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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

26
Fev19

Hoje no menu havia tiki-taka

Eduardo Louro

Imagem relacionada

 

Em véspera do jogo de (quase) todas as decisões o Benfica voltou a mostrar o seu grande futebol, com os jogadores a dizerem aos adeptos: "keep calm", nós estamos cá!

O jogo até nem começou lá muito bem, foram até do Chaves o primeiro remate e, logo depois, a primeira oportunidade de golo. Não passaram no entanto de meros incidentes de jogo, logo se percebeu que o Chaves pretendia apenas manter-se fechado lá atrás, com duas linhas de cinco jogadores muito juntas, sem espaço para lá entrar quem quer que fosse.

Como este Benfica transforma cada ameaça numa oportunidade - as ausências de André Almeida e Ferro foram simplesmente oportunidades para duas boas exibições de Corchia e Samaris, a central - este posicionamento da equipa flaviense foi a oportunidade para mostrar o tiki-taka que ainda não tinha apresentado. E sufocou o adversário, retirando-lhe todo o ar que precisava para respirar. 

O primeiro golo, aos 18 minutos por Rafa, então o rematador-mor da equipa, nasceu disso mesmo, desse sufoco. Que não fez o Chaves alterar a estratégia que trouxera para a Luz, pelo que o Benfica continuou com o seu tiki-taka, com momentos de grande brilhantismo. Só com o segundo, aos 37 minutos, por João Félix, o Chaves abandonou o sistema das duas linhas defensivas encostadas, permitindo ao Benfica passar ao segundo acto, então com o jogo mais esticado, onde Gabriel (o melhor em campo e de luto, no dia da morte da avó) é um solista emérito. Não rendeu mais que um golo, este segundo acto. por Seferovic, a ilustrar bem a qualidade deste seu futebol mais vertical.

Com 3-0, em nove oportunidades claras, pela Luz passou a lembrança do que se passou com o Nacional, há quinze dias. Mas na segunda parte as coisas acabaram por correr de forma algo diferente. Até porque o desperdício de três ou quatro grandes oportunidades logo no arranque, e mesmo a arbitragem de Manuel Mota, sempre na linha do costume, prolongaram o resultado da primeira parte até próximo do fim do jogo. E isso, e provavelmente já com o próximo jogo na cabeça dos jogadores, levou-os a abrandar o ritmo. E nalguns momentos alguma concentração, mesmo que nunca abaixo do níveis de compromisso que são a marca desta equipa.

Foi então oportunidade de matar um pouco "da fome de bola de Jonas" - a tempo de ver mais um amarelo das mãos de Manuel Mota, e de fechar o marcador nos 4-0, já em cima do minuto 90 - e de estrear mais um puto maravilha: Jota, pois claro!

E agora ... vamos esperar tranquilamente pelo Dragão. E pelo que, até lá, de lá certamente virá!

28
Set18

Seferovic? Para jogar bem, há melhor!

Eduardo Louro

 

Não é normal jogar-se à quinta-feira para a Liga, em Portugal. Aconteceu ao Benfica, em Chaves, no arranque da sexta jornada, mas teve para não acontecer: a chuva diluviana que caiu em Trás-os Montes durante a tarde e o início da noite deixou, à hora marcada para o início do jogo, o relvado completamente alagado.

Tudo se resolveu numa hora, e pouco depois das nove e um quarto da noite já a bola rolava. E três minutos depois já descansava bem encostada às redes do Chaves, num belo golo de Rafa, a concluir uma espectacular jogada de contra-ataque: Sefereovic numa abertura espectacular para Cervi que, de pé no fundo, foi por ali fora até cruzar para a entrada de Rafa. 

E o jogo mudava, logo quando acabava de começar. O Chaves teve de procurar assumir o jogo, e o Benfica parecia gostar das novas permissas. Só que as coisas complicaram-se com a lesão de Jardel, ainda mais porque Conti, que o substituiu, entrou mal no jogo. E acabou por sair pior...

