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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

28
Fev15

Que bela prenda!

Eduardo Louro

 Em dia de aniversário, ao colo de 111 anos de glória, o Benfica brindou os adeptos do futebol com mais uma grande exibição. E o Estoril, o convidado para a festa, com seis golos sem resposta. Para já, a maior goleada da Liga.

Que bela prenda!

A primeira parte foi de altíssimo nível, do melhor que se tem visto. Como merecia a festa, e como merecia Gaitan, de regresso à equipa, quase dois meses, e sete jogos, depois. Nunca na sua ausência o Benfica tinha conseguido atingir patamares exibicionais de excelência, o que evidentemente diz tudo do argentino, há muito o melhor jogador de futebol a actuar em Portugal. A última grande exibição do Benfica tinha precisamente acontecido no seu último jogo, na goleada (4-0) dos Barreiros. A que nem sequer tinha dado grande contribuição, acabou por sair muito cedo, ainda antes do primeiro quarto de hora, com a lesão que o afastou por estes sete jogos onde, recorde-se, o Benfica perdeu tantos pontos como em toda a primeira volta.

Deu para quatro golos, e mais uma bola no ferro – não há jogo em que o Benfica não acerte no mais pequeno, mas também mais indesejado, espaço de baliza – e mais duas ou três oportunidades claras de golo. Todos de grande execução, mas aquele quarto golo, carimbado por Jonas, é um hino ao futebol… Uma das mais bonitas jogadas de futebol alguma vez vistas!

Na segunda parte -  com o Estoril a entrar muito bem - já não atingiu o mesmo nível, até porque a equipa, sem nunca se ter desligado do jogo, teve mais intermitências. Deu para mais dois golos, e deu para uma expulsão de um jogador do Estoril que desagradou profundamente aos benfiquistas.

Nunca a expulsão de um adversário na catedral Luz terá incomodado tanto. Porque, como diria o diácono Remédios, não havia nexexidade… O jogador do Estoril cortou a bola com a mão, a lei diz que isso deve ser penalizado com amarelo, que seria o segundo, mas o bom senso diria o contrário. E depois, com o Benfica já a ganhar por cinco a zero, com o domínio absoluto do jogo, e com pouco mais de um quarto de hora para jogar, esta é uma expulsão que apenas serve as estatísticas. Que um imenso exército, cirurgicamente distribuído pelo espaço mediático, depois manipula na inaceitável campanha, já em velocidade cruzeiro, que visa condicionar as arbitragens e fazê-las regressar ao passado que impeça o significante bi-campeonato para o Benfica!

Hoje não se festejou apenas mais um aniversário. Nem esta capicua de 111 anos de glória. Festejou-se também o regresso das grandes exibições. E sabe-se como isso conta. Como isso nos empolga, e como isso dói forte nos adversários!

27
Set14

A propósito de talento

Eduardo Louro

 

 

Ontem também foi Dia de Clássico. Mas do outro, mais fraquinho... 

Não correu mal, foi mesmo um bom jogo. E até empataram...

Aqui o que conta é mais o Benfica. Que às vezes até parece que brinca com o fogo…

Hoje, ao contrário do que sucedera com o Moreirense na semana passada, o Benfica entrou a todo o gás, como se tivesse aprendido a lição. Dois golos, uma bola no poste, oportunidades de golo sucessivas e um domínio asfixiante em vinte minutos de luxo dão conta da forma como o Benfica entrou na partida. Nem podia ser de outra maneira, em jogo estava um momento seguramente importante do campeonato, a oportunidade que não podia ser desperdiçada de alargar, para quatro e seis pontos, a vantagem sobre os seus dois mais directos adversários!

Não se pode dizer que a partir da meia hora o Benfica tenha desaparecido, abandonado o jogo. Mas pareceu que a equipa quis partir do Estoril para Leverkursen, sem passar pelo aeroporto. Perdeu rigor e concentração e permitiu ao Estoril entrar no jogo. Depois, sabe-se como é: as circunstâncias do jogo alteram-se e quando menos se espera está tudo virado do avesso.

Ainda na primeira parte o Estoril reduziu. Percebeu-se que o Benfica reagiu bem, mas as oportunidades criadas continuaram a ser desperdiçadas. E quando, logo no início da segunda parte, empatou – num lance irregular, mas isso são circunstâncias de jogo – o cenário de repente complicou-se, até porque as coisas começavam a não sair tão bem…

Foi de novo já em superioridade numérica que o Benfica chegou à vitória, num golo que o Lima deu a ideia de ter roubado ao Derlei, depois de falhar tudo o que havia para falhar, tornando-se no maior responsável pela forma incrível como a equipa desperdiça o talento único de Gaitan.

Que pena, tantos passes mágicos e toques de génio sucessivamente desaproveitados… Devia ser crime!

Vale que, falar de talento, é também falar de Talisca...

