Liderança por um Canudo
A noite do Dragão começou fria e periclitante e a primeira parte só não foi mais surreal porque os azuis e brancos conseguiram marcar de grande penalidade, que tanto já está a dar que falar. É compreensível. É duro provar do veneno e sentir mesmo que ilegitimamente a dor dos outros. É manifestamente surreal o argumento do Pepa. O jovem treinador do Tondela foi manifestamente inoportuno no inconformismo, quer pela inadequação contextual , quer pela forma pouco convicta como pareceu querer reproduzir as dores de terceiros.
Após a evidente supremacia de um adversário que não perde há 19 jogos, somando agora a sexta vitória consecutiva no campeonato, é ridículo pôr em causa a justiça no resultado. Perante as dezasseis oportunidades claras de golo contra apenas uma por parte do Tondela, a evidência silencia o lirismo discursivo. Foi igualmente curioso que, na senda do surrealismo Pepista, Nuno Espírito Santo tenha respondido que é igualmente surreal o FCP falhar tantos golos de baliza aberta.
Contra a Juventus, os avançados portistas não podem ser tão perdu
lários. A difícil tarefa europeia só poderá ser superada com uma maior eficácia.
Todavia, na fria noite do Dragão os 32310 espectadores foram prendados com três excelentes golos nos quais a elevada qualidade foi evidente.
Desta forma, resta-nos esperar que a próxima noite europeia nos traga motivos bem reais para sorrir.
O topo é o lugar natural do FCP e é lá que merecemos estar na realidade!
Deixemos os surrealismos para as manchetes caliméricas dos próximos dias!
Força, Porto!
Hélder Rodrigues