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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

23
Fev17

Tutto Può Cambiare

helderrod

É bem verdade. No fundo falamos apenas de um jogo de futebol. Um jogo de Champions de má memória para os portistas.

Mas mudar por mudar é um erro. Corre-se um risco enorme e a equipa correu esse risco. Deu-se mal.

A entrada em campo nem foi má. Porém "tão fugaz que nem deu". 

Perante uma inusitada e justa expulsão de Telles, a noite foi negra. Os negros azuis e brancos nunca se encontraram naquela espécie de rotategui tão criticada em tempos idos. 

É uma pena perder-se a essência e a verticalidade azul e branca na noites europeias. Estávamos em casa e em casa devemos sempre mandar nós. Essa "arrogância positiva" vai-se perdendo e com isso a nossa identidade. 

O encolhimento corre mal e nem sempre é Natal como se provou na Noite dos Namorados profícua em fraldas. 

Não vamos a lado nenhum se nos apequenarmos, quer com os árbitros, bem como as evidentes diferenças no valor dos plantéis. 

Não é este o caminho do Dragão. Os valores das Antas têm que regressar rapidamente e assumir a grandeza de quem ostenta com mestria e legitimidade sete títulos internacionais. Esse é o Futebol Clube do Porto e não aquela equipa que se deixou encolher pela força da vecchia signora.

Todavia, um portista é sempre um sonhador. E sonha tão completamente que acredita sempre numa transcendência como a de Roma ou de Milão. Não há que recear e postar os melhores entre os melhores!

E o desafio continua em modo Xadrez!

 

 

Força, Porto!

Hélder Rodrigues

15
Fev17

Sangue, suor e lágrimas

Eduardo Louro

Imagem relacionada 

Grande ambiente na Luz, à Champions. Grande jogo, intenso até mais não. Sofrido até não poder ser mais, neste regresso da Champions, no 500º jogo oficial de Luisão com o manto sagrado colado ao corpo.

O Borussia Dortmund é uma grande equipa, e tem um grande futebol, com uma dinâmica praticamente imparável. Ao Benfica restou resistir, sofrer e, tanto quanto possível, contrariar aquele futebol demolidor.

O Benfica sabia ao que vinha. Sabia que logo que a equipa alemã impusesse o seu futebol ficaria difícil contrariá-lo. E sabia que só tomando conta do jogo, e impondo o seu futebol próprio futebol, poderia retardar a entrada em funcionamento da máquina alemã.

Conseguiu-o durante os primeiros dez minutos, chegando a deixar pensar que conseguiria verdadeiramente discutir o jogo em todas as sua vertentes. E em todo o campo.

A verdade é que os restantes 35 minutos da primeira parte mostraram que não. O Dortmund encostou a equipa benfiquista à sua área, como no pugilismo se encosta o adversário às cordas. O Benfica não conseguia secar a fonte do futebol alemão, que alimentava as torrentes de ataque que apanhavam a equipa lá atrás, com as sucessivas vagas a rebentarem-lhe em cima.

Na segunda parte Rui Vitória deu a volta a este estado de coisas. Com a saída de Carrillo - não por ser Carrillo, nem porque estivesse pior que os outros - e a entrada de Filipe Augusto (o Samaris a perder espaço) permitiu que Pizzi subisse no terreno e, mesmo sem a secar, condicionar a nascente do futebol do Borussia, ali pelos lados do central Bartra. E assim o Benfica voltou a entrar melhor, voltou a discutir o jogo e, com a sorte que nestas coisas faz sempre falta, chega ao golo.

Este período voltou a não durar mais que dez minutos. Mas a torrente do futebol alemão nunca mais foi a mesma. E depois surgiu Ederson em todo o seu explendor, defendendo tudo. Até um penalti. E garantindo um resultado que é tão obviamente bom quanto provavelmente insuficiente para repetir os quartos de final da época passada.   

No fim ficou uma alegria imensa. Como a chama. E as lágrimas do capitão, do senhor 500, a juntar ao suor de todos, e ao sangue de Lindelof e Ederson...

 

08
Dez16

O Dragão, a Raposa e o Abutre

helderrod

Bem que podia ser mais uma fábula de Esopo, mas não é. Se calhar até seria interessante, porque muitas delas ostentam moralidades que muita boa gente precisa de ler e ouvir!

Porém, centremo-nos, caro leitor, nesta noite de gala no Dragão. Não custa nada assumir que o Leicester não trouxe as melhores unidades, mas acredito veementemente que viesse quem viesse não passaria no Dragão. 

