Os Santos, os labregos e o Palácio de Belém
Nos programas desportivos podemos esperar tudo, mas ontem bateu-se o RECORD do discurso gravemente tendencioso. No meu post anterior, referi a persistência de João Rosado em exaltar a sorte do Porto, o azar do Nápoles e aquela esperançazinha até ao último momento da queda do clube do norte. A evidência é triste, mas é real.
Ontem, perante um douto António Oliveira, o grande avançado Manuel Fernandes enfatizou o facto de que a televisão dos labregos deve ser diferente da emissão de Sarilhos, reduzindo a exibição do FC Porto a um fraco desempenho por parte da equipa azul e branca. Depois, Rui Santos que voltou a reiterar a sorte do FC Porto na eliminatória com o Nápoles. Esqueceu-se de referir o golo mal anulado ao Porto que nos daria uma vantagem bem mais confortável. Esqueceu-se de enfatizar, isso sim, o penalty por assinalar a favor do Tottenham ou o fora de jogo na Grécia que deu a vantagem forasteira da Luz ou até da forma como o Rodrigo faz falta na obtenção do primeiro golo ante a Académica.
Não quero pôr em causa a força do SLB, mas o meu Porto atacou incessantemente perante um autocarro, duas torres e um Palácio de Belém. Marcou um golo limpo na primeira parte, não viu assinalada uma grande penalidade sobre Jackson Martinez e ainda assim no meio daquela esmagadora pressão surgem opiniões como esta.
Opiniões reprováveis e dignas não de um Play-off mas de um redondo e imenso offside na festa da segunda circular.
Posso ser labrego, mas não sou parvo!!!!
Hélder Rodrigues