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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

23
Dez18

Natal de retoma

Eduardo Louro

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Catedral cheia, de novo. Como se nada se estivesse a passar, como se a equipa estivesse a fazer os adeptos acreditarem, como se viesse de grandes jogos, de exibições mobilizadoras...

Os jogadores do Benfica parece que sentiram isso, entenderam que não podiam defraudar aquela imensa mole humana, e partiram para um jogo simplesmente memorável. 

Que até nem começou de forma muito entusiasmante. Nos primeiros 20 minutos era um jogo sem balizas: as equipas jogavam, especialmente o Benfica, com o Braga mais na expectativa, mas ... remates... Nada!

O primeiro foi do Benfica, exactamente à passagem do minuto 20. O excelente remate de Pizi, que deu num grande golo. Logo a seguir a oportunidade para o segundo e, depois, foi a vez do Braga. De cinco minutos de Braga, porque o que se seguiu foi um verdadeiro assalto do Benfica à baliza de Tiago Sá. Deu para o segundo, de Jardel, finalmente a tirar proveito de um canto. Pela primeira vez no campeonato, a primeira, mesmo, tinha acontecido na passada quarta-feira, naquele triste 1-0 em Montalegre, para a Taça.

O Braga estava encostado às cordas, sem saber o que fazer da vida, esperando ansiosamente o intervalo. Mal imaginariam que não lhes valeria de nada, que aquilo era apenas o prenúncio do que estava para vir...

Logo na bola de saída da segunda parte o Benfica podia ter chegado ao terceiro. Não tardou muito, apenas mais dois minutos, num golo todinho de Grimaldo ... de pé direito. O Braga ainda reagiu, chegando ao golo logo três minutos depois. Tanto quanto demorou o quarto, de Jonas.

E o Benfica não levantou o pé, com um grande futebol e com mais dois golos (Cervi e André Almeida) no quarto de hora seguinte. Ainda antes do jogo entrar no quarto de hora final - esse já em ritmo mais pousado - o Braga fechou o resultado num inimaginável 6-2.

O futebol tem esta magia. De um momento para o outro tudo muda. Depois de uma sucessão de fraquíssimas exibições, e de vitórias por 1-0, sempre com uma enorme dificuldade em meter a bola na baliza adversária, o Benfica arranca a melhor exibição da época, atinge o mais volumoso score, num dos jogos com maior grau de dificuldade do campeonato, e faz renascer a esperança dos adeptos e o espírito da reconquista.

Não deixa de ser curioso que isto aconteça nesta quadra natalícia, e na chamada jornada gorda. Perante um adversário directo, que hoje deixou para trás, e quando os restantes abanaram. O Porto sem cair (2-1 no Dragão, perante um Rio Ave que jogou bem melhor) mas em claro défice de produção de jogo, que só não tem consequências na classificação porque os deuses da arbitragem não querem. Nem deixam. E o Sporting a deixar finalmente cair a máscara, feita de estrelinha. Perdeu em Guimarães perante um adversário que desta vez foi sempre melhor (os anteriores já tinham sido melhores, mas apenas em metade do jogo) e que merecia bem mais que o curto 1-0.

E pronto, aí está o Benfica. Saltou de quarto para segundo, e já com o melhor ataque!

30
Set18

Já não é o primeiro milho...

Eduardo Louro

Sporting de Braga vence Belenenses e sobe à liderança da I Liga

 

Costuma dizer-se que o "primeiro milho é para os pardais". Não é o caso do Braga, que já tem tudo para ser levado a sério.

A sexta jornada do campeonato, em que o Benfica caiu para o terceiro lugar, deixou o Braga isolado no primeiro lugar. Com a particularidade de ter ganho presisamente os quatro pontos que o Benfica já perdeu, ganhando em casa ao Sporting e, fora, ao Chaves. Jogos em que o Benfica foi demasiado perdulário, e o Braga particularmente eficaz.

Está a ser um caso sério, e tem a vantagem de não ter mais nada com que se preocupar que com as competições nacionais, com a obrigação de disputar apenas um jogo por semana. E está com estrelinha, que nunca é coisa de desprezar!

