À beira de um ataque de nervos
A agressão física e psicológica feita pela polícia a uma família, em Guimarães, é de alguém que não cumpre o seu código deontológico. Visionando as imagens televisivas da festa que se seguiu em Lisboa, o descontrolo continua: os polícias respondem a provocações e contribuem para a desordem pública. Cresce o número de cidadãos sem valores, sem referências, de caciques regionalistas e desportivos que incendeiam ambientes, de jovens desempregados, revoltados e regados a álcool, de inimputáveis, de policiais mal pagos e irritados. O futebol não devia ser assim, um filtro que côa todas as frustrações da sociedade, de destrambelhados que não sabem respeitar as diferenças clubísticas, de um país à beira de um ataque de nervos onde ninguém toma as rédeas de tantas cavalgaduras.