Vamos lá a ver se é desta...
Sem grande história este jogo de estreia do Benfica na Taça, uma competição que há muito não ganha. Desde 2004, quando ganhou ao Porto de Mourinho. Voltaria a marcar presença na final no ano seguinte, quando podia e devia ter feito a dobradinha, mas, por inexplicável negligência e irresponsabilidade – com a equipa a perder-se nos festejos do título e até com uma viagem à Hungria, em romagem ao túmulo do saudoso Miklos Feher – acabaria por permitir que a Taça fosse para Setúbal.
Para a História fica o resultado de 4-0, a presença dos dois candidatos - ou melhor, de um candidato e do presidente - na terra do capão, e o Benfica mais português dos últimos anos, com a utilização de cinco jogadores portugueses, todos eles em bom plano, apesar do André Almeida – utilizado como lateral direito – precisar claramente de afinar o último passe e o cruzamento. O Paulo Lopes fez duas defesas que evitaram outros tantos golos, e o Luizinho, que não começou bem, foi crescendo, ganhando confiança e acabou em bom nível. O André Gomes confirmou, com um golo de grande execução mas não só, as esperanças que os benfiquistas nele depositam: está ali um grande jogador de futebol!
O Carlos Martins esteve muito bem e é claramente um jogador que faz muita falta na equipa. É criterioso, pensa e percebe o jogo como mais ninguém. Tem uma capacidade de passe ímpar e remata de fora da área como mais nenhum outro. Pena que, neste regresso, tenha sido o primeiro a sair, ainda antes da hora de jogo. Saiu visivelmente insatisfeito. Não havia necessidade…
Esteve mal Jorge Jesus: substituiu-o pelo Bruno César, que entrou para o meio, quando, minutos depois, substituiria o Salvio pelo André Gomes, que foi ocupar a posição momentânea do Chuta-Chuta, que passou para a posição que era do argentino, na ala direita. Fosse Jorge Jesus verdadeiramente competente na gestão deste tipo de pormenores – que rapidamente se transformam em pormaiores - e a primeira substituição seria directamente de Salvio por Bruno César, substituindo de seguida Carlos Martins por André Gomes. Mas já sabemos que o mestre da táctica tem grande dificuldade em lidar com a gestão de sensibilidades!
Fecha-se como se abriu: a Taça anda a fugir há muito. Vamos lá a ver se é desta…