Não foram no entanto muito mais que cinco minutos complicados, entre os 15 e os 20 minutos, quando Rafa atirou ao poste, e o Benfica voltou ao seu registo de superioridade sobre o adversário. Entretanto, e com alguma surpresa, o relvado aguentava-se e permitia um jogo interessante.

A segunda parte arrancou em bases bem diferentes das da primeira, e o Benfica voltou àquilo que têm sido os últimos jogos. Domínio claro do jogo, e sucessivas oportunidades de golo: quatro, só no primeiro quarto de hora.

Todas desperdiçadas, com especial destaque para Seferovic. Que até está a jogar bem, e que até foi decisivo nos dois golos da equipa. O problema é que para jogar bem, o Benfica tem muitos outros jogadores, e até melhores. Precisa dele é para marcar golos, e isso, ele não faz.

Quando assim é, quando se desperdiçam sucessivas oportunidades e se deixa o jogo em aberto, correm-se sérios riscos e permite-se que o adversário, a cada oportunidade perdida ganhe novo fôlego.

E o inevitável acabou mesmo por acontecer, da forma mais inacreditável. Não se percebe o que terá passado pela cabeça do guarda-redes do Benfica quando, num livre a 29 metros da baliza, prescinde de barreira - sim, colocar lá dois jogadores, não é barreira nenhuma - e permite um golo de todo inaceitável. A um quarto de hora do fim... 

O Benfica já tinha perdido Gabriel, de novo por lesão. Abriu a nova época da lesão na Luz: quatro nos dois últimos jogos. Entrou Gedson, e como na primeira substituição, também não entrou bem. 

Com o empate, Rui Vitória lançou Jonas.  Mas voltou a ser Rafa, hoje de longe o melhor e finalmente com golo, a voltar a colocar o Benfica por cima no resultado. Faltavam seis minutos para os noventa, e não passava pela cabeça de ninguém que o Benfica não ganhasse o jogo.

Só que, três minutos depois, o árbitro João Capela, que já nos minutos finais da primeria parte transformara um penalti a favor do Benfica num livre fora da área, cobrado disparatadamente pelo Grimaldo, decidiu expulsar o central Conti. Com 10, e com a instabilidade emocional que uma expulsão sempre acarreta nesta fase do jogo, o Benfica permitiu o empate - de novo pelo arménio Ghazaryan (dois remates, dois golos), e de novo com a passadeira estendida, desta vez a partir dos espaços onde já não estava Conti - no último dos 5 minutos de compensação. O segundo em apenas seis jornadas que faz com que, muito provavelmente, chegue ao clássico, na próxima jornada, já atrás do Porto. Com muitas culpas próprias, mais ainda que as do inacreditável João Capela!

 

15
Ago17

Resultado pequeno em vitória grande

Eduardo Louro

Resultado de imagem para chaves benfica

 

Curta, mas grande, esta vitória do Benfica em Chaves. E limpa e justíssima, em mais uma boa exibição. Muito boa, mesmo!

Na primeira parte foi um grande jogo, intenso e bem jogado, com o Chaves a dar a sua contribuição para um espectáculo de grande nível. A equipa agora orientada por Luís Castro soube sempre responder à boia exibição do campeão, com uma boa organização defensiva e sempre pronta a sair para o contra-ataque com grande velocidade e excelente movimentação, com rápidas e bem trabalhadas trocas de bola. Foi bonito de ver.

O Benfica fez o que lhe competia fazer – tomar conta do jogo, mandar nele, impondo um ritmo elevado e apresentando o seu futebol, sempre muito variado na procura de soluções. Criou três boas oportunidades para marcar, mas o golo nunca apareceu. Numa, a bola ficou-se pelo poste, noutra foi o Nuno André Coelho – grande exibição na primeira parte – a sacudi-la em carrinho quando ia mesmo a entrar, e noutra foi o guarda-redes Ricardo, regressado ao activo e a confirmar a sua especial apetência para brilhar nos jogos com o Benfica, a negar o golo.