Que foi especialmente evidente no jogo de Chaves (1-0), onde foi claramente inferior ao adversário. E, de novo, hoje, mesmo que acabando com um resultado claro (3-0), mas onde contou com a sorte do jogo, e com asneiras invulgares do Belenenses. 

Antes de começarem os disparates do seu guarda-redes, determinantes nos três golos, o Belenenses desperdiçou três grandes oportunidades de golo, com duas bolas nos ferros.

Para além das circunstâncias de cada jogo, e é bom recordar que apenas perdeu pontos num jogo (nos Açores, com o Santa Clara, na segunda jornada) em que esteve a ganhar por 3-0, o que nunca se poderá considerar normal, o Braga está a demonstrar uma eficácia, um rigor competitivo e uma ambição que legitimam uma séria candidatura ao título nacional.

10
Ago17

Campeão à campeão

Eduardo Louro

 

 

Estádio da Luz cheio que nem um ovo, como já é costume. Colo, colinho, muito colinho no arranque de mais um campeonato, que poderá ser o 37. O penta, que hoje começou a nascer no imaginário benfiquista.

Festa na Catedral, de novo. Uma festa que os benfiquistas não querem largar. A supertaça ainda nem pó apanhou, e a pré-época já lá vai. Já ninguém se lembra dela, nem das nuvens que pareciam ameaçadoras.

O adversário era de respeito, e tinha feito voz grossa, de ameaça, talvez para disfarçar o medo. O Braga, mesmo sem ganhar na Luz (para o campeonato) há largas dezenas de anos, é sempre um adversário complicado para o Benfica. E o primeiro jogo é sempre especial, tem sempre qualquer coisa de incerteza e, muitas vezes, alguns fantasmas.

Na primeira parte houve algumas semelhanças com o jogo da supertaça de sábado passado, com o Vitória de Guimarães. Também dois golos, também pela dupla Sferovic/Jonas, e também praticamente nas duas primeiras oportunidades. Desta vez mais espaçados, e mais tardios. O primeiro, pelo avançado suíço, ao findar o primeiro quarto de hora, e o segundo, por Jonas, que igualou Magnusson, com 87 golos, à meia hora de jogo. Para que as semelhanças não ficassem por aqui, o Braga reduziu para 2-1 mesmo em cima do intervalo, na segunda vez que chegou à baliza do Benfica.

O mesmo de sempre. Um golo naquelas condições, mesmo à saída para as cabinas, mais do que deixar o resultado em aberto, deixa sempre no ar a possibilidade de uma reviravolta no jogo. E essa ameaça até chegou por momentos a ganhar forma, quando o Braga introduziu a bola pela segunda vez na baliza de Varela. Mas em fora de jogo, não contou. Confirmou o vídeo-árbitro, que só não confirma os penaltis a favor do Benfica. Ficou mais um por marcar…

Mas o que se viu foi outra coisa. O que se viu foi um Benfica ainda melhor, com períodos de grande brilhantismo, com suculentos nacos de bom futebol entremeados numa fantástica dinâmica de controlo do jogo. O que se viu foi que o campeão voltou, mesmo sem nunca ter ido embora. O 3-1 – Salvio fez o terceiro a mais de meia hora do final - soube a pouco para tanto futebol.

Os jogadores do Braga correram muito, especialmente atrás da bola. E das canelas – canelas, calcanhares, pernas e até cabeças – dos jogadores do Benfica. Que o digam Cervi, Sferovic, Jonas ou Eliseu. A correr assim – e sabemos que assim não será – o Braga vai dificultar muito a vida aos adversários. Mas, a bater assim, contra outros adversários, corre sérios riscos de nunca acabar com 11 jogadores em campo. É que, o que lhes perdoam contra o Benfica, não lhe perdoam em nenhum outro jogo.

No fim fica a festa, que seria ainda maior se o miúdo Diogo Gonçalves, que entrara para substituir o Cervi a dez minutos do fim, tem feito aquele quarto golo que teve nos pés. E a certeza que o campeão está vivo!

