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Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

Dia de Clássico

Visto da bancada Sul

05
Fev17

Firme na frente

Eduardo Louro

vídeo


Pela primeira vez neste campeonato a Luz contou menos de 50 mil espectadores. Em regra as assistências têm andado pelos 60 mil, mas este é também o preço da oscilação que afectou a equipa nas duas últimas semanas. Mesmo assim nada de significativo, basta reparar que mesmo assim esteve mais gente hoje na Luz que ontem no Dragão, num clássico decisivo para ambos.

Comecei pela moldura humana de hoje na Luz porque, nas condições especiais deste regresso a casa, à terceira jornada da segunda volta, era importante ver como reagia o público a um Benfica a lamber as feridas e, pela primeira vez em 15 jornadas e muitos meses, a entrar em campo sem estar no lugar mais alto da classificação. A verdade é que a resposta dos benfiquistas foi clara no apoio à equipa. Não é por aí... Não irá ser por aí!

Nem por aí nem por outro lado qualquer, apetece já adiantar que esta é a conclusão final do jogo.

Os primeiros vinte minutos não surpreenderam ninguém. O Nacional começou por fazer aquilo que é já clássico, pressão sobre a bola, bloco curto, bem junto e grande intensidade física na disputa dos lances. Nada de novo, todos os adversários do Benfica há muito fazem assim, sem grandes resultados, como se tem visto. As excepções, que só confirmam a regra, aconteceram apenas quando o Benfica não foi minimamente eficaz na concretização das oportunidades de golo que sempre criou.

Por isso, se os primeiros vinte minutos não surpreenderam ninguém, os restantes setenta também não. A não ser os que esperavam que a equipa não conseguisse sarar as feridas abertas nas últimas duas semanas. Quando Jonas, aos 26 minutos, fez o primeiro golo percebeu-se que não havia mais fantasmas, e que a normalidade estava de regresso. E com ela o melhor futebol que se pratica neste campeonato, mesmo que aqui e ali com alguma timidez.

O segundo, ainda por Jonas e de grande execução, surgiu pouco depois, à entrada dos últimos 10 minutos da primeira parte, quando no relvado já se desenhavam jogadas do melhor futebol que por cá se vê.

A segunda parte - que daria apenas mais um golo, de Mitroglou, assistido por Rafa em mais uma brilhante jogada de futebol, seria de confirmação. De confirmação do regresso da equipa ao bom futebol, e da confirmação de que a arbitragem está mesmo apostada em apertar. Nem é necessário falar se há um ou dois penaltis por assinalar, basta falar da incrível dualidade do critério disciplinar do árbitro. A equipa do Nacional não poderia acabar o jogo com mais de oito jogadores em campo. Mas acabou inteirinha, mesmo que o seu capitão devesse ter sido expulso em três ocasiões distintas. Numa delas mandou o Sálvio de regresso ao estaleiro, numa entrada violenta, e por trás, quando o argentino se isolava a caminho da área.

O Benfica não recuperou a liderança. Manteve-a.  Mantém-na desde a quinta jornada. Sem a folga a que estávamos habituados, mais apertada agora, na diferença mínima. E por isso tudo vai apertar ainda mais... Mas também não irá ser por aí!

 

19
Set16

"Não há campeões à quinta jornada"

Eduardo Louro

  Não foi fácil, como já se sabia, este jogo que levou o Benfica ao topo da classifcação. Foi antes de mais um grande jogo, entre duas excelentes equipas de futebol, com uma primeira parte ao nível do melhor que por cá se pode ver. 

Foi então um jogo aberto, intenso e muito bem jogado por ambas as equipas, com sucessivas jogadas de golo, que ambos os guarda-redes iam negando: Júlio César por três vezes, e Marafona por quatro ou cinco. O intervalo chegaria com a vantagem do Benfica, ditada pelo golo de Mitroglou - a importância de ter um ponta de lança de volta - ia essa primeira parte a meio.

Foi diferente, a segunda metade do jogo. O Braga passou a dividir ainda mais o jogo, aqui e ali um pouco mais arrastado, e sem que o Benfica o tivesse exactamente controlado. Estávamos nisto quando apareceu o segundo golo, convertido por Pizzi, em posição de fora de jogo. Mas só a posição lá estava, o impedimento não: a bola vinha de um adversário, condição que, como se sabe, coloca em jogo o jogador que a receba.

Com esse golo os jogadores do Braga perderam a concentração, fosse porque o tivessem sentido em demasia, fosse por não terem imediatamente percebido a sua legalidade. E então sim, o Benfica passou não só a dominar mas também a controlar o jogo em absoluto, chegando ao terceiro e deixando mais uns tantos por marcar, sempre por força da exibição de Marafona.

