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Épico!
Esta jornada de Turim, que lá nos leva de volta, vai ficar como uma das mais brilhantes da gloriosa história do Benfica. Teve tudo. Teve a categoria imensa dos jogadores, um imenso querer, um crer ilimitado e muito, muito sofrimento …
O jogo era difícil, de elevadíssimo grau de dificuldade. Porque a Juventus, grande no orçamento, é também uma grande equipa, como mostrou. Mais na Luz que hoje, em casa… Porque a final era ali no seu estádio, e a perspectiva de jogar a final em casa era factor de motivação suplementar. Porque, seja a UEFA, seja Platini ou seja lá o que for, a verdade é que o árbitro inglês não foi nada inglês. Foi italiano, foi descaradamente caseiro. Expulsou o Enzo, sem qualquer justificação, e cedo deixou o Benfica a jogar com dez, naquilo que foi o pleno das três meias-finais que ultrapassou com sucesso. Distribuiu amarelos numa gritante dualidade de critérios, e mais um incompreensível vermelho a Markovic, já no banco. E nunca mais dava o jogo por terminado, deixando-o chegar mais perto dos 10 minutos de compensação do que dos seis anunciados, todos com o Benfica reduzido a nove jogadores, já sem Garay…
Mas este Benfica é, como nunca se esperasse que pudesse ser, uma equipa solidária e unida numa confiança e numa crença que provavelmente só encontrará paralelo no Atlético de Madrid de Simeone. Resistiu por isso a todas as adversidades e ainda teve tempo, mesmo com dez e depois com nove, para aqui e ali deixar espalhadas no relvado manchas de enorme categoria.
Também porque a Juventus nunca primou exactamente pelo desportivismo, antes, durante e depois do jogo, esta vitória com direito a regresso a Turim tem ainda mais significado. É ainda mais épica!
“E prontos, não há mai nhuma”!