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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

01
Dez18

Viragem

Eduardo Louro

Resultado de imagem para Rui vitória recebe os jogadores à entrada em campo

 

A extraordinária paixão que o futebol desperta resulta de muita coisa que está mais que explicada. Mas resulta acima de tudo da sua extraordinária capacidade de surpreender. "O que hoje é verdade, amanhã é mentira", como Pimenta Machado eternizou há muitos anos, tornando o cromo que foi, quase num filósofo.

Depois de uma viragem de 360 graus a meio da semana, a Luz esperava hoje pelos efeitos da chicotada psicológica.  Os cinquenta mil que nunca desistem começaram por ver as anunciadas palmas de Rui Vitória para a entrada dos jogadores em campo, representasse isso a viragem que representasse. 

Duvidava-se que representasse alguma coisa, até porque o jogo cedo começou a mostrar que o futebol apresentado representava, também ele, uma viragem de 360 graus relativamente aos jogos anteriores. Estava no mesmo sítio, o mesmo futebolzinho previsível, para o lado e para trás. Notava-se no entanto uma pequena diferença na entrega dos jogadores. A forma como discutiam cada bola, já era outra. Condição necessária, mas não suficiente para melhorar a fraca qualidade de jogo, que se mantinha.

Percebia-se que os jogadores (já) queriam, mas não podiam. Faltava-lhes confiança para fazer melhor, e velocidade para surpreender o adversário. Os minutos passavam e os jogadores do Feirense mantinham-se confortáveis a dar conta do recado. Do Benfica, nem remates quanto mais oportunidades de golo... Nada, de nada. 

No estádio, mudo e calado - as claques, melhor, os grupos organizados de adeptos, fizeram greve durante os primeiros 30 minutos - já só se esperava que, como nos últimos jogos, que o Feirense chegasse ao golo na primeira vez que chegasse à baliza de Vlachodimos. Até porque Tiago Silva, o 10 do Feirense e o melhor em campo nesse período, tinha tempo espaço para mostrar a sua qualidade. Que é muita, e que nos parecia ainda maior!

A saída para o intervalo deixava a Luz longe das boas sensações.

Só que, sem que nada o fizesse esperar, o Benfica regressou ao campo com uma viragem - agora sim - de 180 graus no seu futebol. E, como que por magia, vimos de volta o melhor futebol que por cá se vê. Com tudo o que tem de ter: futebol corrido, de toque, desmarcação e recepção, velocidade, variação de lances, pressão sobre o adversário e sobre a bola.

Um autêntico vendaval de futebol. O golo surgiu de imediato, como nunca deixa de acontecer quando assim se joga. Apenas 4 minutos depois do apito para o reinício e quando, 7 minutos depois, surgiu o segundo (que um defesa do Feirense roubou ao Jonas), já o Benfica tinha criado mais três ou quatro claríssimas oportunidades de golo.

A avalanche de bom futebol não abrandava, e as oportunidades sucediam-se em perdidas para todos os gostos. Ora em falhanços clamorosos, ora em puro azar, ora ainda em simples acidentes de jogo, como no golo anulado a Jonas, num fora de jogo indiscutível à luz da letra da lei, mas inaceitável à luz da própria jogada.

Esta segunda parte de luxo não rendeu mais que quatro golos, como na Madeira, com o Nacional. Justificou pelo menos o dobro mas, acima de tudo, justificou os aplausos com que a Luz se despediu dos jogadores. 

Não sei onde cairam as palmas de Rui Vitória à entrada. Mas estas, do Estádio inteiro à saída, não podem ter caído em saco roto. Estas imagens da Luz em festa, esta comunhão imensa, como a chama, entre adeptos e equipa, terão de ficar como a imagem da reviravolta.

Quando tudo ficara como dantes, agora, nada pode ficar como dantes!