Na sequência do jogo com o Braga para o campeonato, o FC Porto continuou a plasmar em campo o seu velho paradigma. Um Porto dominador, por vezes avassalador que não deu quaisquer hipóteses ao adversário. Para isso muito contribuíram Oliver que parece estar ainda mais solto sem o Octávio a seu lado, Brahimi cujo golo merece ser dedicado a Madjer e sobretudo um espectacular Corona que marcou o golo da noite. Com efeito, está mais que visto que quando se aposta nos melhores em campo obtém-se o melhor em termos de resultado.

Está mais do que visto que as equipas que vestem de vermelho no Dragão se encolhem perante a supremacia azul e branca. 

Esta é já a defesa portista que está há mais tempo sem sofrer golos no século XXI, sendo apenas equiparada com o Porto de 98/99 do século passado. Isto vale o que vale. Mas, depois de tantos minutos contados para acicatar a pseudo desgraça do FCP, agora dá-nos um certo gozo falar destas coisas.

Fica a ideia que a equipa já ultrapassou o cabo das Tormentas, mas nada está ganho. É já no próximo Domingo por terras de Santa Maria da Feira que a equipa deverá estar à altura em Dia de Derby lisboeta.

Valeu a pena ter despachado com cinco estrelas as raposas de Leicester naquele que foi o melhor resultado de sempre de uma equipa portuguesa sobre equipas inglesas.

Apesar de agora se falar pouco nisto (só se fala quando o Porto não ganha), é uma pena os pontos perdidos pelas equipas portuguesas na Europa por causa do ranking. 

O Sporting esfumou-se na Europa do futebol e os adeptos já não precisarão de gastar mais saliva em jogos europeus. Com 5 derrotas na fase de grupos nem as vitórias morais muito agudizadas na segunda circular são suficientes para relevar o descalabro.

Já no Benfica, JJ foi sempre muito frágil nesta competição. Recordo uma vez que as águias só passaram para a Liga Europa por causa de um miraculoso golo do Hapoel de Telavive (que tinha goleado o SLB em Israel por uns expressivos 3 a 0) em cima do minuto 90. 

O mesmo se passou este ano. Os parcos 8 pontos foram suficientes, não obstante os 11 golos sofridos nesta fase da prova. Valeu-lhes mais uma vez equipas terceiras que, surpreendentemente, conseguiram apurar um SLB sem brilho.

Como tal, o prestígio europeu do Futebol Clube do Porto tem corrido décadas e já são doze as vezes que os azuis e brancos chegam aos oitavos de final na Liga dos Campeões.

Oxalá, o sorteio seja favorável para que possamos sonhar como em 87 e 2004...

 

Força, Porto!!!!

Hélder Rodrigues

 

Créditos fotográficos de Raurino Monteiro

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06
Dez16

Sem brilho

Eduardo Louro

 Benfica - Nápoles - Liga dos Campeões

 

O Benfica apurou-se para os oitavos de final da Champions. Sem brilho, não há outra forma de o dizer.

Sem brilho porque o fez com apenas 8 pontos. E isso nunca é brilhante. E sem brilho porque perdeu o jogo, na Luz, com o Nápoles, repetindo o 1-2 da Madeira. E desta vez, ao contrário da última, perdeu bem: sem espinhas. A equipa italiana foi melhor. Na segunda parte foi mesmo muito melhor. E sem brilho porque fê-lo à custa de terceiros: o surpreendente Dínamo de Kiev, que despachou o Besiktas com um resultado improvável na Champions: 6-0!

O apuramento é importante. Muito importante, mesmo, mas o jogo não deixa razões para festejar. Deixa é preocupações. Porque é a segunda derrota consecutiva, porque o rendimento da equipa baixou assustadoramente, e porque há jogadores - e não são poucos - que, de repente, deixaram fugir a grande forma que exibiam. E porque deixa vir ao de cima aquela ideia terrível que, nos grandes jogos, nos mais exigentes, a equipa encolhe-se. Não se consegue impôr.

Vai agora ter de desmentir tudo isso, já no domingo, onde a liderança do campeonato ficou subitamente em jogo. Não é normal o Benfica perder dois jogos consecutivos. Três é impensável! 

23
Nov16

Quando uma hora de recital não basta

Eduardo Louro

Besiktas-Benfica, 3-3 (crónica)

 

Não bastou uma hora de recital, com autêntico futebol de Champions, para o Benfica selar já hoje, na Turquia, a passagem aos oitavos de final da maior competição de futebol de clubes do mundo.

Na primeira parte foi o explendor, com o Benfica a mandar completamente no jogo, a jogar um futebol que só está ao alcance dos melhores. Ao fim dos primeiros 30 minutos já ganhava por 3-0, com os jogadores da equipa turca de cabeça perdida, mais não fazendo que castigar os do Benfica com sucessivas entradas duras, que o árbitro ia deixando passar sem penalização disciplinar.