20
Fev17

O jogo chave e a chave do jogo

Eduardo Louro

Mitroglou

 

Este era um dos jogos chave deste campeonato. Não tanto por ser em Braga, nem por ser já um clássico de elevado grau de dificuldade para o Benfica, até porque este Braga está muito à imagem de Jorge Simão: é mais bazófia. Este era, para o Benfica, um dos mais decisivos jogos deste campeonato mais pelas circunstâncias externas do que pelo próprio jogo. No estado em que as coisas estão, nesta altura do campeonato – aqui a expressão ganha todo o propósito –, as fichas caíam todas em cima deste jogo. O Porto, jogando na sexta-feira, tinha ganho e passaria para a frente desde que o Benfica não ganhasse. A actualidade da arbitragem, a fustigar sistematicamente o Benfica desde a última jornada da primeira volta e a beneficiar o Porto, muitas vezes de forma escandalosa, também faz das coisas o que elas são.

E vale a pena começar por aí. Esta XXII segunda jornada confirmou tudo o que tem vindo a acontecer desde o início do ano. Começou logo pelas nomeações, com o árbitro que abriu as hostilidades – Luís Ferreira, o tal dos três golos do Boavista – posto a dirigir o jogo do Porto, com o Tondela, e com o que expulsou e fez castigar Rui Vitória, Tiago Martins, mandado para Braga. E o que se viu no Porto foi por demais escandaloso, com o árbitro a desbloquear, nos últimos minutos da primeira parte, um jogo que não estava a correr de feição. Depois de perdoar ao Porto um penalti claro ofereceu-lhes um, inexistente. Depois de evitar a expulsão ao central portista, Filipe, expulsou um jogador do Tondela, numa jogada em que não só não cometeu nenhuma infracção como foi até agredido. Jogar contra dez já faz parte do guião do Porto. Já em Braga, nos primeiros vinte minutos do jogo, o árbitro não veria dois penaltis a favor do Benfica – carga sobre o Salvio dentro da área e, depois, um corte de um defesa bracarense com a mão – mas veria um fora de jogo inexistente para anular um golo limpo a Mitroglou.

Por todo este estado de coisas, que pelos vistos está para ficar, para o Benfica todos são jogos chave.

O Benfica entrou bem, a fazer lembrar o jogo da época passada, que ficou resolvido nos primeiros vinte minutos, mesmo que sem a mesma exuberância. Foi, mesmo assim, o melhor período da equipa e não tivesse sido o já referido dedo do árbitro – não se ficou por aí, por duas vezes interrompeu ao Benfica lances prometedores, como agora se diz, para assinalar faltas ocorridas lá atrás, em benefício claro ao infractor – o jogo teria voltado a ficar resolvido bem cedo. Mas como os penaltis não foram assinalados, o golo de Mitroglou não valeu e noutra ocasião o grego, só com o guarda-redes pela frente, na pequena área, rematou por cima, o jogo fechou-se. O Benfica, sempre com muito mais bola, não voltaria a ter grandes ocasiões para marcar. Nem o Braga, com uma única oportunidade em todo o jogo, no remate de Bataglia ao poste.

A segunda parte continuou intensa, com tudo – espaço e bola – muito disputado. O jogo, nem sempre bonito, manteve-se aberto. E emotivo. Sem que se vislumbrassem grandes desequilíbrios, nem mesmo quando o jogo começou a ficar mais partido, nem grande inspiração nos principais artistas, o nulo era uma ameaça séria. Faltavam dez minutos para os noventa quando, de quem menos se esperaria, saiu o lance de génio que resolveu o jogo. Surpresa só pela forma com “despachou” quatro defesas contrários dentro da área, porque na verdade só Mitroglou tinha a chave do jogo. Só ele podia marcar: o Benfica jogou muito, mas rematou pouco. Bem mais rematou o Braga, que jogou muito menos!

