O novo clássico
É um novo clássico: o Benfica domina de alto a baixo, as oportunidades de golo sucedem-se, umas atrás das outras ao ritmo das bolas aos postes ou para as nuvens; depois entra em acção o guarda-redes, que defende tudo o que lhe aparece pela frente; e o árbitro, chame-se Xistra ou Hugo Miguel, que faz o resto. O resultado, já se sabe: ou permite a aproximação do Porto ou permite-lhe a fuga.
A história repetiu-se, e é já um clássico. No primeiro quarto de hora do jogo de Coimbra o Benfica podia e devia ter construído o resultado. Aos 4 minutos já Cardozo e Rodrigo – os dois pontas de lança – tinham cada um rematado a sua bola ao poste…
Na primeira vez que a Académica consegue sair da sua área, Xistra tem oportunidade de assinalar um penalti, mesmo que as coisas se tenham passado fora da área. Sem perceberem como, os estudantes estavam a ganhar!
Recolheram aos aposentos, que dizer à sua grande área, e aí valia tudo: até atrasos com os pés, em aflição, para o guarda-redes, que agarrava a bola como se nada fosse com ele. Nem tudo podia valer: um defesa a fazer de guarda-redes tinha mesmo de dar penalti, a única maneira que o Cardozo conhece de marcar golos.
Só que pouco depois a Académica volta a conseguir chegar à área do Benfica. E já se percebeu: o Xistra voltou a ter oportunidade de inventar outro penalti. Desta vez é dentro da área, mas é dentro da área que o Garay corta a bola. Nada mais que isso!
Lá valeu o Lima que, com um belo golo, deixou empatado um jogo que Xistra quis que ficasse assim. Mas, atenção: a equipa de Jorge Jesus foi quase tão incompetente como Carlos Xistra!