No futebol há maldições, umas mais antigas que outras, mas sempre maldições!
O jogo de hoje, na Madeira, onde o Benfica defrontava o Nacional, tinha à partida uma maldição: o árbitro, Pedro Proença. Que é, de há uns anos a esta parte, o maior assombramento que cai sobre o Benfica. Não há jogo que ele apite que o Benfica ganhe – e isso já é maldição suficiente – mas, bem pior, não há jogo do Benfica que ele apite em que consiga ser isento. Não prejudicar seriamente!
Pouco passava do início da segunda parte, cinco ou seis minutos, quando surgiu no jogo a segunda maldição: o score 2-2. É a maldição do score, uma maldição recente, desta época. Sempre que um jogo do Benfica atinge aquele resultado já dali não sai. Nem que para isso se exija ao árbitro um grande esforço. Começou assim logo na abertura, com o Braga. Repetiu-se uns meses depois em Coimbra. E depois na Luz, com o Porto. E hoje, tinha que ser!
Não há hoje qualquer dúvida que o Benfica, se quer ser campeão, tem que evitar estas duas maldições. A primeira não é fácil de evitar, não está pelo menos nas suas mãos. E sabe-se como não faltam encomendas para este que, para um organismo que decidiu ser o Sporting a melhor equipa portuguesa de 2012, é o melhor árbitro do mundo. E arredores, acrescento eu!
Viu-se o que por aí correu por ele não estar presente no último clássico da Luz. Viu-se o que ele e outros fizeram para que lá estivesse. Até um jogo se adiou… Viu-se, vê-se e ver-se-á o que por aí corre para não falte no Dragão na penúltima jornada. Se fizer falta, claro!
Evitar a segunda está nas mãos da equipa. E é simples: quando marcar o segundo, seja em que altura do jogo for, tem que de imediato procurar o terceiro como se fosse o da vitória. E tem que proibir, com pena pesada, as ofertas da defesa!
O Benfica hoje cumpriu apenas a primeira parte do cardápio. Partiu à procura do terceiro com toda a determinação mas, quando estava entretido nessas tarefas, o Artur – que já fez mais asneiras nesta época que em toda a anterior – deu um frango. Um frango na sequência da terceira oferta do lado esquerdo da defesa: a primeira, logo a abrir o jogo, não deu golo por milagre, mas a segunda, logo a seguir, deu o primeiro. Três ofertas, dois golos: resultado em 2-2. Ainda faltavam 40 minutos, mas … maldição é mesmo assim!
Claro que houve uma bola no poste, inúmeras oportunidades desperdiçadas, super defesas do guarda-redes Gotardi. Claro que o Salvio não jogou nada, que o Maxi não consegue chegar aonde andou no passado, e que o Luisinho provou que não tem categoria para jogar no Benfica. Claro que o Pedro Proença é como o escorpião da estória da rã: aquilo faz parte da sua natureza, está-lhe na massa do sangue. É que não há outra explicação para as expulsões do Cardozo e do Matic. Mas maldição é maldição!
Valha que, no Dragão, o Olhanense de Cajuda também conseguiu um empate, o primeiro que o Porto cedeu em casa. Mais do que as consequências que produz na classificação, este empate tem o condão de salientar mais um erro de comunicação de Jesus. Um erro grave: na flash interview Jorge Jesus deu como adquirido que o Porto ganharia ao Olhanense: “Joga em casa com o Olhanense… “- disse, sem cortesia nem respeito pela equipa algarvia. Nem inteligência!