Espetados à Madeirense com recheio de galo apaixonado!
E assim vai o campeonato. Na Madeira, foi dia de carne. Dia de espetada sem direito a polvo. Dia de Porto sem meio campo, sem alma, sem a determinação e sem a profundidade perante um Marítimo motivadíssimo e aplicado. Tal aplicação terá sido acicatada pelo genro do Presidente que quer dar à Liga uma nova Luz e tudo o que caísse na área podia dar coisa. Apesar do estranho silêncio holístico em torno do penalty arrancado, tenho sérias dúvidas. Mas nem isso justifica a parcidade exibicional do meu FC Porto. Há que apurar. Há que arrumar o miolo do campo, o cérebro do jogo antecipando aprioristicamente o mercado Russo e todas as suas consequências. É preciso ver quem está com o treinador. É preciso ver se o treinador também está ou não. É preciso assumir que há um tetra a conquistar. Um título que já saboreámos e que pretendemos. A próxima jornada, independentemente do jogo do Sporting que irá beneficiar claramente, pois tem mais de 24 horas de atraso em relação aos adversários e isso é significativo para as opções arbitrárias (isto segundo recentes correntes de pensamento), será fulcral na definição deste campeonato. O equilíbrio parece-me evidente. Mas de tão evidente que é, chega a ser gratificante o facto de ter de haver um Porto frágil para que se constitua um equilíbrio na tabela. A ver vamos...
Por outro lado, a lenda morreu. O Bruno disse que o penalty marcado no terminus do jogo após a agressão ao Hugo Vieira era tão certo como se aquele galo assado voltasse a cantar. Desta vez, o galo manteve-se intacto e morto e só mesmo uma grande paixão para trair os velhos amiguinhos do Gil Vicente a quem oferecera uma grande vitória há umas épocas atrás. Já não bastavam os cinco minutos de desconto...
Foi bonito de se ver. Foi bonito de se ver a rebeldia de Cardozo que se transformou em estatuto para relegar o Lima para o canto na hora de cantar de galo.
Enfim, arrotámos todos a POLVO....
Força, Porto!!!!!!
Hélder Rodrigues