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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

01
Abr16

Baile... Hoje foi noite de baile!

Eduardo Louro

 

O Benfica não entrou bem no jogo. Bem, muito bem mesmo, entraram os adeptos, mais de 60 mil, que no minuto de silêncio de homenagem ao magriço e sportinguista Fernando Mendes acabaram por encontrar nas palmas a forma de abafar (o verbo está na moda, lá voltarei) a arruaça de uma meia dúzia. E bem, também muito bem, entrou o Braga, com 10 minutos extraordinários, a superiorizar-se claramente ao Benfica e a criar duas claras oportunidades de golo, uma das quais numa bola ao poste, no primeiro minuto.

A partir daí, e ainda antes de atingido o primeiro quarto de hora, o Benfica conseguiu libertar-se daquela teia, subiu no terreno e começou a pressionar o adversário logo à saída da sua área, invertendo por completo o que vinha sendo o jogo. Os erros, e os passes falhados na primeira fase de construção, que até ai tinham atingido o Benfica, passaram a acontecer no outro lado. Quando, aos 17 minutos, surgiu o primeiro golo, exactamente em consequência directa dessa pressão alta, já o Benfica tinha recuperado duas ou três bolas nas mesmas circunstâncias.

A partir daí o Benfica abafou - lá está o verbo de volta - o Braga por completo, fazendo desaparecer do jogo aquela que, na opinião de muito boa (ou talvez não) gente, era a equipa que melhor futebol pratica em Portugal. E fazer isso, fazer eclipsar a excelente equipa do Braga, é coisa que ainda se não tinha visto por cá.

No regresso para a segunda parte o Benfica refinou ainda mais o jogo, chegando a atingir aquilo que vulgarmente se designa por baile. Foi isso - o Benfica deu baile!

Foram cinco, mais cinco golos da máquina de os fazer, bem poderiam ter sido mais. E um sofrido, de penalti, no último lance do jogo. O penalti que os adversários tanto têm reclamado chegou finalmente. Não foi a pedido, foi mesmo penalti. Desnecessário, evitável, mas penalti. Quando houve razões para um árbitro o assinalar, o penalti aconteceu. Nada de mais. É isso que se pretende, seja um ano ou um jogo depois. O resto, é o resto é conversa de quem vem atrás!

 

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