05
Mar17

Dar o nome aos bois

Daniel João Santos

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O jornal "Publico" analisa o jogo Feirense vs Benfica e coloca no negativo esta pérola. Quando digo pérola tem a ver com a ausência, acredito que propositada, da identificação das claques. Pois as claques eram as do Benfica. Os Civitas Fortíssima, claque do feirense, não teve nada com isso. Para agradar a clientela, possivelmente, o "Publico" generaliza e não dá os nome aos bois. Os bois, digo a coisa literalmente, estavam bem identificados e colocados na bancada sul do estádio.

05
Mar17

Um jogo selvagem

Eduardo Louro

 

Muito difícil, este jogo do Benfica em Santa Maria da Feira. Esperavam-se dificuldades, mas não tantas como as que o jogo apresentou. Pelo campo, que é sempre difícil, a que a chuva trouxe ainda mais dificuldades, e pela própria equipa do Feirense, muito bem trabalhada pelo seu jovem treinador. Nuno Manta é certamente mais um valor a despontar no futebol nacional, na linha de Marco Silva, e de mais um ou dois que por cá vamos tendo oportunidade de apreciar.

Comecemos por aí, para dizer que, à parte a motivação extra que sempre representa defrontar o Benfica, os jogadores do Feirense correram como poucos, jogaram no campo todo, raramente se remetendo à exclusiva defesa da sua área, e fizeram tudo isso com grande qualidade, individual e colectiva.

A equipa do Feirense tornou o desafio num jogo selvagem, completamente indomável. Um jogo que nunca se deixou controlar, porque só se consegue controlar um jogo depois de controlar o adversário. E o Feirense nunca se deixou controlar, mesmo com o Benfica a ter a bola em na sua posse durante dois terços do tempo de jogo.

Se a tudo isto juntarmos, mais uma vez, as muitas ausências - desta feita faltaram o maior desiquilibrador (Nelson Semedo), o maior equilibtrador (Fejsa) e o de maior classe (Jonas), que só entrou na parte final - temos o quadro completo das enormes dificuldades que hoje o Benfica encontrou.

Na primeira parte nem o Benfica foi superior ao Feirense, nem teve muito mais oportunidades de golo. Ao contrário do adversário o Benfica proveitou, com o golo de Pizzi já perto do intervalo, uma das duas ou três oportunidades que criou. 

Na segunda parte, à excepção de cerca de 10 minutos ali pelo meio, a superioridade do Benfica foi clara, mesmo que nunca lograsse o domínio absoluto do jogo. O Feirense não dispôs de mais que uma oportunidade de golo, naquele canto que levou a bola até ao pé esquerdo do Ederson, que só a segurou depois de já a ter procurado dentro da baliza, enquanto o Benfica despediçou uma enorme séria de oportunidades claras. Três ou quatro, só à conta de Mitroglou.

Se a primeira parte deu ao jogo o golo de que se fez a vitória, a segunda deu-lhe os argumentos para a justificar.

O que se não justifica, não se aceita, nem se desculpa, é o comportamento de alguns adeptos que estavam atrás da baliza do Feirense na primeira parte. Envergonha-nos a todos, Envergonha-me a mim!

11
Dez16

Feira de Talentos

helderrod

É comum dizer-se que "em equipa que ganha não se mexe". Este chavão clássico é paradigmático em quaisquer desenhos tácticos que se pretendam gizar.

Este foi o FC Porto no jogo em Santa Maria da Feira. Um FCP que me trouxe à memória outros tempos, designadamente pela hora do jogo. Ver aquelas belíssimas camisolas azuis e brancas em plena luz do dia, com um sol radiante que se foi escondendo a Oeste, é outra coisa. Para além deste feliz casamento de luz e cor, a equipa do Porto saudou os adeptos que se apresentarem em bom número com um futebol muito agradável. 

Para isso contribui também uma equipa do Feirense muito bem distribuída em campo, mesmo depois de ter ficado reduzida a dez unidades. 