16
Dez16

Ode Marítima

helderrod

Sozinho no Dragão algo deserto nesta noite de Outono. Olho pro lado da relva, olho pro onze inicial. Olho e contenta-me ver, Pequeno, número oito, uma bola entrando. Vem muito tarde na primeira parte, nítido, um golo à sua maneira. Deixa no ar distante atrás de si a orla de mais um penalty por se marcar. Vem jogando bem o Oliver Torres numa grande primeira parte e o Danilo entra com ele.  Aqui, acolá, acorda a vida marítima, erguem-se bandeirolas, avançam foras de jogo mal assinalados. Surgem na segunda parte pequenas reacções de trás dos marítimistas que estavam no Porto. Há uma vaga brisa. Mas a minh'alma está com o que vejo na luta de André Silva e, com o golo que entra apanha o Marega na tabela dos melhores marcadores. Com 745 minutos de folha limpa, com o sentido marítimo desta hora, com a doçura dolorosa que sobe em mim como uma náusea surge o golo dos madeirenses no único remate enquadrado à baliza de Casillas.

E com esta "adaptação" do texto de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa) poderia continuar a descrever o jogo desta noite que já vai longa. Foram mais três pontos conquistados num campeonato que se prevê difícil, mas não impossível. São já quinze jogos sem perder e a regularidade vencedora típica do FCP parece estar de regresso.

Uma palavra também para João Carlos Teixeira que trouxe coisas novas ao jogo e, com este toque de bola, há que trazê-lo mais vezes para a competição.

Numa espécie de "boxing day" à moda do Porto, é já na segunda-feira a recepção aos flavienses que acabam de perder o seu treinador para o Braga, apesar de Jorge Simão estar ainda presente no Dragão. Contudo, a máquina não pode parar e importa continuar com esta dinâmica ofensiva e vencedora! 

Força, Porto!

Hélder Rodrigues

Créditos fotográficos de Raurino Monteiro

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04
Dez16

Vitória Augusta (o 59 ainda passa no Campo dos Sonhos)

helderrod

Imperial. A Invicta triunfou sobre a Bracara Augusta num registo épico. 

A sombra do empate e dos infindáveis minutos que os homens dos bastidores tanto gostavam de contar acabaram hoje.

A galinha negra que se postou na baliza onde Rui Pedro (número 59) finalizou com soberba classe foi fundamental. A mesma foi mais forte do que as cerradas figas oriundas da segunda circular na noite do Dragão. Por vezes, estas transcendências do misticismo são preponderantes. Hoje resultou. Só tenho pena de não ter podido saborear uma cabidelazinha após esta saborosa vitória.

Na noite de hoje, o FCPorto impôs-se à moda antiga. O coração ainda se sobrepôs à razão na primeira parte e teve quatro grandes oportunidades do golo. Oliver foi enorme, trabalhando incessantemente a bola com fabulosas mutações de flancos. Pena foi aquele que podia ter sido o momento do jogo pela negativa. A grande penalidade falhada por André Silva não augurava nada de bom para a segunda parte. 

Todavia, jogando em vantagem numérica o FC Porto esmagou um braga pequenino e encolhido à guisa das equipas que jogam de vermelho no Dragão. E então evidencia-se a raça do Maximiliano que catapultou aquele flanco direito com um irrepreensível Corona pela direita. A resiliência foi ininterrupta também pelo flanco esquerdo com a boa ajuda de um esforçado Brahimi que parece estar a crescer. 

E foi assim que no tempo extra surpreendentemente concedido pelo árbitro perante um constante antijogo de Marafona, o Porto chega ao golo de Rui Pedro. E que golo. Que classe. O jovem jogador encerrou com supremacia aquele passe magistral de Diogo J e acabou com todos os discursos que estavam já preparados para o usual bota-abaixismo dos portofóbicos nas TV e jornais da especialidade.

Por isso soube bem. Foi um momento soberbo o qual todos os portistas desejam que seja um "turning point" nesta temporada. 

O próximo desafio está já aí ao virar da esquina e a continuidade na Champions é fundamental. Que o antigo 59 continue a passar pelos Sonhos daqueles que acreditam num Porto autoritário no seu reduto.

 

Força, Porto

Hélder Rodrigues

 

P.S. Se o Rui Pedro vestisse de outra cor estaria já a valer uns 90 milhões nos matutinos...Não me levem a mal. Deixem passar esta linda brincadeira.

 

Foto de Raurino Monteiro

portobraga.png

 

Nota de autor: o 59 era um autocarro dos STCP cujo destino era a Codiceira (Alfena) e que passava no Campo dos Sonhos em Ermesinde.

