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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

30
Set15

Vitória vitória

Eduardo Louro

 

 

 Grande Vitória vitória (não é gafe, nem  tem nada a ver com um jogador que anda por aí, que está na moda, é mesmo grande a vitória, e o Vitória) do Benfica no Vincente Calderon, perante o Atlético de Madrid de Simeone que, reza a história, nunca aí tinha perdido em jogos europeus. Onde levava oito jogos sem sofrer golos...

Abri assim, com este toque meio épico, porque, para além da exibição, salpicada de classe e de personalidade - até as transições rápidas regressaram em todo o esplendor -,  hoje foi dia de enterrar todos os fantasmas. 

Os profectas do Benfica calamitoso que só ganhava em casa, que fora de portas tinha sempre a derrota como certa e inevitável, para quem nada de casuístico havia na derrota inaugural com o Sporting, no regresso de uma endinheirada mas desastrosa digressão de pré-temporada. Nem na estúpida derrota com o Arouca, onde trinta remates à baliza não deram para um só golo. Nem na do Porto, depois de uma exibição que nada teve a ver com aquilo que era habitual ir lá fazer, ficaram hoje sem argumentos. Já podem meter a viola no saco...

Mas a pedra de toneladas que hoje foi colocada sobre o túmulo de todos os fantasmas foi carregada pelos miúdos Nelson Semedo e Gonçalo Guedes, ambos sensacionais, ao nível dos suspeitos do costume, os enormes  Gaitan e Jonas. E dos também enormes Luisão e Jardel. O epitáfio é simples, e está na tabela classificativa: Champions - dois jogos seis pontos!

Não sabíamos o que era isso. Sabíamos - e vimos confirmar-se - é que os imbecis das tochas continuam por aí, à solta e impunes. Eles e quem os protege. Até quando?

29
Ago15

Têm que trabalhar mais... E falar melhor!

Eduardo Louro

 

"Temos que trabalhar mais nos treinos" - disse Samaris no final do jogo. Não sei se há neste expressão alguma traição da língua onde o grego dá os primeiros passos, com excelente desenvoltura, diga-se de passagem, porque não estamos nada habituados a que os jogadores de futebol cheguem a Portugal e se esforcem para falar a nossa língua. Também não sei se o tal sms - "mister, desde que foi embora que isto é um descanso" - existiu, e se, tendo existido, tenha sido enviado pelo Samaris.

Mas sei que precisam mesmo de trabalhar mais nos treinos. E melhor. Porque continua sem se ver fio de jogo, continua sem se ver intensidade, continuam sem se ver automatismos... Não se percebe a estratégia, e nem sequer nas bolas paradas se percebe que haja trabalho. E se a equipa não sabe defender - e não sabe - e se é por aí que, dizem os entendidos, se começa o trabalho, então não há mesmo dúvida que é preciso trabalhar mais nos treinos. Mas muito mais!

Mas também precisam de trabalhar mais nos jogos. Têm que correr pelo menos tanto como os adversários, têm de chegar a cada bola pelo menos ao mesmo tempo que o adversário e, fazendo pelo menos isso, têm de meter o pé com, pelo menos, a mesma intensidade do adversário.

E já que começamos com uma declaração, falta também trabalhar isso: a comunicação. O discurso numa equipa como o Benfica não pode ser o mesmo que numa equipa como o Guimarães. Pela simples razão que treinar o Benfica não tem nada a ver com treinar o Guimarães... Porque é o diabo quando se começa a perceber que há ali uma ligação qualquer entre a moleza do discurso e a moleza da atitude da equipa...

E não adianta dizer-se que "sou assim" e "não mudo"... Isso era a cantiga da Gabriela, não sei se se lembram. Essa não é música para os nossos ouvidos. Quando a equipa é prejudicada pelas arbitragens, como foi em Aveiro na semana passada, com um penalti e um golo anulado que dariam os três pontos, e como voltou a ser hoje, com um golo em fora de jogo, que só não levou dois pontos porque não calhou, tem de haver alguma coisa a dizer. Pela simples razão que são essas as regras instaladas no jogo em Portugal, como de resto se vê todos os dias... E, muito provavelmente, agora mais do que nunca...

 

 

 

10
Ago15

Soprar na chama imensa!

Eduardo Louro

Imagem relacionada

 

A supertaça não é do nosso campeonato. Não é por acaso que o mais titulado dos clubes portugueses é apenas o terceiro neste troféu híbrido, sem personalidade própria. Nem sequer sabe a que época pertence, nunca se sabe se é o último da época velha se o primeiro da nova. É apenas um jogo de pré-época. O que conta é o que aí vem, a partir da próxima semana…

Tretas. Não é nada disso!

Este jogo, esta supertaça, era muito importante. Como importante foi aquela daquele Verão de 2010, quando o então treinador do Benfica não teve a perspicácia para perceber que era decisivo ganhar àquele Porto do debutante André Vilas Boas. E nem é preciso explicar por quê.

Fora isso, fora a importância que este jogo tinha para cada uma das equipas, este não foi um Benfica – Sporting muito diferente dos outros.

Um dérbi, sempre equilibrado, que se decide por pormenores – desta vez um remate que encontra um calcanhar e trai o guarda-redes. Com um grande ambiente, com intensidade, vibrante e inevitavelmente com erros de arbitragem, alguns bem graves e com consequência no resultado. Mais grosseiro que os foras de jogo que deram na anulação de um golo para cada lado, foi o penalti por assinalar sobre o Gaitan.

