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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

21
Fev19

A eficácia conta

Eduardo Louro

Liga Europa: Benfica-Galatasaray, 0-0 (crónica)

 

O Benfica (dos meninos) apurou-se para os oitavos de final da Liga Europa ao empatar, sem golos, com o Galatasaray no jogo da segunda mão, esta noite na Luz, naquela que terá sido a menos conseguida exibição desta era Bruno Lage. 

A qualidade daquele futebol exuberante que tem patenteado apenas apareceu a espaços neste jogo. Não foi, nem perto disso, tão constante quanto tem vindo a ser. Pode haver outras justificações, pode até colocar-se a hipótese de a equipa estar, individual e colectivamente, a sair do topo da curva de forma que vinha apresentando - estas coisas são sempre representadas por uma curva - mas há duas atenuantes: a própria competição, e a forma como se decide, por um lado e, por outro, a quebra abrupta na eficácia de finalização.

O resultado muito favorável da primeira mão, numa competição a eliminar, condiciona sempre a atitude estratégia de qualquer equipa. Isso foi decisivo na abordagem do jogo, e pode ter tido suficiente influência nas intermitências da qualidade exibicional. Da mesma forma que, se tem tido um coeficente mínimo de aproveitamento na meia dúzia de oportunidades de golo que, mesmo assim, criou, a confiança aumentaria e a equipa ficaria menos exposta à possibilidade de falhar nalgumas decisões, e particularmente no passe. E provavelmente não estaríamos a falar de um jogo menos conseguido, mas num jogo na linha dos anteriores.

Porque, em Istambul, há uma semana, como hoje, em Lisboa, o Benfica foi sempre superior ao adversário que é uma equipa de Champions, e não uma das mais fracas das que estavam nesta competição. Às seis oportunidades claras de golo que o Benfica construiu, o Galatasaray respondeu com uma, duas no máximo. Incluindo aquela, aos 85 minutos, que o árbitro anulou, ao assinalar fora de jogo no remate defendido por Odysseas, antes da recarga que levaria a bola para o fundo da baliza. Numa decisão muito contestada por Fatih Terim que, de resto, não fez outra coisa aolongo de todo o jogo. Só não constestou nos dois penaltis por assinalar a favor do Benfica. Nem nas vezes que o árbitro romeno perduou o segundo amarelo ao Marcão. Nem nas vezes que os seus jogadores cobravam os livres largos metros à frente do local da falta assinalada ...

Enfim ... turcos. Tão parecidos com os portugueses...

14
Fev19

Miúdos com chama imensa

Eduardo Louro

Resultado de imagem para galatasaray benfica

O Benfica, este Benfica de Bruno Lage e dos miúdos, foi a Istambul buscar a primeira vitória em solo turco. Mas, mais do que isso, foi ao terreno do Galatasaray resgatar o prestígio perdido, e confirmar que nada do que se está a passar é fruto do acaso. 

Bruno Lage optou por deixar em Lisboa três jogadores nucleares da equipa: Grimaldo e Pizzi por óbvia sobrecarga de jogos, e Jonas porque a sua condição física tem que ser gerida com pinças. Já em Istambul optou ainda por poupar André Almeida, que tem participado em todos os jogos ao longo da época,  Rafa, que vem de uma lesão e que deve implicar cuidados, e Gabriel, sem tanta carga de jogos acumulada, mas em todos os últimos jogos desta nova era. 

No total, seis jogadores sairam da equipa, que apresentou outros tantos, seis, nada menos, miúdos do Seixal. Tudo isto no chamado inferno de Istambul, e perante um adversário recheado de jogadores de grande experiência e com nome no futebol mundial. É obra!

Bruno Lage conhece-os, sabe do que valem. E sabe que não o deixam ficar mal. E não deixaram. Os miúdos foram soberbos. Rúben Dias (já capitão), Ferro, Florentino, Gedson e João Félix jogaram como grandes craques, jogadores feitos. Yuri Ribeiro, o sexto, não atingiu esse patamar, mas não comprometeu. longe disso.

Entraram no jogo sabendo bem o que tinham a fazer, naquele ambiente meio fantástico, meio louco. Sem medo, e com a lição na ponta da língua. E tomaram conta do jogo, passando por cima do decisivo primeiro quarto de hora sempre por cima do jogo. Depois a equipa turca equilibrou e passou até por uma fase de alguma ascendência, definitivamente encerrada com o primeio golo do Benfica, num penalti convertido por Salvio, ia o jogo apenas no minuto 25. 

A partir daí, o Benfica controlou sempre o jogo, nunca tendo passado pelo sofrimento que praticamente todas as equipas passam naquele estádio. Iniciou a segunda parte a jogar o futebol de qualidade que tem apresentado, e foi contra a chamada corrente do jogo que, bem cedo, sofreu o golo do empate, mal sofrido, no seguimento de um lançamento lateral.

