Orquestra em dificuldades
A afinada orquestra de comunicação leonina, com actuação diária nas televisões nacionais, no último fim de semana tocou acordes de rara indignação pelos seis minutos de compensação que a equipa de arbitragem acrescentou ao jogo do Benfica com o 1º de Dezembro, para a Taça de Portugal. Não - diziam - que não fossem justificados. Apenas porque - acrescentavam - não é comum as arbitragens chegarem a tanto. Garantiam que nunca os árbitros davam mais de quatro minutos!
Temos de concordar que esta orquestra até pode estar muito afinada, muito mais que a equipa no relvado, mas não tem muita sorte. Então não é que logo a seguir, na terça feira, um árbitro italiano dá exactamente os mesmo seis minutos - que acabaram por ser quase oito - de compensação?
E não é que hoje, o árbitro Rui Costa repete os mesmíssimos seis minutos de compensação, e que o Sporting evita a derrota com o Tondela 30 segundos antes de se esgotarem os tais seis minutos que os árbitros nunca dão?
Se, no campo, a bancada manda os jogadores jogar à bola, é tempo de, nas plateias, se começarem a ouvir pateadas. Tão sonoras como as de Alvalade!