19
Set16

"Não há campeões à quinta jornada"

Eduardo Louro

  Não foi fácil, como já se sabia, este jogo que levou o Benfica ao topo da classifcação. Foi antes de mais um grande jogo, entre duas excelentes equipas de futebol, com uma primeira parte ao nível do melhor que por cá se pode ver. 

Foi então um jogo aberto, intenso e muito bem jogado por ambas as equipas, com sucessivas jogadas de golo, que ambos os guarda-redes iam negando: Júlio César por três vezes, e Marafona por quatro ou cinco. O intervalo chegaria com a vantagem do Benfica, ditada pelo golo de Mitroglou - a importância de ter um ponta de lança de volta - ia essa primeira parte a meio.

Foi diferente, a segunda metade do jogo. O Braga passou a dividir ainda mais o jogo, aqui e ali um pouco mais arrastado, e sem que o Benfica o tivesse exactamente controlado. Estávamos nisto quando apareceu o segundo golo, convertido por Pizzi, em posição de fora de jogo. Mas só a posição lá estava, o impedimento não: a bola vinha de um adversário, condição que, como se sabe, coloca em jogo o jogador que a receba.

Com esse golo os jogadores do Braga perderam a concentração, fosse porque o tivessem sentido em demasia, fosse por não terem imediatamente percebido a sua legalidade. E então sim, o Benfica passou não só a dominar mas também a controlar o jogo em absoluto, chegando ao terceiro e deixando mais uns tantos por marcar, sempre por força da exibição de Marafona.

Estávamos nisto - um outro isto - com o jogo controlado, os minutos a passar, belas jogadas de futebol a sucederem-se no rectângulo, e todos à espera do golo do miúdo (José Gomes) quando, não se sabe como - ninguém percebeu como foi possível - o inevitável aconteceu. O inevitável não era o golo do Braga que, sejamos justos, até o merecia. Inevitável é o Benfica sofrer um golo. Pelo menos está a sê-lo, e é mau que seja assim. Vá lá rapazes: é tempo de fazer um intervalo. Agora que já lá estamos em cima, façam lá um esforçozinho para manter a baliza inviolável. Pelo menos num jogo!

Até porque, como bem diz o treinador, não há campeões à quinta jornada. Por enquanto é bom estar lá em cima. Óptimo seria de lá não sair mais...

01
Abr16

Baile... Hoje foi noite de baile!

Eduardo Louro

 

O Benfica não entrou bem no jogo. Bem, muito bem mesmo, entraram os adeptos, mais de 60 mil, que no minuto de silêncio de homenagem ao magriço e sportinguista Fernando Mendes acabaram por encontrar nas palmas a forma de abafar (o verbo está na moda, lá voltarei) a arruaça de uma meia dúzia. E bem, também muito bem, entrou o Braga, com 10 minutos extraordinários, a superiorizar-se claramente ao Benfica e a criar duas claras oportunidades de golo, uma das quais numa bola ao poste, no primeiro minuto.

A partir daí, e ainda antes de atingido o primeiro quarto de hora, o Benfica conseguiu libertar-se daquela teia, subiu no terreno e começou a pressionar o adversário logo à saída da sua área, invertendo por completo o que vinha sendo o jogo. Os erros, e os passes falhados na primeira fase de construção, que até ai tinham atingido o Benfica, passaram a acontecer no outro lado. Quando, aos 17 minutos, surgiu o primeiro golo, exactamente em consequência directa dessa pressão alta, já o Benfica tinha recuperado duas ou três bolas nas mesmas circunstâncias.

A partir daí o Benfica abafou - lá está o verbo de volta - o Braga por completo, fazendo desaparecer do jogo aquela que, na opinião de muito boa (ou talvez não) gente, era a equipa que melhor futebol pratica em Portugal. E fazer isso, fazer eclipsar a excelente equipa do Braga, é coisa que ainda se não tinha visto por cá.

No regresso para a segunda parte o Benfica refinou ainda mais o jogo, chegando a atingir aquilo que vulgarmente se designa por baile. Foi isso - o Benfica deu baile!