A segunda parte foi bem diferente. O Chaves abdicou de jogar à bola, e optou declaradamente pelo anti-jogo, apenas preocupado em quebrar o ritmo do jogo, com a complacência – mais do que isso, com o momento que escolheu para voltar a interromper o jogo para que os jogadores se refrescassem – do árbitro Jorge de Sousa. Os jogadores do Chaves, que tão bem tinham mostrado que sabiam jogar à bola, preocupavam-se apenas com chutão para o ar. A relva só lhes servia para se deitarem.

O Benfica procurava o golo de todas as maneiras, mas havia sempre mais uma perna a pôr-se á frente da bola. E quando conseguia desenvencilhar-se das vinte pernas que estavam ali à frente da baliza, lá estava o Ricardo. E assim se foram passando os minutos perante o desespero dos adeptos, que nunca passou para os jogadores. Esgotados os noventa, Jorge de Sousa deu 6 minutos de compensação. Coisa pouca para cinco substituições, para a tal paragem para refrescamento e para as assistências médicas aos jogadores do Chaves, mas suficiente para o Benfica chegar finalmente ao golo, numa jogada que é a prova provada que a equipa não estava desesperada. Em vez de bombear bolas para a área adversária o Benfica continuava a desenvolver o seu futebol de variação de soluções. E foi assim que, aos 92 minutos, Rafa foi à linha pegar a bola para a cruzar, de primeira, rasteiro, para Sferovic fazer o golo com um desvio subtil, em antecipação ao guarda-redes, vinte e tal remates e para aí uma dezena de oportunidades depois.

Curiosamente, nesta segunda jornada, o Benfica repetiu o resultado dos outros dois candidatos. Só que sem peripécias, para não lhes chamar outras coisas.

25
Fev17

#nãobrinquemcomozepovinho #podemcancelarareuniao

helderrod

Lamentável. Deplorável. Inadmissível! Três adjectivos para qualificar o sucedido no último jogo no Estádio da Luz. É certo que um árbitro pode errar, mas disseminar propositadamente esses erros é no mínimo execrável.

Já muito se discutiu sobre as transmissões da BTV, mas para quem tinha dúvidas quanto à isenção e manipulação de imagens, este SLB-GDChaves expõe de forma clara e inequívoca a adulteração da verdade.

No lance do primeiro golo de Mitroglou, as imagens surgem apenas de uma câmara provavelmente postada no terceiro anel. Onde está a repetição da câmara que está atrás da baliza? Onde está a repetição da câmara do lado oposto? Ela existe. Mas não conveio mostrar. Uma vergonha!

Mais, no penalty claro de Eliseu aos 49 minutos, só podemos visualizar as imagens corridas de alguma gente que se dignou a filmar a emissão da BTV. 

É assim que a BTV tem gerido os jogos na LUZ. Um verdadeiro circo. Uma palhaçada que pretende ocultar a verdade do jogo.

Mas o que é mais grave é ver o resumo da TVI24 e o jornalista que faz o comentário ao primeiro golo pura e simplesmente ignora a falta de Mitroglou, falando apenas do número de golos do avançado grego no presente campeonato! O que pensa Joaquim Sousa Martins sobre isto?

Nem a TVI, nem a RTP, nem a SIC mostram o penalty não assinalado aos 49 minutos contra o Benfica. Porquê?

Tudo isto com a anuência do treinador do Chaves que surge em grande plano a dar os parabéns ao Rui Vitória. 

É contra isto que os portistas lutam. Contra este conluio que até o Rodolfo Reis consegue iludir como se viu no último Play off.

É esta vergonha que esconde a secura de mais de 50 anos sem títulos internacionais. Que engana muita gente humilde. 

