Máquina de alto rendimento
Não era fácil a tarefa do Benfica nesta sua segunda visita a Moreira de Cónegos, em cinco dias. Depois da fantástica exibição da última terça-feira, tudo o que hoje o Benfica fizesse estaria sempre prejudicado por uma bitola altíssima e difícil de atingir.
E não era imaginável que a exibição se repetisse. Porque cada jogo é um jogo? Porque não há dois jogos iguais?
Nada disso, isso não passam de balelas do futebolês. Simplesmente porque não é fácil repetir uma exibição daquelas.
O jogo de hoje foi na realidade outro jogo. O Moreirense fez tudo para que o Benfica não repetisse esse jogo, tentando sempre possível alongar o jogo, e mesmo parti-lo. E no entanto o desfecho final só não foi o mesmo por circunstâncias meramente acidentais. Entre as quais dois penaltis que ficaram por assinalar contra a equipa minhota.
O próprio golo do Moreirense, do mesmo Iuri Medeiros, na última jogada do desafio, com o Benfica já em descompressão, acabou por enfatizar os circunstancialismos que impediram a repetição do resultado.
E isto diz tudo sobre o momento que o Benfica atravessa. Pode não conseguir atingir sempre o brilhantismo de nota 20. Mas, com os mesmos ou com outros jogadores, mantem-se sempre num plano exibicional que poucos atingem e sempre em alto rendimento!
No momento em que regressou Gaitan, a ditar o injusto regresso de Carela ao banco, teme-se pela lesão de Lizandro, ainda antes do regresso de Luisão. Que faria igualmente injusto o regresso ao banco do central argentino...