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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

20
Fev17

O jogo chave e a chave do jogo

Eduardo Louro

Mitroglou

 

Este era um dos jogos chave deste campeonato. Não tanto por ser em Braga, nem por ser já um clássico de elevado grau de dificuldade para o Benfica, até porque este Braga está muito à imagem de Jorge Simão: é mais bazófia. Este era, para o Benfica, um dos mais decisivos jogos deste campeonato mais pelas circunstâncias externas do que pelo próprio jogo. No estado em que as coisas estão, nesta altura do campeonato – aqui a expressão ganha todo o propósito –, as fichas caíam todas em cima deste jogo. O Porto, jogando na sexta-feira, tinha ganho e passaria para a frente desde que o Benfica não ganhasse. A actualidade da arbitragem, a fustigar sistematicamente o Benfica desde a última jornada da primeira volta e a beneficiar o Porto, muitas vezes de forma escandalosa, também faz das coisas o que elas são.

E vale a pena começar por aí. Esta XXII segunda jornada confirmou tudo o que tem vindo a acontecer desde o início do ano. Começou logo pelas nomeações, com o árbitro que abriu as hostilidades – Luís Ferreira, o tal dos três golos do Boavista – posto a dirigir o jogo do Porto, com o Tondela, e com o que expulsou e fez castigar Rui Vitória, Tiago Martins, mandado para Braga. E o que se viu no Porto foi por demais escandaloso, com o árbitro a desbloquear, nos últimos minutos da primeira parte, um jogo que não estava a correr de feição. Depois de perdoar ao Porto um penalti claro ofereceu-lhes um, inexistente. Depois de evitar a expulsão ao central portista, Filipe, expulsou um jogador do Tondela, numa jogada em que não só não cometeu nenhuma infracção como foi até agredido. Jogar contra dez já faz parte do guião do Porto. Já em Braga, nos primeiros vinte minutos do jogo, o árbitro não veria dois penaltis a favor do Benfica – carga sobre o Salvio dentro da área e, depois, um corte de um defesa bracarense com a mão – mas veria um fora de jogo inexistente para anular um golo limpo a Mitroglou.

Por todo este estado de coisas, que pelos vistos está para ficar, para o Benfica todos são jogos chave.

O Benfica entrou bem, a fazer lembrar o jogo da época passada, que ficou resolvido nos primeiros vinte minutos, mesmo que sem a mesma exuberância. Foi, mesmo assim, o melhor período da equipa e não tivesse sido o já referido dedo do árbitro – não se ficou por aí, por duas vezes interrompeu ao Benfica lances prometedores, como agora se diz, para assinalar faltas ocorridas lá atrás, em benefício claro ao infractor – o jogo teria voltado a ficar resolvido bem cedo. Mas como os penaltis não foram assinalados, o golo de Mitroglou não valeu e noutra ocasião o grego, só com o guarda-redes pela frente, na pequena área, rematou por cima, o jogo fechou-se. O Benfica, sempre com muito mais bola, não voltaria a ter grandes ocasiões para marcar. Nem o Braga, com uma única oportunidade em todo o jogo, no remate de Bataglia ao poste.

A segunda parte continuou intensa, com tudo – espaço e bola – muito disputado. O jogo, nem sempre bonito, manteve-se aberto. E emotivo. Sem que se vislumbrassem grandes desequilíbrios, nem mesmo quando o jogo começou a ficar mais partido, nem grande inspiração nos principais artistas, o nulo era uma ameaça séria. Faltavam dez minutos para os noventa quando, de quem menos se esperaria, saiu o lance de génio que resolveu o jogo. Surpresa só pela forma com “despachou” quatro defesas contrários dentro da área, porque na verdade só Mitroglou tinha a chave do jogo. Só ele podia marcar: o Benfica jogou muito, mas rematou pouco. Bem mais rematou o Braga, que jogou muito menos!

01
Dez15

A sorte de resolver antes que outros o pudessem fazer

Eduardo Louro

Sp. Braga-Benfica, 0-2 (destaques)

 

 

Saiu-se bem, o Benfica, desta visita a Braga, onde se começava a construir uma História preocupante, que se acentuara justamente nos seis anos da última dinastia.

O jogo foi interessante, e foi acima de tudo muito competitivo. Com muita intensidade, duro, mesmo. É certo que, ao contrário do que tem sido habitual nestes últimos anos que construiram um novo clássico, desta vez o Benfica teve a sorte que sempre lhe fugiu. Teve acima de tudo a sorte de resolver o jogo antes que o árbitro - o velho conhecido, Hugo Miguel, que já só não é o último moicano porque já  começam a surgir mais novos moicanos - o conseguisse fazer.

Depois, num jogo que teve momentos em que o Braga pressionou o Benfica como nunca tinha acontecido, há espaço para algumas notas. A primeira é que se confirma que o Rui Vitória gosta de jogar  apenas com um ponta de lança, numa linha de 3. Não se sabe é se é Jonas - entenda-se a qualidade extra do jogador, daqueles que têm de jogar sempre - ou alguém de fora que o impede de colcar a equipa a jogar no seu sistema. A segunda é que o miúdo, o Renato Sanches, já mexe com a equipa: ao vê-lo correr como corre, os outros começaram também a correr. Traz outra dinâmica à equipa, é impossível não o perceber. Quem mais foi contagiado - e é esta a terceira nota - foi Pizzi, que hoje até já pareceu que pode muito bem jogar no Benfica.