Foram cinco, mais cinco golos da máquina de os fazer, bem poderiam ter sido mais. E um sofrido, de penalti, no último lance do jogo. O penalti que os adversários tanto têm reclamado chegou finalmente. Não foi a pedido, foi mesmo penalti. Desnecessário, evitável, mas penalti. Quando houve razões para um árbitro o assinalar, o penalti aconteceu. Nada de mais. É isso que se pretende, seja um ano ou um jogo depois. O resto, é o resto é conversa de quem vem atrás!

 

01
Dez15

A sorte de resolver antes que outros o pudessem fazer

Eduardo Louro

Sp. Braga-Benfica, 0-2 (destaques)

 

 

Saiu-se bem, o Benfica, desta visita a Braga, onde se começava a construir uma História preocupante, que se acentuara justamente nos seis anos da última dinastia.

O jogo foi interessante, e foi acima de tudo muito competitivo. Com muita intensidade, duro, mesmo. É certo que, ao contrário do que tem sido habitual nestes últimos anos que construiram um novo clássico, desta vez o Benfica teve a sorte que sempre lhe fugiu. Teve acima de tudo a sorte de resolver o jogo antes que o árbitro - o velho conhecido, Hugo Miguel, que já só não é o último moicano porque já  começam a surgir mais novos moicanos - o conseguisse fazer.

Depois, num jogo que teve momentos em que o Braga pressionou o Benfica como nunca tinha acontecido, há espaço para algumas notas. A primeira é que se confirma que o Rui Vitória gosta de jogar  apenas com um ponta de lança, numa linha de 3. Não se sabe é se é Jonas - entenda-se a qualidade extra do jogador, daqueles que têm de jogar sempre - ou alguém de fora que o impede de colcar a equipa a jogar no seu sistema. A segunda é que o miúdo, o Renato Sanches, já mexe com a equipa: ao vê-lo correr como corre, os outros começaram também a correr. Traz outra dinâmica à equipa, é impossível não o perceber. Quem mais foi contagiado - e é esta a terceira nota - foi Pizzi, que hoje até já pareceu que pode muito bem jogar no Benfica.

Mais uma vez não foi assinalado um penalti a favor do Benfica. Já se lhe perde a conta. Mas não admira, o Sporting tem o monopólio desse produto. Em casa ou fora, sempre que não haja outra forma...

25
Out15

Porto Mole com os da Pedreira Dura não dá e não fura!

helderrod

Mudou-se a hora neste dia de Outubro, mas isso não implica que seja necessário mudar-se a equipa. Pareceu-me que a ausência de Rúben Neves no onze inicial não fez grande sentido! Perante um Braga encolhido na primeira parte e muito encolhido na segunda parte, o FC Porto não conseguiu furar o bloco dos arsenalistas. Terá faltado a imaginação indispensável nestes contextos. As jogadas estereotipadas não foram suficientes. Por vezes, é preciso surpreender. Esse factor falhou! Recordei hoje durante o jogo o saudoso Bobby Robson que, no seu português muito british, gritava incansavelmente "flancos, flancos". Hoje efectivamente faltou essa variante. Faltou jogar pelos flancos, pelas alas e fazer mais cruzamentos e arriscar mais. Jogar para trás e para o lado nem sempre é eficaz. Mesmo assim, é importante perceber que temos muito campeonato e que as coisas vão melhorar! Importa isso sim enfatizar a urgência na investigação das alegadas pressões de Vítor Pereira. Após o misterioso silêncio desde Julho, quando este caso foi espoletado na RTP Informação, foi necessária uma entrevista na imprensa forasteira para se voltar a falar deste caso. Investigue-se tudo bem investigadinho, para que sejam apuradas todas as responsabilidades e para que todos sejam capazes de pagar os seus próprios jantares!

Destaque-se igualmente a iniciativa solidária desta noite com a causa da luta contra o cancro da mama. O futebol pode e deve ser um veículo de sensibilização e de apoio a estas iniciativas!  

Uma palavra também para recordar José Maria Pedroto que no passado dia 21 de Outubro completaria 87 anos de idade!  Um forte abraço à família!                               Força, Porto!                                                                                                         Hélder Rodrigues

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