Quem dá o que tem a mais não é obrigado
Pode não ter a astúcia de Trapattoni, o benfiquismo de Toni e a classe de Eriksson, mas Rui Vitória será sempre um senhor. Há um provérbio que diz que "quem dá o que tem, a mais não é obrigado", pois foi isto que o abnegado ribatejano sempre fez. Enxovalhado pelos treinadores dos rivais, pela comunicação social, por alguns adeptos que o apelidavam de "professor de ginástica" e pela pressão de treinar um gigante como o Benfica, respondeu com vitórias: 2 Campeonatos Nacionais, 1 Taça de Portugal, 1 Taça da Liga e 2 Supertaças. No entanto, a partir do meio de 2017, houve um claro desinvestimento no plantel originando fracas qualidades exibicionais que nem a alteração do sistema táctico melhorou. Pelo meio, foram publicados uns emails roubados e deturpados envolvendo o Benfica num esquema que envolve a arbitragem portuguesa, com o propósito de condicionar a mesma a favor de outros. E chegamos até aqui, quando um ancião de 34 anos faz chantagem e passa a ser o mais bem pago da equipa, estilhaçando um balneário, no lugar em que o treinador não consegue ter pulso num conjunto de pseudo vedetas com grandes diferenças salariais, desmotivados, e onde os adeptos desligam-se da equipa, vexados, abandonando os jogos ao intervalo, dando razão aos que acham que talvez seja a hora de mudar antes que seja tarde demais.