A segunda parte arrancou dentro do mesmo cenário, com o Benfica a desperdiçar oportunidades flagrantes de marcar o quarto. Que não de matar o jogo, como se diz e como disse o próprio Rui Vitória, porque um jogo com 3-0 tem que estar morto, não pode ser de outra forma.

Esperava-se o 4-0, não se pressentia o 3-1 em lado nenhum. E os jogadores do Benfica sentiram isso... E deslumbraram-se. Não há outra explicação!

À entradada última meia hora, no primeiro remate do Besiktas à baliza de Ederson - um remate espectacular, sem dúvida, mas com o marcador em posição de fora de jogo, ilegal, portanto - aconteceu mesmo o inesperado golo.

E o jogo mudou, logo aí. Não mudou radicalmente, o Benfica construiu ainda mais uma ou duas oportunidades de chegar finalmente ao quarto, mas mudou. Naquele ambiente não podia ser de outra forma. Mas mudou radicalmente quando, aos 83 minutos, sem nunhuma necessidade nem nemhuma pressão, Lindelof jogou a bola com a mão, ainda dentro da área, quando saía para o contra-ataque. Adivinhava-se já nova oportunidade golo para o Benfica quando o árbitro, provavelmente alertado pelo seu auxiliar, apitou para a marca de penalti. Que Quaresma - bem pode dizer que gosta de jogar contra o Benfica, o que ele gosta é de bater em tudo o que seja jogador encarnado, como hoje se voltou a ver, sempre com a complacência do árbitro - converteu no 3-2.

Percebeu-se que dificilmente o Benfica conseguiria evitar o empate. Que chegou em cima dos 90, como já sucedera na Luz...

Uma exibição de luxo, como aquela que o Benfica fizera ao longo de uma hora, não merecia tão inglório desfecho. Melhor dito: uma hora daquelas não merecia aquela meia hora. Quem faz o que os jogadores do Benfica fizeram em dois terços do jogo só pode estar envergonhado pelo que (não) fez no último terço!

 

22
Nov16

Os Cavaleiros da Dinamarca

helderrod

Hoje foi noite de Champions na Dinamarca e o FC Porto escorregou na possibilidade de ter assegurado desde logo a sua presença nos oitavos de final.

Na verdade, o terreno não estava fácil. Aliás importa informar os leitores de que esta equipa já não perde há 34 jogos e ainda não sofreu golos no seu reduto (facto pouco relevado pelos nossos jornalistas, mas já lá vamos.).

A primeira parte foi equilibrada e o FCP teve dificuldades em chegar à baliza, tendo apenas feito o primeiro remate aos 42 minutos. Nessa fase, destacaram-se os centrais do FCP, mormente o Felipe que esteve muito bem em todo o jogo. 

Porém, o melhor ficou reservado para a segunda parte e a supremacia na posse de bola caiu para o lado do Porto. Houve imensas oportunidades para marcar, mas mais uma vez verificou-se alguma carência de esclarecimento na concretização. A este facto não será alheio o posicionamento do André Silva. Muitas vezes o excelente avançado do FCP anda por terrenos que não deviam ser os dele, chegando não raras vezes em perda no momento da concretização. É sintomático o facto de André Silva ter sido o segundo jogador a correr mais na equipa, ficando apenas atrás de Oliver. Penso que este factor deverá ser tido em conta pela equipa técnica. Os avançados não podem correr tanto. Eles devem estar no coração da área. 

Importa igualmente destacar a exibição de Corona que lutou incessantemente no decorrer do jogo, talvez motivado pela titularidade que tanto merece. Foi efectivamente o MVP deste jogo.

Fica aqui um sabor amargo neste empate que deixa tudo para a recepção ao Leicester no Dragão. Será importante jogar para a vitória com mais critério e talvez com outros intervenientes. É importante usarmos todos os ovos à nossa disposição para fazer boas omeletes. 

No percurso europeu, estes Cavaleiros da Dinamarca não querem ficar por aqui e querem parar noutros destinos nesta Champions à semelhança da personagem de Sophia de Mello Breyner Andresen (ver foto).

Queria apenas deixar aqui um pequeno recado aos senhores jornalistas "portofóbicos", que parecem querer desvalorizar os adversários do Porto na Champions. Hugo Gilberto menorizou este Copenhaga, tal como Rui Pedro Braz, mas importa lembrar que o Brugge foi campeão da Bélgica (país em retoma na Europa do futebol) e a Dinamarca já assumiu o estatuto de Campeões Europeus, tal como nós. Enfim...