Nem mesmo chegando ao empate bem cedo, logo aos 10 minutos da segunda parte, e com o inigualável apoio do seu público, o Galatasaray conseguiu empurrar o Benfica para a sua área e limitar-lhe o alcance da sua qualidade de jogo. É certo que o Odysseas salvou o golo do empate, ao minuto 90, com uma defesa espectacular, mas o Benfica, antes e depois do golo da vitória, numa excelente finalização de Seferovic, criou sempre mais oportunidades. 

E, quando se esperava o assalto final da equipa turca, foi o Benfica a manter a bola e a fazê-la rodar pelos seus jogadores.

Não foi, nem com tantas alterações na equipa poderia ter sido, uma exibição fantástica, ao nível da elevada fasquia a que estamos habituados. Mas foi suficente para se superiorizar a um adversário que não é nenhuma pêra doce.

E suficiente para manter bem viva a chama imensa!

03
Nov15

Crime agravado!

Eduardo Louro

Imagem relacionada

 

Assistimos esta noite na Luz a uma das maiores injustiças alguma vez vistas num estádio de futebol quando, a dez minutos do fim, o árbitro expulsou Gaitan do jogo. Mandar sair do jogo quem estava a fazer aquilo que o génio argentino estava a fazer, deslumbrando o mundo com uma exibição que só muito raramente o mundo pode ver, é inscrever na História do futebol uma das suas maiores aberrações.

Roubar ao jogo o seu maior artista é matá-lo. E matar é crime. Sempre!

Acresce que, da maneira que aconteceu, é crime agravado. Com o dolo todo, com todas as agravantes que se quiser. Já que é impossível contar tudo o que de fantástico Gaitan fez neste jogo com os turcos do Galatasaray, vale a pena contar o que o árbitro fez: estava o jogo a aproximar-se do intervalo quando um avançado turco, poucos minutos depois de ter visto um amarelo por ter armado confusão, joga a bola com a mão em clara tentativa de enganar o árbitro. Pelas leis do jogo teria de lhe mostrar o amarelo, que seria o segundo.  Não o fez, em vez disso mostrou-o a Gaitan,  por protestar a sua decisão. Muitos minutos depois, faltavam então 10 para ofim do jogo, o argentino desenha no relvado mais uma jogada do outro mundo, porventura a mais portentosa, deixando de calcanhar para que o Jimenez permitisse uma defesa assombrosa - para canto - ao guarda-redes uruguaio da equipa turca. Da marcação do canto a bola sobra para um adversário, que parte para o contra ataque. Gaitan perseguiu-o, tentou o corte, mas fez falta. Para amarelo. O segundo. Que, para o crime ser hediondo, desta vez o árbitro não poupou.  

Depois disto nada mais do jogo tem qualquer interesse, mesmo com o que vale esta vitória do Benfica. E vale muito. Nem mesmo que o Luisão tenha estado nos três golos, e que tenha exigido respeito!

22
Out15

Não faz sentido ter perdido este jogo...

Eduardo Louro

Galatasaray-Benfica

 

Depois de ter ganho em Madrid, não fazia muito sentido perder em Istambul, com o Galatasaray. Depois do jogo de Istambul, percebe-se que não faz sentido nenhum tê-lo perdido.

Porque o Benfica começou o jogo a ganhar - em mais uma obra prima de Gatan, que continua a espalhar classe por esses estádios fora - e acabou-o em cima da baliza dos turcos, deixando clara a ideia que aquele era um jogo a ganhar. 

Mas perdeu-o. E perdeu porque, na primeira parte, durante perto de meia hora, permitiu que o adversário, embalado por um público fan(t)á(s)tico, fosse ganhando motivação. Porque permitiu um penalti, tão estúpido quanto bem assinalado, ainda a primeira parte não ia a meio. Que transportou a equipa turca para o patamar da crença a que nunca poderia ter chegado. Porque, lançado o jogo nesse tabuleiro, não foi capaz de o arrefecer para escapar ao erro, que deu no segundo golo que acabaria por fazer o resultado.

De pouco conta que a segunda parte tenha sido diferente. Que o Benfica tenha dominado as estatatísticas porque, em boa verdade, não criou mais nem melhores oportunidades que o adversário, mesmo subordinado. Foi tardia, a substituição do Gonçalo Guedes, em noite de menor rendimento. No  pouco tempo que esteve em campo o Victor Andrade mexeu com o jogo, travado apenas em sucessivas faltas perigosas, deixando a ideia que, entrando mais cedo, as coisas poderiam ter tomado outro caminho.

Há também um penalti por assinalar a favor do Benfica, mas isso faz parte das contingências do jogo que se não podem controlar. As outras sim, as outras contingências do jogo é que poderiam e deveriam ter sido controladas!

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