Para Mal do Benfica
O futebol está de trombas. Dois actores de um jogo particular resolveram meter a ridículo um desporto que é basicamente para ser jogado nas quatro linhas e não para cenas pícaras sem qualquer sentido. Ok, concordo, o árbitro Christian Fischer não estava a fazer um bom trabalho, demasiado caseiro e nervoso para um amigável. Mas daí até que Luisão, como que saído da caverna ancestral, corresse de peitaça feita a dar-lhe uma monumental barrigada... Não, o árbitro, por acaso espadaúdo, gigante, não sai nem isento nem ileso desta história forçada: esquecido de que não estava no circo, deixa-se ir ao chão, tombando como uma árvore cortada, de pernas e braços abertos sobre o relvado, num gesto técnico de que só o palhaço pobre seria capaz, desejo de lixar o jogador, fingimento grotesco de desmaio. Anedótico! De certeza que é alemão, descendente de Alarico I? Mais uma cena caricata, nitidamente empolada, destinada ao sucesso na Rede. O que se pretendia ali era futebol. Só futebol. O que nos sai na rifa? Uma primadonna delicada e frágil, a qual, amuada, não retoma o jogo. Um Luisão transtornado que provavelmente nunca deveria ter assistido ao Brasil -México ou conhecer o resultado. Que grande surpresa!