É preciso desmascarar esta gente, pois acredito que haja benfiquistas que não gostam daquilo que vêem. 

 

#podemcancelarareunião

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Força, Porto!

Hélder Rodrigues

25
Fev17

Deixem-se lá de coisas obsoletas!

Eduardo Louro

Benfica 3-1 Chaves

 

Grande jogo na Luz, nesta noite de sexta-feira, já de Carnaval, de novo com mais de 50 mil nas bancadas. Que sofreram a bom sofrer, desta vez.

Foi um jogo intenso, bem jogado e com muita, muita emoção. O Benfica sofreu, e fez sofrer os adeptos, por culpa própria, mas também muito por culpa de um excelente Chaves, que joga á bola como gente grande.

Que começou o jogo justamente a explicar isso, que sabe jogar à bola, e foi durante todo o primeiro quarto de hora bem melhor que o Benfica, que falhava no meio campo e falhava nos centrais, que não atinavam na linha do fora de jogo. O Benfica chegaria no entanto ao golo pouco depois de esgotado esse período, na segunda vez – a primeira tinha sido logo na saída de bola – que rematou à baliza da equipa flaviense, e passaria então a mandar no jogo.

Teve então vinte minutos de boa qualidade, com o seu futebol habitual, mas deixando sempre a ideia de muita parra para pouca uva. Por isto ou por aquilo – quase sempre velocidade a menos e hesitações a mais – as sucessivas vagas de futebol atacante do Benfica ficavam bem longe de atingir os objectivos. Nem grandes oportunidades, quanto mais golos.

Depois percebeu-se que o Benfica tinha voltado a trazer o interruptor para o jogo. E que o utilizava com alguma frequência, ligando-se e desligando-se do jogo com total despropósito. O Chaves chegaria ao empate mesmo à saída para o intervalo, e deixaria claro que este era um jogo com tudo para ficar muito perigoso.   

Com o segundo golo, em mais uma grande jogada de futebol concluída pelo Rafa, logo no início da segunda parte, o Benfica voltou ao grande futebol. Voltaram a suceder-se as vagas de ataque, com os jogadores do Chaves a terem de correr atrás da bola, agora a circular com mais velocidade entre os jogadores do Benfica, já com Jonas em campo. A equipa era agora mais consequente, e as oportunidades de golo sucediam-se. Os golos é que não, porque os remates invariavelmente não acertavam com a baliza.

Com o passar dos minutos, e a bola sem entrar, os jogadores da equipa transmontana começaram a acreditar cada vez mais. E como sabem jogar à bola, e o Benfica ainda lá tinha o interruptor, nos últimos dez minutos as coisas complicaram-se. Mas pelo meio pairou sempre a ideia que este era um jogo bem mais complicado do que, a cada momento, parecia. Só deixou de ser assim no minuto 89, quando o Mitroglou – em grande forma, com mais uma bela exibição – bisou e fez finalmente o terceiro.

E lá continuamos na frente. Mas é bom que esqueçam os interuptores. Estão obsoletos, agora usam-se sensores. 

20
Dez16

As Chaves do Sucesso e o Analfabetismo Funcional do livre arbítrio

helderrod

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E assim terminou mais uma noite fria no Dragão. Não se tratou daquele frio seco transmontano. Foi uma cadência de arrefecimento galopante.

Mas enquanto a temperatura climática baixava, o mercúrio no termómetro do jogo aumentava. Para lá de um Chaves com um futebol de qualidade assinalável (terá sido uma das melhores equipas a jogar no Dragão nesta temporadada), houve um segundo opositor não menos omnipresente. O árbitro fez questão de se embrulhar neste bom jogo de futebol. Não foi apenas naquele momento em que quase obstaculiza Brahimi numa incursão do jogador pelo meio campo. Foi o critério na mão na bola. Recordo três lances em que, apesar da boa colocação do árbitro, nunca foi admoestada a falta por mão na bola.

