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Dia de Clássico

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22
Jun12

EURO 2012 (XX) - Grécia fora do Euro

Eduardo Louro


                          

A Alemanha expulsou a Grécia do Euro. Ameaçou com uma expulsão violenta, mas acabou por ser uma saída controlada!

A posição da Grécia foi sempre difícil, desde cedo se percebeu que só um milagre poderia evitar o que estava dado como certo. Samaras - este - ainda deu alguma esperança aos gregos, coisa em que o outro terá mais dificuldades. Mas foi uma esperança efémera, porque já não há milagres!

Merkel – essa – lá estava. Não sei se na qualidade de amante de futebol se na de carrasco dos gregos. As imagens que dela as televisões nos trouxeram não deram para esclarecer. Não tinham as repetições suficientes, nem passaram em slow motion. Ordens da UEFA, certamente. Há dúvidas que não gostam de esclarecer!

Claro que este era mais que um jogo. Mas era acima de tudo um jogo de futebol, e acabou por não ser nada mais que isso. À parte a senhora Merkel e o destino, que quis que o golo do empate – e da esperança, curta mas nem por isso menos esperança – tivesse o nome do novíssimo – mas velho conhecido – primeiro-ministro grego, tudo não passou de um jogo de futebol, em que um que teria de ganhar e outro de perder. Não havia três resultados possíveis, não podia haver empate: um seguiria para as meias-finais, onde Portugal está sentado num confortável cadeirão a ver o que se passa volta, e outra para casa. Mesmo que essa fique na Grécia!

 

O seleccionador alemão surpreendeu ao apresentar toda uma frente de ataque nova, deixando no banco os famosos Mário Gomez, Muller e Podolsky, que nem chegaria a entrar. Para estrear o velho Klose e dois promissores miúdos: Reus e Schurrle.

Excesso de confiança ou estratégia? Se calhar nem uma coisa nem outra: apenas excesso de opções. Ou, se calhar, todas juntas!

Do outro lado, Fernando Santos não tinha problemas desses. Bastava-lhe o de não ter Karagounis, que não era pequeno!

O jogo começou e a Alemanha não perdeu tempo a dizer ao que vinha. Estava ali para fazer o serviço – quer dizer, despachar os gregos – e, à boa maneira alemã, foi-se a isso!

 Foi para cima dos gregos, encostou-os lá atrás – o que nem lhes exigiu grande esforço, porque eles também não estavam muito dispostos a sair de lá – e cedo as oportunidades de golo começaram a surgir. Mas o tempo ia passando, e de golos só havia o cheiro. Veja-se só: em apenas dois minutos - do 23 ao 25 – a Alemanha construiu quatro oportunidades de golo. No entanto, e como a Senhora Merkel ainda não tinha aparecido com toda a sua exuberância, a festa era dos gregos. Parecia que no estádio havia muito mais gregos que alemães, percebia-se pela festa, mas mais ainda pelos assobios. Estava-se nisto quando, aos 39 minutos, Lahm marcou o golo que há muito estava anunciado. A equipa grega estava metida dentro da sua grande área e esqueceu-se que os alemães sabem que, quando assim é, remata-se de fora. Pareceu um grande golo. O remate até foi bom, mas beneficiou de um desvio num defesa, que talvez tenha impedido o guarda-redes Sifakis – que não tem nada a ver com aquele Nikolaidis que nos fez a vida negra em 2004 -, que ainda tocou na bola, de evitar o golo. Até ao intervalo – em que os alemães tiveram 70% de posse de bola, 13 remates contra 2 da Grécia e cinco cantos, contra nenhum (a Grécia apenas beneficiou de um em todo o jogo) - apenas e ainda mais uma oportunidade de golo para a Alemanha, num grande remate de Schurrle.

E ao intervalo Fernando Santos fez aquilo a que já nos habituou: mexeu na equipa como só ele sabe. Fez duas substituições, mudou mais outras tantas peças e surgiu uma Grécia diferente. Não era a primeira vez!

E o golo do empate – o tal da esperança de Samaras – surgiu logo aos 10 minutos. Obra de Salpingidis – o mais excitante jogador grego, embora não seja o mais influente – que fugiu pela direita para cruzar para o golo. Quando parecia que o relógio andara para trás e que o jogo regressara à primeira parte, Khedira, pouco mais de cinco minutos depois, desfez o sonho grego com o que seria um grande golo, se porventura um golo com a canela pudesse ser isso. A Grécia ainda esboçou uma reacção nos 5 minutos seguintes – aconteceu então o único canto a favor – mas não passou disso. De um esboço!

Porque, logo a seguir, o velho Klose fez aquilo que há muito sabe fazer: não perdoar erros aos guarda-redes. Mais 5 minutos e seria o miúdo Reus a molhar também a sopa, fazendo o 4-1 que atiraria violentamente com a Grécia para fora do Euro. Valeu o penalti, já no fim – aos 88 minutos – que permitiu a Salpingidis suavizar um bocadinho o empurrão violento dos alemães!

Teria sido bonito umas meias-finais integralmente PIGS

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