Arrumar a questão
Poderia começar por dizer, como o nosso Ricardo Almeida, que bastaram – não quinze – mas vinte minutos para arrumar com a questão. Nunca o faria porque há por aqui uma coisa que se chama o complexo dos dois golos: o 2-0 é sempre um corredor aberto para a maldição do 2-2!
Poderia então dizer que bastou meia hora para arrumar a questão, porque é no terceiro golo que está a verdadeira questão. Mas também não digo!
Não o digo porque até acho que o jogo tem uma história: a minha história. Não o digo porque, se o Benfica tivesse jogado aquilo que poderá levar as pessoas a pensar que jogou, não teria apenas igualado o melhor resultado da época. Teria construído um daqueles resultados que já não se usam.
O que posso dizer – e que, convenhamos, me aconchega a alma – é que este resultado de hoje pode ajudar a equipa a sair deste ciclo em que a qualidade tem sido revista em baixa. E já agora que o nosso adversário atravessa exactamente o mesmo ciclo. Mesmo a arrumar a questão em quinze minutos, não se vê por lá nada de melhor…