 

09
Mar14

A arte de bem receber e as coisas que nunca mudam

Eduardo Louro

 

Mais que um belo jogo, este que, provavelmente as duas equipas que actualmente melhor futebol estão a praticar, disputaram hoje na Luz, foi um jogo curioso. E cheio de curiosidades!

O Benfica jogou ao nível a que já nos habituou, mas com a curiosidade de, à sua condição de grande equipa de futebol, aliar a de grande anfitrião. Sabendo que o Estoril gosta de ter a bola, o Benfica entrou de rompante para resolver o jogo – o primeiro golo acontece logos aos cinco minutos, mas à terceira oportunidade – para rapidamente ofertar justamente a bola às visitas. E assim fez, não foi sovina e deixou o Estoril ficar com a bola.

E fez muito bem. Porque a equipa do próximo treinador do Porto - parece que não está fácil de convencer, e que o Porto já não tem capacidade de sedução - até sabe o que fazer com ela, pelo menos para os olhos dos espectadores. Mas acima de tudo porque não precisou dela para nada para fazer mais uma grande exibição, marcar três golos – a arbitragem, sabe-se lá por quê, anulou o terceiro - e desperdiçar mais três ou quatro. Nem precisou de a ter para impedir o Estoril de chegar á sua inviolável baliza – um golo sofrido, aquele charuto de má memória em Barcelos, nos últimos 16 jogos. Na primeira parte, nem um remate. E no fim, uma única defesa, e fácil, de Oblak!

O Benfica alargou hoje para 7 pontos a distância para o segundo – o Sporting. Que empatou em Setúbal, porventura sem ter merecido ganhar, mas claramente prejudicado por uma arbitragem de um velho conhecido, do Porto… E assim, na jornada que antecede a visita do Porto – que jogando o que tem vindo a jogar, lá conseguiu uma vitória tão gorda quanto enganosa – vê reduzida para metade a vantagem que já tinha. Mais do que isso, o Porto chega a Alvalade a poder discutir ali o segundo lugar. E como esse velho conhecido que hoje esteve em Setúbal sabe da importância desse segundo lugar… Há coisas que, mesmo que não pareça, nunca mudam!       

23
Fev14

Lá ficou a asa...

Eduardo Louro

O Sporting - por pouco, é certo – ganhou e o Porto perdeu, coisa que é(ra) rara. Mas perder em casa, no Dragão, como foi o caso, é ainda mais raro. Para o campeonato já não acontecia há mais de cinco anos!

Quer isto dizer que, para além do Paulo Fonseca poder ir de viola, pode também ficar a ver o Benfica a sete pontos - um verdadeiro drama. Benfica que jogará amanhã com a bête noir de Jorge Jesus – o Guimarães que lhe roubou a taça e lhe deu a revolta do Cardozo, treinado por alguém que é muitas vezes dado como a roer-lhe os calcanhares.

Por isso, ou também por isso, o jogo de amanhã é muito importante. O novo Jorge Jesus sabe-o bem – acredito que o outro Jesus não o soubesse – e não irá certamente permitir que surja nenhum fantasma amanhã na Luz!

 

PS: Nunca o Paulo Fonseca teve uma conferência de imprensa tão fácil: duas perguntas apenas. Ninguém teve nada a questionar ao treinador do Porto. Provavelmente porque hoje foi apenas o dia em que o cântaro lá deixou ficar a asa! 

04
Jan14

Festa religiosa com poucos Crentes

helderrod

Tal como receava no post anterior, o jogo de hoje na Luz parecia o Benfica vs o Resto de Barcelos. Mau demais para ser verdade. Apesar da existência de algumas ilegalidades em alguns golos, corroboradas pelos amigos da Sporttv, dos quais destaco a assertiva gaguez de Pedro Henriques muito competente na análise dos lances dúbios pró-Benfica e de um comentador em campo que passou a transmissão a exaltar os feitos benfiquistas, rebuscando as estatísticas incluíndo um recente estudo que coloca Cardozo como um dos melhores avançados do mundo atrás de Ronaldo, Falcao e Messi...hilariante. Esse jornalista parece almejar um lugar na TV da luz ou quiçá uma percentagem na venda de Cardozo. Teve um trabalho exemplar de imparcialidade. Parabéns ao Tiago!

 

Na verdade Deus e Jesus confraternizaram efusivamente numa noite algures no deserto em que as oferendas dos Magos de Barcelos aludiram à data que se avizinha.  Foi uma festa em que o sagrado se mesclou com o profano, que se encerrou com a brilhante pergunta do jornalista supracitado: "Jorge, hoje um Benfica com nota artística?". Fabuloso!

 

Entretanto, havia já jogado o FC Porto que competentemente venceu um Atlético muito organizado, até porque o Professor Neca ter-se-á inspirado não no Atlético das Maldivas, mas nada mais nada menos do que na estratégia do Atlético de Madrid. Esteve bem o Professor.

Parabéns igualmente ao espectacular Estoril que parece prometer mais uma grande época desportiva.