Para além destes, temos ainda outro douto jornalista chamado Rui Santos que foi capaz de afirmar no seu programa que o Sporting CP esteve bem nesta edição da Champions. Relembro os mais desatentos que a equipa de Alvalade já vai na quarta derrota nesta competição. 

Em suma, não deixa de ser curioso o facto de não ter falado da arbitragem. Eu gosto mesmo muito de falar de futebol. Valha-nos a Champions League. 

 

Agora há que apontar o foco para Belém para continuarmos na luta pelo campeonato!

 

Força, Porto!

Hélder Rodrigues

P.S. Parabéns ao nosso grande Bibota de Ouro Fernando Gomes pelo seu sexagésimo aniversário!

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03
Nov16

"O CAOS É UMA ORDEM POR DECIFRAR"

helderrod

Em mais uma noite de Champions no Dragão, recordei esta frase de Saramago para tentar compreender o que sucedeu neste Porto-Brugges.

É certo que a equipa belga não tinha nada a perder e tudo a ganhar neste jogo fulcral para eles. Talvez por isso se fizeram acompanhar por uma enorme falange de apoio e deram tudo.

Porém, uma equipa joga aquilo que a outra deixa jogar. O chavão é conhecido, mas eficaz. Hoje, o Porto permitiu muita posse aos belgas e perdeu-se na distribuição das peças no relvado. 

Apesar da vitória, dos três pontos aquistados e dos dois pontos conseguidos a Leicester e Copenhaga, o Porto deixou bem vincada a necessidade de uma grande reflexão.

No FC Porto a exigência é grande. Não basta ganhar. É necessário mostrar o futebol de qualidade que catapultou o Porto para um inegável prestígio europeu iniciado no século XX e exponenciado no século XXI. É importante que a equipa não perca essa cultura futebolística plasmada por um futebol bonito, apoiado e jogado pelos flancos, com uma objectividade díspar.

Qualquer colosso europeu temia sempre os ares das Antas, porque nas Antas quem mandava sempre era o FCP. Os oponentes espreitavam o contra-ataque e os laterais tinham que se preocupar com os sempre incisivos extremos à Porto. São muitas arestas a limar, mas o futebol continua a ser demasiado simples para o querermos complicar.

Há que assentar ideias e inverter esta pequena entropia táctica.

Venha de lá esse clássico de Novembro. Mês que me recorda mãos cheias de golos perante as águias. A ver vamos.

No entanto, cuidado com as canelas. Nem sempre dão penalties e, por vezes, até se partem pernas a jogadores do Porto. Mas nós vamos à luta e travar a histeria generalizada.

 

Força, Porto!!!!!

Hélder Rodrigues

Créditos fotográficos Raurino Monteiro

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02
Nov16

Cumprir a obrigação sem obrigação de fazer contas

Eduardo Louro

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O Benfica cumpriu com a sua obrigação de ganhar ao Dínamo de Kiev, na Luz, e já divide a liderança no grupo com o Nápoles.

Começar assim poderia até sugerir que não há grande mérito nisso. Mas não é isso. Cumprir com uma obrigação é sempre meritório, não é fácil, e nem todos o conseguem. Como tantas e tantas vezes se vê no futebol. 

E hoje viu-se que não foi fácil para o Benfica cumprir com a sua obrigação. O campeão ucraniano apresentou-se na Luz com uma excelente organização e tacticamente muito bem, com a lição bem estudada. A explicar o que os resultados deixavam perceber: que é bem melhor fora que em casa.

Na primeira parte o projecto funcionou, com a equipa muito subida, a encurtar o campo, e uma pressão muito forte sobre o portador da bola, com os jogadores a desdobrarem-se, sempre com mais que um jogador sobre o adversário que tinha a bola, de forma a evitar o um contra um, onde a superior qualidade dos jogadores do Benfica desequilibraria as coisas.

Sabe-se que isto tem um problema: provoca um forte desgaste físico, que mais tarde ou mais cedo haverá de aparecer na factura. O problema complicar-se-ia ainda mais quando o Benfica chegou ao golo no último minuto da primeira parte. Antes de esgotado o prazo de validade daquela estratégia.

Daí que não admire nada que a segunda parte tenha sido bem diferente. O jogo já exigia ao Dinamo de Kiev outra postura em campo, e a factura do esforço dispendido aparecia a pagamento. O Benfica foi então dominador e criou sucessivas oportunidades de golo.

