Coisas estranhas
Não admira que observadores do fenómeno do futebol tenham reparado na forma macia, há quem diga subserviente, como o Braga defrontou o Porto, há uma semana. Não admira que a muita gente tenha ficado convencida que o Braga jogou em poupança. Poupando jogadores para o jogo seguinte, muito mais importante. Poupando-os fisicamente e popupando a improváveis cartões amarelos muitos jogadores que estavam em risco de ficar de fora. E sabe-se como a intensidade posta no jogo desgasta fisicamente. E como faz aumentar o risco de entradas mais próximas da penalização disciplinar...
Não admira que o Sérgio Conceição se revolte contra essa gente, e grite nas conferências de imprensa que não admite isso a ninguém, como já gritara há uns meses atrás, por ninguém lhe dar o mérito que ele acha que tem. Não admira que o Sérgio, um rapaz com escola, ignore que este comportamento bracarense nos jogos com os do Porto não é novidade nenhuma. Que tem história... São muitos anos... E que, com recurso aos velhos métodos da escola, aproveite a circunstância para mobilizar as suas tropas. O que, prova-o também a história, não é tarefa difícil. Até porque - diz-se por aí - o presidente Salvador, á última da hora, triplicou o valor do prémio de vitória!
Não admira que o Braga - o presidente, o treinador, os jogadores e os adeptos - queiram ganhar ao Benfica. E que tudo faça para que não haja duas sem três. Isso é que é competir!
O que admira é que tenha sido o próprio presidente Salvador a dizer em frente às câmaras, logo que terminou o jogo com o Porto, que os jogadores iriam fazer tudo, mas tudo, para ganhar o próximo jogo. Ora isto quer simplesmente dizer que, naquele, não o tinham feito... E isso, Sérgio Conceição não admite a ninguém!