Esta ambivalência de interpretações. Este livro arbítrio na análise de lances desta natureza tem que acabar de uma vez por todas. A carência de objectividade no critério e na interpretação destes lances atingiu um limite intolerável. 

Apela-se aos irRESPONSÁVEIS DA ARBITRAGEM que estabeleçam um denominador comum extra colinho para que possam convergir num critério imparcial, universal e justo.

Destaco assim três factores a terem em conta:

Ponto Um - As papoilas ostentam pétalas, mas esse facto não lhes permite saltitar a bola com as mãos e com o braço.

 

Ponto Dois - Um carrinho é um movimento realizado por jogadores de futebol que, aprioristicamente, têm dois braços os quais exercem um papel fundamental para que os mesmos não batam com a cabeça no chão na execução do carrinho.

 

Ponto Três - A equidade é uma coisa bonita no Desporto.

 

Posto isto, o FCP conseguiu transcender-se na segunda parte e o cansaço advindo deste acumular de jogos ficou congelado com a raiva e a revolta daquilo que se passava dentro das quatros linhas. A Instituição Futebol Clube do Porto estava a ser desrespeitada no seu próprio reduto. A equipa sentiu isso e deu a volta num grito de revolta. O apoio gutural vindo das bancadas foi determinante para o primeiro golo no jogo (para mim também contou e o Dragão fez questão de o registar), por parte de André Silva que merecia ter chegado ao fim do ano cívil na frente dos melhores marcadores. 

Depois, mais dois penalties por assinalar (já vamos em quinze neste campeonato) e já nem sequer tenho palavras para qualificar aquilo que se tem verificado. Está inquinado, desvirtuado e aldrabado este campeonato. 

Uma palavra também para Casillas que revelou muita qualidade ao negar o segundo golo ao Chaves; para Depoitre que puxou dos galões e deixou-nos um golo no pinheirinho e, finalmente, para um gigante Danilo que respondeu em campo a uma questão de Rui Cerqueira no Porto Canal quando este o desafia a confessar sobre o que ele (Danilo) pode fazer para melhorar o seu desempenho. Danilo respondeu nessa entrevista que tinha de chutar mais vezes de fora de área. Assim o fez!!!!

 

Obrigado, Danilo!

Um Feliz Natal a todos os leitores (mesmo àqueles que não gostam do que escrevo) e a todos os Portistas de todo o MUNDO!

 

Força, Porto!

Hélder Rodrigues

Créditos fotográficos de Raurino Monteiro

 

 

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16
Dez16

Ode Marítima

helderrod

Sozinho no Dragão algo deserto nesta noite de Outono. Olho pro lado da relva, olho pro onze inicial. Olho e contenta-me ver, Pequeno, número oito, uma bola entrando. Vem muito tarde na primeira parte, nítido, um golo à sua maneira. Deixa no ar distante atrás de si a orla de mais um penalty por se marcar. Vem jogando bem o Oliver Torres numa grande primeira parte e o Danilo entra com ele.  Aqui, acolá, acorda a vida marítima, erguem-se bandeirolas, avançam foras de jogo mal assinalados. Surgem na segunda parte pequenas reacções de trás dos marítimistas que estavam no Porto. Há uma vaga brisa. Mas a minh'alma está com o que vejo na luta de André Silva e, com o golo que entra apanha o Marega na tabela dos melhores marcadores. Com 745 minutos de folha limpa, com o sentido marítimo desta hora, com a doçura dolorosa que sobe em mim como uma náusea surge o golo dos madeirenses no único remate enquadrado à baliza de Casillas.

E com esta "adaptação" do texto de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa) poderia continuar a descrever o jogo desta noite que já vai longa. Foram mais três pontos conquistados num campeonato que se prevê difícil, mas não impossível. São já quinze jogos sem perder e a regularidade vencedora típica do FCP parece estar de regresso.

