O Padrinho e a Raposa
Na estreia do Leicester na Liga dos Campeões em sua casa o FC Porto foi o padrinho. Um experiente padrinho nesta competição que se deixou levar pelas raposas, bem personificadas pelo Ranieri.
Mas de Padrinhos falarei mais à frente.
Os azuis e brancos de amarelo (que anda a dar azar) até começaram bem, com duas boas oportunidades na primeira metade da etapa inicial. Mas a força física dos britânicos abafou a boa vontade dos avançados perdidos no meio daquele muro.
Contudo, parece-me estranha a persistência na subida dos laterais, com a nítida falta de apoio nas faixas. É difícil entender que, perante um futebol directo assumido, sejam os laterais do FCP a serem obrigados a descer e a desposicionarem-se defensivamente.
Na segunda parte, a equipa subiu no terreno e merecia claramente o empate até porque mais uma vez o árbitro de linha fez vista grossa a um penalty sobre Marcano e a bola ao poste de Corona (que devia ter entrado mais cedo em campo).
Como sócio do FCP custa-me ver os melhores activos sentados no banco ou mesmo fora dele.
Isto é tudo muito bonito, mas alguém tem que entender de uma vez por todas que, amigos ou padrinhos, negócios à parte.
Os melhores têm que jogar e o Futebol Clube do Porto não é propriamente o Valência ou um consórcio de activos.
Esta vassalagem aos padrinhos tem que acabar.
Força, Porto!
Hélder Rodrigues