À parte tudo isto, Octávio já morde. O treinador do Sporting já faz arruaça. E o Sporting já exibiu o patrocinador das suas camisolas: só tiveram que as vestir ao contrário, mas deve ser por causa das bruxas!

No que toca a postura Rui Vitória goleou. Só que isso não anima ninguém. E o problema é esse mesmo, é que o futebol do Benfica não entusiasma ninguém.

Não precisava apenas de provar ao treinador adversário – não; não é de elegância no trato e boa educação – que afinal não deixou tudo na mesma. Não precisava apenas de mostrar que o Nelson Semedo já nasceu dez vezes. Não precisava apenas de mostrar que o Lisandro é um grande central, ou que o Gonçalo Guedes pode lutar por um lugar. Precisava ainda de mostrar que o Olá John não tem cabimento, e que o Talisca faz parte de outro filme, às vezes de terror. Mas acima de tudo precisava de apresentar um futebol que sirva de contrapeso ao seu discurso, que nos faça vibrar. Precisava de soprar na chama imensa, que está a apagar-se!

04
Jun15

Nunca direi nada disso...

Eduardo Louro

Resultado de imagem para bruno de carvalho jorge jesus

 

No epicentro do terramoto que tomou conta da segunda circular está agora Marco Silva.  Porque, empurrado em Alvalade para a porta pequena, acaba por sair pela maior que por lá está. Uma porta tão grande que deixa ver tudo lá para dentro. Deixa ver o carácter de muita gente, em especial daqueles que, depois oito ou nove meses de perseguições e rasteiras, não hesitaram em humilhar o treinador que a tudo resistiu, e a tudo respondeu com enorme senso e profissionalismo, com um miserável processo disciplinar.

Mas também porque, como já toda a gente percebeu, passou a ser uma séria opção para o Benfica. Luís Filipe Vieira, num cenário – de compromisso ou não – em que Jorge Jesus seguia a sua vida em França, tinha tudo, ou se calhar mais ainda, apontado para Rui Vitória. Com Jorge Jesus a assinar com o Sporting – independentemente da (falta de) lisura com que fez tudo – tudo se altera. O que era a (correcta) posição de Luís Filipe Vieira de não afrontar o velho rival deixou de ter razão de ser.  Com Marco Silva na rua, e livre, não há razão nenhuma para que não seja uma opção alternativa, ou concorrente, com a de Rui Vitória. Antes pelo contrário. Mesmo sem atitudes revanchistas, que essas nem são próprias dos verdadeiramente grandes nem levam a lado nenhum.

Por isso não acho piada nenhuma às reacções do João Gabriel. Não acho graça nenhuma à ideia peregrina, que passou pela cabeça de alguém da Megastore, de retirar Jorge Jesus da fotografia do título.

Nem irei dizer, apesar de disso estar profundamente convencido, que o Bruno de Carvalho é definitivamente o Vale Azevedo do Sporting. Nem que as relações com Jorge Jesus resistam muito mais que um par de meses. E que ambos têm boas razões para desconfiar um do outro: nem é preciso que olhem para as costas de ninguém, basta-lhes olharem-se um ao outro…

Não. Nunca direi nada disso... E nunca, para nunca ser, crucificarei Jesus!

 

 

04
Jun15

Mudanças a mais!

Eduardo Louro

Não sei se o Benfica irá continuar a ganhar. Sei que o Benfica mudou de paradigma, e nessa circunstância percebe-se que Luís Filipe Vieira não tenha renovado o contrato com Jorge Jesus. Como se poderá perceber que tenha optado por Rui Vitória, nas antípodas do que já é o anterior treinador do Benfica. 

Uma coisa é certa: Jesus não saiu da Luz porque qualquer corda se tenha partido. Estou convencido que foi por convicção: a convicção de que o ciclo é agora outro. O problema é que este que acabou era de vitórias...

Também o Sporting estará a mudar de ciclo. E de paradigma. E talvez até Jesus esteja subitamente a mudar de princípios. Mas isso já não me interessa. São mudanças a mais!

05
Jun13

Na INvictaDECISÃO

helderrod

Chovem nomes, caem palpites e fazem-se apostas. A aparente saída de Vitor Pereira pressupõe a especulação do novo timoneiro do Dragão. Ao Vitor Pereira, um profundo agradecimento. Soube crescer a pulso, com muita humildade e com muitas vitórias. À sua consistência persistente devemos talvez este saboroso título. Na Champions (a de este ano), o FCP foi uma das melhores equipas na fase de grupos onde também se incluíram as portentosas exibições contra o Málaga e PSG. Não lhe podemos atribuir responsabilidades pelo facto de Moutinho se encontrar lesionado em Málaga ou mesmo de um James em subrendimento após a sua lesão.

Será então uma saída à bicampeão que legitima a este novo grande treinador gerado no Dragão a certeza de muitos sucessos. Merece indubitavelmente um grande futuro por essa Europa (quiçá em Liverpool).

Brasileiros à parte, parece-me que no seio do Dragão reserva-se a presença de mais um treinador português. Seja ele qual for, estará já a trabalhar com um propósito. Aquele que nos fará vencer com ou sem Faria, com ou sem Fonsecas, mas com a certeza da Vitória de um dos Ruis...

 

Aguardaremos com a serenidade possível!

 

Hélder Rodrigues

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