 

 

Hélder Rodrigues 

06
Out13

Uma semana de cada vez

Eduardo Louro

 

 

O Benfica poderia ter tido uma vitória fácil hoje no Estoril, num jogo tido como muito difícil. Poderia, mas não teve!

Poderia, porque marcou o primeiro golo bem cedo. Porque, no último lance da primeira parte, Lima desperdiçou um penalti que daria o confortável e tranquilo – mesmo que isso de tranquilidade seja coisa que não assista ao Benfica - segundo golo. Porque o Benfica jogou meia hora em superioridade numérica, por expulsão (correcta a decisão do árbitro) de um jogador do Estoril. E porque doze minutos depois de entrar e a vinte do fim da partida, Cardozo conseguiu o chamado golo da tranquilidade. E que golo!

Mas não teve porque, infelizmente, tudo continua na mesma. Porque os jogadores querem e crêem pouco. Porque continuam sem crer e sem querer. Porque não têm confiança, e por isso falham penaltis e as sucessivas cobranças de livres. Porque as lesões musculares se sucedem em todos os jogos. Porque logo depois do golo de Cardozo, da saída de bola surgiu um remate para a baliza que deu em canto e, claro, no inevitável golo de todos os jogos. No inevitável golo de bola parada. Porque depois vieram mais cantos (dez a zero em cantos, a favor do Estoril, é coisa nunca vista). E porque, no meio de tudo isto,o Maxi Pereira lembrou-se de repor as equipas em igualdade numérica…

Foi por isso uma vitória bem difícil, bem sofrida. Mas uma vitória, que segurou Jorge Jesus por mais umas semanas. Nesta altura é assim: uma semana de cada vez. Só a interrupção do campeonato lhe dá um bonus adicional!

06
Out13

Motivação extra

Eduardo Louro

 

 

Percebeu-se que nos últimos dias foi criada uma motivação extra ao Marco Silva, o treinador do Estoril, para o desafio de hoje à noite contra o Benfica. È que já não tem apenas a ambição de conquistar os três pontos em disputa, e a enorme motivação de ganhar ao Benfica; somaram-lhe a motivação de, com isso, agarrar o emprego com que provavelmente nunca sonhou sequer ambicionar. Puseram-lhe o mais apetecido – concedo, se calhar o segundo mais apetecido porque o outro, como os medicamentos que trazem a bula agarrada, também traz títulos na embalagem – lugar do futebol nacional a passar-lhe ali à frente, ao alcance da mão…

Maior motivação não pode haver. Claro que há um risco enorme: nunca se sabe como é que os benfiquistas receberiam o tipo que lhes rouba dois campeonatos seguidos...

Acho que é isto que vai deixar dormir o Jorge Jesus esta noite!

24
Set13

A fruta da época

Daniel João Santos

Ao que parece a distribuição de fruta mantêm-se no espírito de alguns dirigentes do Porto. O Lobo levou no Estoril uma banana que até ficou estúpido. Na realidade, depois de assistir ás declarações do senhor, fiquei por perceber se aquilo são consequencias a banana ou já vinha de nascença.

06
Mai13

Coisas que não se percebem

Eduardo Louro

Posso perceber que se falhem muitas oportunidades de golo. Posso perceber que a sorte, em certas ocasiões, vire as costas. Posso perceber que o jogo do título tivesse sido o do Funchal, com o Marítimo. Posso perceber que esta seja a fase mais terrível da época. Posso perceber que os jogadores não sejam máquinas…

Mas tenho uma enorme dificuldade em perceber que, nesta fase terrível, em que todos os jogos são decisivos, se inicie a partida a um ritmo demolidor, numa pressão asfixiante, se criem sucessivas oportunidades de golo e, dez minutos depois, sem que qualquer golo tenha surgido, se desligue o botão. E se permita que o adversário passe a chegar primeiro a todas as bolas, passe a ganhar todos os ressaltos, passe a ganhar todas as bolas divididas e passe a ser o dono da bola. Tudo isto com um estádio cheio, com a equipa ao colo... 

Na retina não ficam as inúmeras oportunidades de golos criadas e desperdiçadas pelo Benfica. Nem os erros da arbitragem, nem o frango do Artur. Nem o regresso do Carlos Martins aos seus tempos do Sporting, que julgávamos definitivamente enterrados. Na minha memória ficam aquelas imagens dos últimos minutos, quando se esperava um Benfica a fazer das tripas coração para chegar ao golo da vitória, com Gaitan metido na defesa, uma defesa a três a contas com sucessivas avalanches de quatro e cinco jogadores do Estoril. Ou Matic, sozinho a correr atrás deles…Ou Rodrigo, fresquíssimo, a deixá-los fugir… Ou Sálvio a ir, já sem conseguir vir… Ou Lima como ainda não tínhamos visto…

Espera-se que recuperem rapidamente. Têm quatro dias, nem mais um. Porque, ao contrário do que toda a gente esperava, lá se vai decidir tudo no Dragão, no próximo sábado. 

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