Só que... desperdiçou-as todas. E esse desperdício voltou a mudar o jogo, e trouxe de novo a equipa da capital ucraniana para a discussão do jogo. Especialmente depois de Ederson ter defendido o penalti que infantilmente permitiu, ao não evitar o truque do Derlis Gonzalez – o paraguaio formado no Benfica revelou-se um especialista na arte de enganar o árbitro, e deve ter ficado com muitos amigos na Luz... –, percebeu-se que Rui Vitória ficou sem saber muito bem se deveria continuar a insistir na procura do segundo golo, correndo o risco de, mantendo-se a onda de desperdício, vir a ser surpreendido pelas saídas rápidas, sempre para o flanco contrário, que o adversário usava - e abusava - ou se, pelo contrário, deveria começar a fechar a porta. Acabou por se decidir pela segunda.

Agora é fácil dizer-se que decidiu bem. Porque correu bem. Tudo teria de resto corrido bem não fosse a lesão, que parece grave, de Fejsa, a trave mestra da equipa, numa entrada inaceitável de um jogador ucraniano, que só poderia ser sancionada com cartão vermelho. O árbitro – que estranhamente, e ao contrário do que é corrente, assinalou faltas dentro da área que não assinalava noutras zonas do campo – nem falta assinalou. O que não o impediu de, depois, mostrar o amarelo.

Foi grande a superioridade do Benfica, que mais uma vez ficou por reflectir no marcador. O jogo ficou bem longe de se resumir ao aproveitar ou desperdiçar um penalti. Isso foi um incidente, um pormenor no jogo, que não no resultado.A centésima vitória do Benfica em jogos da maior cometição de futebol do mundo, que assegura desde já a continuidade nas competições da Europa!

Falta agora garantir os oitavos da Champions. E nem é preciso fazer contas para o primeiro lugar no grupo. Nem sequer ganhar os dois jogos que falta disputar!     

 

19
Out16

Benfica bem vivo

Eduardo Louro

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Veio do frio, como o espião, a primeira vitória do Benfica nesta edição da Champions. Não foi com uma exibição fulgurante - nem poderia ter sido - mas foi com uma exibição segura e personalizada que o Benfica ganhou, hoje em Kiev, um jogo que não poderia deixar de ganhar.

Não ganhar, hoje, e mais a mais com a inesperada vitória dos turcos do Besiktas em Nápoles, signiificaria já o adeus à mais bonita e importante competição do futebol mundial. Ganhar, como ganhou, conjugado com o surpreendente - ou talvez não, a equipa italiana tem vindo a cair a pique desde o jogo com o Benfica - resultado de Nápoles, deixa tudo em aberto para a segunda volta desta fase de grupos. Onde o Nápoles entra com mais pontos, mas com poucas mais vantagens. Em teoria, claro.

Também na Champions o Benfica acaba por sair vivo desta fase negra de lesões, mesmo que as coisas não tivessem corrido bem nos dois primeiros jogos, que teve que abordar com demasiadas e óbvias fragilidades. A partir de agora só há que esperar mais. E melhor!   

 

02
Out16

Zona J aos Murros na Mesa

helderrod

Et voilá! Dois anos depois, o FCPorto quebra o enguiço da Choupana e vence o Nacional da Madeira. Com quatro golos sem resposta, os azuis e brancos de amarelo arrancaram uma boa exibição com mais remates à baliza, com variação de jogo e fundamentalmente com mais alegria.

Na verdade, a equipa soube responder bem à exibição menos positiva em Leicester bem como a todos os profetas da desgraça que anunciavam a hecatombe deste Porto na Madeira, antes da pausa para as selecções.

É curioso ver que, para além das clássicas Benfica TV e CMTV, também a TVI se une à tentativa de menorização do melhor clube português. Inclusivamente, no passado programa Mais Futebol da TVI24 pudemos assistir a um baile de escárnio a Depoitre e à equipa do Porto, com risos e piadas mordazes. 

Porém, o tiro saiu-lhes pela colátera no Estádio Afonso Henriques e a desgraça caiu no engraçado leão. É a vida!

Da exibição na Madeira sai obviamente um rasgado elogio a Diogo J que enfatizou a força de um FCP muito jovem nesta jornada. O murro na mesa que Nuno Espírito Santo pedira foi consumado na Madeira. É justo dizê-lo, porque aqui critiquei a equipa na passada terça-feira, que houve progressos os quais deverão permanecer de forma constante nos azuis e brancos.

Espero que em Brugges a Zona J se mantenha em grande, para encarrilarmos na Champions. Importa fazer jus à grandeza do emblema azul e branco numa competição em que o inegável prestígio do clube é um dado adquirido.

Parabéns a todos! 

 

Força, Porto

Hélder Rodrigues

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