Numa espécie de "powerplay" a la hóquei em patins, os talentos da frente de ataque do FCP souberam encontrar espaços com constantes variações de jogos e chegando com facilidade aos golos. E já lá vão dez em três jogos. Com um Oliver fenomenal cuja classe e toque de bola perfumados permitiu prendar-nos com belos apontamentos, um Diogo J pleno de mobilidade e dinamismo e um Brahimi muito consistente na recuperação de bolas e assistências, a equipa permite-nos a retoma na crença de que podemos voltar ao combate pelo título.

Todavia, a procissão vai no adro, mas o andor já vai adiantado e aquilo na segunda circular foi coisa feia a manchar um grande jogo de futebol. 

Já que estamos com chavões, vou adaptar um aos meus amigos leões: o Karma é uma bicha. Para aqueles lados joga-se muito andebol e, desta feita, provaram do mesmo veneno que fora expelido em Alvalade no jogo contra o Porto. A mão na bola não vale, mas a evidência choca e os erros da arbitragem foram bem visíveis. 

Aliás, foi curiosa a forma como procuraram passar um paninho sobre tamanha pouca vergonha, mas as pessoas vêem e a injustiça imperou mais uma vez.Ganhou a equipa que menos trabalhou para triunfar. 

Não adianta de nada quererem vender outro peixe. Isto vai de mal a pior e começa a ser preocupante a persistência e regularidade com que isto acontece.

Venham de lá essas tecnologias mas rapidamente. 

O futebol jamais poderá ser como uma guerra em que a primeira vítima é sempre a verdade.

Não façam de um putativo tetra, uma grandessíssima treta!

 

Vejamos o que nos espera para o próximo desafio no Dragão.

Força, Porto! Estamos na luta.

Hélder Rodrigues

 

Créditos fotograficos de Raurino Monteiro

 

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02
Out16

Regresso ao futebol dos domingos à tarde. E outros...

Eduardo Louro

 

Jogo às quatro da tarde, de uma tarde bonita, soalheira, à maneira antiga. Estádio cheio, com os adeptos a dizerem que se lixe Nápoles que o jogo é para o campeonato. Nada que parecesse ter impressionado o Feirense, que entrou desinibido, logo com uma oportunidade de golo no primeiro minuto. No primeiro e único remate que fez à baliza em oitenta minutos de jogo. Rui Vitória promoveu três alterações no onze que esteve à beira do desastre no São Paolo: uma, por mais uma lesão – de André Horta – , outra com o regresso de Ederson, que nada teve a ver com os descalabro de Júlio César em Nápoles, mas tão só com a sua politica de alternância na baliza, que a opinião publicada continua a não ver e, por fim, com o regresso do capitão Luisão. Que tem muito a ver com o que o Benfica tem sofrido nos lances de bola parada. E manteve a titularidade de Carrillo, hoje mais metido na equipa, mas ainda muito longe do que sabemos que é capaz. Do que fez no passado, e do que todos continuamos à espera que volte a poder fazer.

O Benfica não jogou mal, raramente esta equipa joga mal. Pode passar por momentos de desconcentração, ou de menor fulgor, mas nunca deixa de produzir bom futebol. Mas faltou-lhe, e falta-lhe com frequência, intensidade. Que tem dois ingredientes fundamentais: velocidade e agressividade.

Faltaram ambas, e isso foi demasiado flagrante na primeira parte deste jogo com o Feirense. Em que, mesmo com 75% de posse de bola, o Benfica não só não criou muitas oportunidades de golo, como não esmagou o adversário. Fez mesmo assim o suficiente para justificar a vantagem ao intervalo, mesmo que resultante de um auto golo. E despropositado.   

