Tudo serve para desempatar. Mas só o que está empatado!
Jogou-se para a Taça, este fim de semana. São jogos a eliminar, "mata-mata", como dizia o outro. Se estiverem empatados, há prolongamento para desempatar. Se depois do prolongamento o empate se mantiver, vai para penaltis.
Tempos houve em que, em vez de penaltis, a coisa se resolvia por moeda ao ar. E outros em que o prolongamento terminava logo que fosse marcado o golo que desempatasse. Talvez por consistência com o "mata-mata" de Scolari, chamavam-lhe "morte súbita". Toda a gente se lembra daquela meia-final do europeu de 2000, e daquele famoso penalti do Abel Xavier, que deu o golo a Zidane, e tirou a selecção portuguesa da final. Foi assim: "morte súbita" dos sonhos daquela que terá sido, se não a melhor, umas das melhores selecções portuguesas.
Nesta quarta eliminatória da Taça houve desempates no prolongamento. E até nos penaltis. Normal. Mas também houve o regresso "morte súbita". O que, não sendo normal, já foi. Como se viu. O que já não é normal é que o árbitro dessa decisão não tenha reparado que o jogo não estava empatado. Nem que não mudaram de campo!