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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

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22
Jan13

Desespero

Eduardo Louro

Vítor Pereira, o treinador do Porto, não pára: agora até lhe faz confusão que o Matic jogue em Braga. E que o Paulo Vinícius não jogue!

Coitado… Valha-lhe que o Pinto da Costa já não acha que só os burros é que falam de arbitragem…

Não sei se a estratégia irá produzir os resultados que visa. O ano passado resultou, pelos vistos está confiante que volte a resultar. Há más estratégias que resultam e boas que falham…

Esta até poderá resultar, mas não merece. É pobre de mais - tão pobre quanto o próprio estratega - e nem o desespero a desculpa.

Porque é de desespero que se trata, à porta de um jogo que tem de correr bem para voltar a encostar no rival. E à porta de outro, teoricamente de elevado grau de dificuldade para o rival. Onde ganhou com a ajuda da arbitragem que lhe perdoou um penalti, num daqueles lances – jogar a bola com a mão dentro da área - apenas permitidos aos seus jogadores. Mas onde se não passou nada, nenhuma voz de Braga foi ouvida, ao contrário do último jogo, onde o tal Paulo Vinícius foi expulso no maior escândalo dos últimos dez anos, nas palavras do presidente Salvador. Afinal apenas carregou um adversário que ficaria isolado em frente ao guarda-redes, nada de mais.

Um escândalo, aquela expulsão! Um escândalo, que Paulo Assunção – vejam bem - tenha agora chegado ao quinto amarelo. Um escândalo que Matic, com quatro amarelos, não tenha cometido uma única falta para lhe poder ser mostrado o quinto…

E isto leva Vítor Pereira ao desespero. Isto e as sucessivas exibições do Benfica e a forma como vai ganhando sucessivamente os jogos. É certo que a sua equipa também os vai ganhando mas… sofre-se. E depois lá sai um golo por engano que ajuda a resolver a coisa. Mas, pelos vistos, não dá lá grande confiança!

17
Jan13

Dizendo mais qualquer coisa...

Eduardo Louro

Disse aqui no passado domingo que Vítor Pereira, o treinador do Porto, não tinha estado à altura do clássico. Que não era digno daquele jogo e daqueles jogadores, concluindo com um “mais não digo”.

Mais não disse. Mas mais qualquer coisa direi agora. Porque o cavalheiro vem agora lamentar o tom, mas sem uma única vez manifestar arrependimento ou apresentar desculpas.

Claro que não esperava que o fizesse. As desculpas que apresentou sobre os impropérios que o ano passado proferiu sobre o treinador do Benfica surgiram apenas na tranquilidade do defeso e são, mesmo assim, excepção. O treinador do Porto diz o que disse e no tom em que o fez porque sabe que são essas as regras da casa. Porque sabe que é essa a regra número 1 do manual da casa: sempre que se não ganhar, atacar. Atacar tudo e todos, com a maior brutalidade possível, porque isso rende!

É por isso que num discurso como este não pode haver arrependimento nem pedido de desculpas. Nem humildade, nem fair play!

É por isso que os burros é que falam de arbitragem. Normalmente, quando eles ganham. Porque quando não ganham deixa de ser assim!

É por isso que ele justifica aquele seu comportamento intolerável com a defesa da equipa.

É por isso que se apresentou revoltado com o resultado, quando acabava precisamente de o defender com unhas e dentes. Como nas substituições que acabara de fazer que, quer na forma (Lucho, antes de abandonar o campo, despediu-se de todos os colegas de equipa como se fosse partir para uma longa viagem) quer no conteúdo (sempre opções mais defensivas), mostraram que, com a equipa sem pernas para mais, estava apenas concentrado na defesa daquele resultado.

É por isso que nunca são erradas as decisões da arbitragem de que sai beneficiado. Que não merece reparo que o árbitro tenha feito vista grossa às faltas sucessivas de Moutinho, parte das quais sem qualquer preocupação com a disputa da bola, – a apregoada superioridade do meio campo que manietou a fase de construção do Benfica foi maioritariamente conseguida à custa de faltas sucessivas do Moutinho e de entradas assustadoras do Fernando – adiando sucessivamente o cartão amarelo que colocaria ponto final naquela conduta anti-desportiva.

É por isso há uma entrada violenta do Maxi e nenhuma, nem maldosa nem violenta, do Fernando e do Manguela. Que o Maxi Pereira não pode acabar jogo nenhum e que o Mangala e o Otamendi só não tenham direito a medalha no 10 de Junho porque não são portugueses. Que a arbitragem erra nuns foras de jogo e não noutros. Que o Cardozo joga vólei mas todos os seus defesas estão autorizados a jogar a bola com a mão...

 

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