Uma palavra também para João Carlos Teixeira que trouxe coisas novas ao jogo e, com este toque de bola, há que trazê-lo mais vezes para a competição.

Numa espécie de "boxing day" à moda do Porto, é já na segunda-feira a recepção aos flavienses que acabam de perder o seu treinador para o Braga, apesar de Jorge Simão estar ainda presente no Dragão. Contudo, a máquina não pode parar e importa continuar com esta dinâmica ofensiva e vencedora! 

Força, Porto!

Hélder Rodrigues

Créditos fotográficos de Raurino Monteiro

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19
Nov16

Salapismos de Capela e um cibo de incompetência

helderrod

Costumava-se dizer nesta competição tão querida dos portugueses "hoje houve taça!". Porém, há agora uma novidade que se confunde com a clássica expressão. Hoje houve Capela. 

Mais uma vez, o homem puxou dos galões e desta feita não assinalou três penalties ao FC Porto e, por ventura, um outro ao Chaves. É um INCOMPETENTE que demonstra o quão podre está a arbitragem em Portugal.

Sei que pareço repetitivo. Mas a realidade obriga-me a reiterar a inaceitável toada das arbitragens nos jogos do FC Porto. Neste momento o rácio é o seguinte: 13/11! Dividam agora 13 por 11. Depois, multipliquem por 100. Obterão a percentagem do coeficiente da arbitragem a roubar penalties ao Futebol Clube do Porto.

Não podem brincar assim com a Instituição Futebol Clube do Porto. 

Aqui não há dúvidas entre o vapor e o cuspo. São 13 penalties em 11 jogos. Uma dúzia de abade.

Uns queixam-se por causa de um jogo no qual chegam ao empate num penalty inexistente sobre Gonçalo Guedes.

Outros passeiam miríades de maus exemplos para os jovens, cuspindo indiscriminadamente para tudo e para todos. Ainda ontem foram precisos penalties simulados e dois golos foras de jogo para amenizar o putativo escândalo...

E, no entretanto, há um clube. O melhor clube português consubstanciado pelos sete títulos internacionais que lhes confere um prestígio inigualável e díspar no nosso futebol continua a ser vilipendiado de forma constante pela arbitragem, pela maioria da imprensa e da opinião.

Isto tem que acabar! Dê para onde der.

Contudo, houve também um cibo de incompetência em terras transmontanas. 

Adivinhava-se uma tarefa difícil em Chaves, mas no escalonamento do onze houve falhas. Este era o jogo mais importante para as hostes portistas no presente. Como tal, as opções deveriam passar pelo melhor onze. Assegurar a passagem bem cedo e gerir o resto do jogo era claramente a melhor solução.

De que vale falar em pilares, se removemos a importância dos alicerces? Em tempos criticavam o treinador basco por desconhecer a importância desta competição no futebol português, aquando do jogo Porto-Sporting há duas épocas atrás num contexto pós-selecções. O que têm para dizer agora?

Agora há que olhar em frente e não facilitar em Copenhaga. Entrar com tudo na próxima terça-feira, porque a margem de manobra reduziu-se um cibo e os portistas estão atentos.

 

Força, Porto! Hélder Rodrigues

Créditos fotográficos: Raurino Monteiro

 

 

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24
Set16

"Duas partes distintas"

Eduardo Louro

 

Afigurava-se muito difícil este jogo que opunha, em Chaves, as únicas duas equipas ainda invictas na prova.

A primeira parte confirmou em absoluto essas dificuldades, e mostrou um jogo com muito Benfica (dois terços de posse de bola) mas pouco bem, e pouco Chaves, mas muito bem. Que não precisava de ter muita bola para jogar bem e, em dois ou três passes, colocar jogadores na cara do guarda-redes Ederson, regressado à baliza nos jogos do campeonato (a sugerir que Rui Vitória vai provocar a alternância com Júlio César em jogos, que não em competições).

