Benfica: como seria de esperar, os jogadores do Moreirense estavam muito bem arrumados em campo e, como não se podia esperar, corriam mais do dobro dos do Benfica. Essas dificuldades começaram no entanto a adivinhar-se muito antes: dois dias antes, quando se percebeu que Jorge Jesus estava mais preocupado com o Dartagnan que com o jogo, quando disse, a propósito da estreia de Júlio César, que este era um jogo – “pensamos”, salientou – que dava para pôr jogadores pela primeira vez na equipa.
Qualquer jogo dá para estrear jogadores, assim estejam eles preparados para isso. O que não pode haver é jogos para facilitar, como foi a ideia que deixou.
Foi por isso sem grande surpresa que vimos os jogadores do Benfica desconcentrados, sem intensidade, a jogar a passo e a ver correr os adversários. E a perder, logo ao fim do primeiro quarto de hora!
Depois, claro, é difícil criar oportunidades de golo, e com os índices de aproveitamento da equipa, sem avançados e com Lima já sem saber marcar golos, é mesmo necessário criar muitas oportunidades para fazer um golo. O tempo é cada vez menos e os jogadores adversários, sempre no chão, contorcidos com dores, não têm contemplações: queimam tempo, ritmo de jogo e a paciência de toda a gente.
E tudo isto nasce de uma entrada displicente, bastam os primeiros minutos… Basta o pontapé de saída quando, coisa nunca vista, o Benfica perdeu de imediato a bola, parecendo até que a saída tinha pertencido ao adversário. Depois, as variáveis estatísticas acumulam percentagem de posse de bola, cantos e remates… Golos é que não!
Nem sempre as pilhas do adversário acabam muito primeiro que o jogo. Nem sempre o adversário fica em inferioridade numérica. E nem sempre há inspiração para um grande golo, que acabe por desbloquear o jogo… Por isso o melhor mesmo é não desperdiçar sequer o pontapé de saída, e entrar sempre em força, sem facilitar. Porque também nem sempre os adeptos estão dispostos a perdoar essas coisas… Às vezes também amuam, e não estão dispostos a levar a equipa ao colo... Que não se esqueçam!