Mais uma vez não foi assinalado um penalti a favor do Benfica. Já se lhe perde a conta. Mas não admira, o Sporting tem o monopólio desse produto. Em casa ou fora, sempre que não haja outra forma...

26
Out14

O efeito champions

Eduardo Louro

 

Quem viu a primeira meia hora deste jogo de Braga não julgaria possível que o jogo acabasse como acabou. O que se viu foi o Benfica a jogar – e a jogar bem – e o Braga a fazer faltas!

Aos vinte minutos já o Benfica podia ter o jogo resolvido, e o Braga devia estar a jogar com menos um. Mas nem o Benfica concretizou em golos as oportunidades que criou, nem o árbitro expulsou o Danilo, mostrando-lhe o primeiro amarelo quando deveria estar a mostrar-lhe o segundo. Que acabaria por ver só quando o jogo estava a acabar!

O Benfica fez, nesse período, o que de melhor se viu fazer nesta época. O problema foi perceber-se que isso foi muito mais demérito do adversário que mérito próprio. Foi perceber-se que tudo aquilo saía bem porque o Braga estava perdido no campo e dava todos os espaços para Gaitan, Enzo, Talisca e Salvio fazerem tudo o que sabem. E sabe-se que Gaitan sabe muito…

Por volta da meia hora de jogo, de um alívio da defesa sairia uma jogada de contra ataque que, no primeiro remate do Braga, deu o empate. E a partir daí toda a superioridade do Benfica se esfumou, começando a perceber-se que as coisas não iam correr bem. Este era um jogo de champions, tinha Jorge Jesus avisado. Esse é o problema, os jogos da champions... Mas não era, era um jogo da liga portuguesa e apenas a segunda dificuldade que o calendário apresentava! 

Se o último quarto de hora da primeira parte deixava perceber isto, o primeiro da segunda confirmava-o, e o cheiro a golo mudou de baliza. O Benfica desapareceu do jogo e só voltaria a criar oportunidades de golo quando já estava a perder, e mais de 80 minutos de jogo tinham passado.

É certo que até ao apito final do árbitro – que fez uma arbitragem desastrada deixando, entre uma infinidade de erros, passar em claro penaltis para ambos os lados, e uma agressão do Ruben Micael – criou oportunidades suficientes para ganhar o jogo, mas era tarde…

Mas ficou muito por fazer para ganhar este jogo. Especialmente da parte de Jorge Jesus, que levou um banho do Sérgio Conceição.  O efeito champions não se fez sentir apenas desgaste físico em Gaitan e Salvio, deve-se ter feito sentir também na cabeça do treinador!

O que não ficou por fazer foi aquilo que já é habitual em Braga: confusão. A confusão que fez com que nos 6 minutos de compensação praticamente não se jogasse mais que um!  

30
Mar14

O jogo chave e os momentos de viragem

Eduardo Louro

 

Lima dá a vitória ao Benfica em Braga

 

E pronto, Braga já ficou para trás. Era uma das últimas esperanças, se não mesmo a última…

Dizia-se que este era o jogo chave, mas todos nos lembramos qual era o jogo chave no ano passado… Afinal não era esse, era o seguinte!

Está portanto claro. O jogo chave é o próximo, contra o Rio Ave!

Neste que era mas já não é (foi) o jogo chave do título o Benfica não fez uma exibição de encher o olho, mas também não caiu por aí além. Entrou forte e marcou, ainda dentro do primeiro quarto de hora. Depois, bem… Não se pode dizer que tenha voltado àquela atitude de gerir o jogo, que aqui se tem criticado. Mas também não o matou, como aqui se tem reclamado. Só que não foi por falta de oportunidades!

O Benfica nunca perdeu o controlo do jogo, nunca no ar pairou outra ameaça que não aquela velha máxima do futebolês de que quem não marca sofre. Apenas esse fantasma ensombrou de alguma forma o jogo de Braga, porque o Benfica ia sucessivamente desperdiçando oportunidades, umas mais claras que outras, até ao penalti que Rodrigo falhou à entrada do período de descontos.

Para além de mais um passo na direcção certa, e de mais um golpe em certas esperanças, este jogo fica marcado pelo regresso de Pedro Proença aos jogos do Benfica. A nomeação caiu muito mal no universo benfiquista, mas a maior pedra no sapato dos benfiquistas fez uma boa arbitragem, e desta vez até marcou um penalti – pela primeira vez, creio – a favor do que diz ser o seu clube do coração. Pode ter sido um momento de viragem, agora que se percebe que outros momentos de viragem vêm acontecendo!

Por exemplo, no Funchal não aconteceu nada. É o que dizem!

Aconteceu que o Porto perdeu pela sexta vez neste campeonato, a confirmar que alguma coisa mudou. Mas não aconteceu mais nada. E as palavras dos responsáveis portistas e as perguntas dos repórteres da Sport TV negam que alguma coisa tenha mudado. Se realmente se confirmar que nada se passou, que tudo o que se viu não passou de ilusão óptica, é porque ainda faltam afinal muitos momentos de viragem!

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