Muito bem posicionada e com um meio campo muito pressionante, a equipa do Chaves recuperava a bola em zonas adiantadas do campo, e por isso não precisava de muito para a colocar em zona de remate. O Benfica revelava dificuldades de posicionamento em André Horta, e até em Fejsa, sistematicamente abafados pela pressão dos jogadores adversários.

Deste jogo resultaram dois golos anulados por fora de jogo – bem, o anulado ao Chaves, mal – erradamente – o anulado ao Benfica, e duas grandes oportunidades de golo – uma para cada lado. Falta de sorte para o Chaves, com a bola a bater duas vezes no poste e, à terceira, a sair ao lado. Grande defesa do guarda-redes flaviense, na grande oportunidade do Benfica.

Na segunda parte o jogo foi outro. Porque o Benfica, mantendo embora os mesmos jogadores, rectificou posições (especialmente André Horta, que subiu mais). Mas também porque o jogo que o Chaves fizera precisa muito de pernas e de pulmão. E já não os tinha. Nem havia vídeo motivacional que os trouxesse de volta... 

E começou a perceber-se que o Benfica iria ganhar o jogo, mesmo que Rui Vitória continuasse a insistir no sub-rendimento de Salvio. Que penaliza duplamente a equipa: pelo seu próprio défice de rendimento e porque obriga a atirar Pizzi – jogador fundamental neste futebol do campeão – para a esquerda, onde rende também menos. E a verdade é que o primeiro golo só chegou (Mitroglu, aos 69 minutos) depois de Salvio ter deixado o campo, aos sessenta.

Antes, ainda mais um golo anulado ao grego. Desta vez bem.

Com vinte minutos para jogar, com o jogo da primeira parte ainda fresco na memória, e com a propensão da equipa para sofrer sempre o seu golito, ansiava-se pelo segundo, para matar o jogo. Que chegou, por Pizzi, um quarto de hora depois. E mais duas ou três oportunidades para aumentar o score

Sempre sem que o Chaves sequer assustasse.

No fim, vitória clara e mais fácil do que as dificuldades da primeira parte fariam supor. Num jogo com duas partes distintas - como se diz em futebolês - onde, ao contrário do que é normal por este país fora, o Benfica não jogou em casa

18
Set16

Vindo eu, vindo eu da cidade de Viseu...Ai, Jesus, que lá vou eu!!!!

helderrod

O futebol é de facto uma verdadeira caixinha de surpresas. No final de tarde, a jornada foi surpreendente. 

As vitórias forasteiras do Chaves, do Paços e do Feirense já constituam a peculariedade desta ronda, mas o empate do FC Porto em Tondela e, mormente, a derrota do Sporting em Vila do Conde após uma vitória de elevada moral, com a derrota em Madrid foi interessante. É caso para dizer que pela boca morre peixe nas Caxinas...

Quanto ao meu FCP parece-me incompreensível tamanha confusão. A lentidão no jogos traz sempre consequências e a parca objectividade também. É preciso muito mais. Exige-se muito mais.

É importante mostrar a título de exemplo aos avançados do FC Porto a forma como Messi, Suarez e Neymar endossam sempre a bola ao colega que está melhor posicionado para concretizar. Hoje ficou a sensação que se houvesse mais "cabecinha" o Porto chegaria aos golos.

Importa igualmente adir que é inadmíssivel a forma como um árbitro beneficia o infractor prejudicando directamente o Porto que, na pessoa de Adrian Lopez se isolava num dois para um, para concretizar o golo. Não se pode aceitar este erro crasso do árbitro Hugo Miguel.

Todavia, o Porto precisa de mudar e muito no que à dinâmica de jogo diz respeito! Ainda há muito campeonato e pode ser que o Braga nos possa surpreender na Luz.

 

Força, Porto!

Hélder Rodrigues

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