Na segunda parte o Benfica cresceu muito. Não que essa intensidade de jogo tenha aumentado por aí além, mas porque o segundo golo chegou e acabou com a resistência do Feirense. Foi um golo decisivo, mas de novo um golo com alguma felicidade, se bem que, desta vez, em resultado directo da agressividade – ora aí está! – de Salvio, hoje o melhor em campo e muito mais perto daquilo que foi, e do que já se duvidava que pudesse voltar a ser. E a confirmar a sua ligação ao golo. Um regresso que se saúda!

Como se saúda o de Luisão, que confirmou toda a sua importância na equipa. E acima de tudo o de Zivkovic, um jogador fantástico, que tem tudo para se tornar rapidamente num caso sério. E o de Cervi, à equipa e aos golos, e a acentuar as dificuldades de Carrillo...

E outros haverá a chegar, agora que a competição será interrompida por umas semanas. Com o Benfica a golear (4-0) e a alargar para três pontos a distância para o rival, como diz o outro…

Hoje foi também dia de entrega dos prémios do CNID referentes à época passada:

Melhor treinador – Rui Vitória;

Melhor jogador – Jonas;

Jovem revelação – Renato Sanches.

Não tem nada a ver com o que por aí andaram a fazer crer. Pois não?

 

 

18
Set16

Vindo eu, vindo eu da cidade de Viseu...Ai, Jesus, que lá vou eu!!!!

helderrod

O futebol é de facto uma verdadeira caixinha de surpresas. No final de tarde, a jornada foi surpreendente. 

As vitórias forasteiras do Chaves, do Paços e do Feirense já constituam a peculariedade desta ronda, mas o empate do FC Porto em Tondela e, mormente, a derrota do Sporting em Vila do Conde após uma vitória de elevada moral, com a derrota em Madrid foi interessante. É caso para dizer que pela boca morre peixe nas Caxinas...

Quanto ao meu FCP parece-me incompreensível tamanha confusão. A lentidão no jogos traz sempre consequências e a parca objectividade também. É preciso muito mais. Exige-se muito mais.

É importante mostrar a título de exemplo aos avançados do FC Porto a forma como Messi, Suarez e Neymar endossam sempre a bola ao colega que está melhor posicionado para concretizar. Hoje ficou a sensação que se houvesse mais "cabecinha" o Porto chegaria aos golos.

Importa igualmente adir que é inadmíssivel a forma como um árbitro beneficia o infractor prejudicando directamente o Porto que, na pessoa de Adrian Lopez se isolava num dois para um, para concretizar o golo. Não se pode aceitar este erro crasso do árbitro Hugo Miguel.

Todavia, o Porto precisa de mudar e muito no que à dinâmica de jogo diz respeito! Ainda há muito campeonato e pode ser que o Braga nos possa surpreender na Luz.

 

Força, Porto!

Hélder Rodrigues

01
Abr12

É melhor uma equipe digna na segunda liga que uma equipe mediocre na primeira liga

Daniel João Santos

Sou antes de tudo adepto do Feirense. Hoje, num arrumadinho Estádio Marcolino Castro, assisti a um pobre jogo de futebol entre equipes vizinhas em todos os aspetos. Sim, vizinhas na distancia entre cidades, vizinhas no pobre futebol, vizinhas nos jogadores que não sabem mais, mas que têm uma grande diferença. A diferença é que o Beira-mar tem um treinador e o Feirense um fulano de mãos nos bolsos que não vê um chavo daquilo.
Tenho a certeza que é melhor uma equipe digna na segunda liga que uma equipe medíocre na primeira liga.

Podemos ser pobres, mas temos de saber viver condignamente e não passar a vergonha de sermos assobiados pelo nosso publico em nossa casa

18
Mar12

Tudo na mesma

Daniel João Santos

Este está a ser a nível futebolístico um fim de semana demasiado normal. Como adepto do Feirense fiquei chateado com a derrota, foi o pior jogo que o clube fez em casa. Como adepto do Benfica aguardava que este fossem dois dias mais nacionais, mas infelizmente não foram.

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