Estávamos nisto - um outro isto - com o jogo controlado, os minutos a passar, belas jogadas de futebol a sucederem-se no rectângulo, e todos à espera do golo do miúdo (José Gomes) quando, não se sabe como - ninguém percebeu como foi possível - o inevitável aconteceu. O inevitável não era o golo do Braga que, sejamos justos, até o merecia. Inevitável é o Benfica sofrer um golo. Pelo menos está a sê-lo, e é mau que seja assim. Vá lá rapazes: é tempo de fazer um intervalo. Agora que já lá estamos em cima, façam lá um esforçozinho para manter a baliza inviolável. Pelo menos num jogo!

Até porque, como bem diz o treinador, não há campeões à quinta jornada. Por enquanto é bom estar lá em cima. Óptimo seria de lá não sair mais...

16
Fev14

Competência

Eduardo Louro

Até há dois meses atrás era difícil, mesmo sem perder, se bem que empatando aqui e ali com os Belenenses e os Aroucas deste campeonato, o Benfica jogar bem. Difícil e raro!

Actualmente, mesmo com o inoportuno e inaceitável empate de Barcelos pelo meio, é difícil o Benfica jogar mal. Mesmo em relvados deploráveis!

Hoje, em Paços, voltou a ser assim. Apesar das dificuldades do campo e do adversário, o Benfica não deixou de jogar bem e de confirmar o bom momento que atravessa e que, pelo que a história nos mostra, se poderá prolongar até ao final da época.

O que não quer dizer que o título sejam favas contadas: é o que a mesma história nos conta!

Já começou a dança dos castigos, mas nem isso arrefece os ânimos. O quinto amarelo já visitara Siqueira. Seguiu-se, no derby, Enzo Perez, impedindo-o de estar hoje em Paços de Ferreira onde, agora de uma só vez, calha a sorte a Gaitan e Maxi. Hoje Rúben Amorim fez, e muito bem, de Enzo. No próximo jogo com o Guimarães outros tantos farão igualmente muito bem destes dois.

Porque o Benfica já não tem apenas o melhor plantel. Tem todos os jogadores disponíveis em condições de entrar na equipa. E o Sálvio está aí, a bater à porta. Mesmo que Cardozo, estranhamente ou não, tenha regressado ao estaleiro.

Logo agora que ia  falar de competência... Da competência que esperamos não nos traia outra vez!

 

07
Dez13

Inacreditável!

Eduardo Louro

É inacreditável que o Benfica, acabado de chegar à liderança do campeonato, depois de todas as dificuldades por que tem estado a passar, deite fora na primeira oportunidade a vantagem que deveria alargar e não perder, em casa perante o último classificado.

Mas é assim. Este Benfica não tem cura, não há nada – nem sequer a liderança – que galvanize a equipa, que lhe faça soltar o clique. É uma equipa sem chama, que não crê nem quer, como aqui tenho dito. O problema não é o 4x4x2 ou o 4x3x3, como por aí se discute. O problema é falta de condição física e mental da equipa. É a motivação. É a crença. É a utilização que é dada aos jogadores que, fora das posições naturais, em vez de atingirem o rendimento mínimo exigível atingem a desmotivação e a descrença.

No melhor plantel dos últimos 30 anos – um plantel que integre um tal de Bruno Cortez nunca pode ser o melhor de coisa nenhuma - resistem apenas os jogadores mentalmente mais fortes, casos de Cardozo, Matic e Enzo Perez. Quando dos três apenas pode contar com um, como foi hoje o caso, torna-se pouco. E hoje Enzo foi pouco, não chegou para mais… O resto é desperdício, desperdício de talento e de oportunidades: é Markovic a desaparecer agarrado à linha, é Duricic evaporado, é Sulejmani perdido no campo, é Ola John deitado fora, é Gaitan intermitente, é Garay transfigurado num central pouco mais que medíocre… É o desespero de Ivan Cavaleiro, e de Funes Mori, o tal substituto de Cardozo que foi mais vezes visto nas alas, a cruzar, que lá dentro da área, a finalizar…

Vá lá que hoje ninguém se lesionou… Creio que pela primeira vez, o que quer dizer que nem tudo foi mau!

01
Dez13

Lá em cima... tudo de novo

Eduardo Louro

Sem aquele brilho de antigamente, que as coisas já não estão para nota artística, mas de forma clara e com todo o mérito e justiça, o Benfica fez a única coisa que tinha a fazer em Vila do Conde: ganhar. Em 4x4x2 ou em 4x3x3, com um ponta de lança ou com dois, com Fejsa ou com Matic a trinco, não interessava nada: interessava era ganhar!

Ganhou e marcou três golos – pelo segundo jogo consecutivo, com Cardozo de fora – com cheiro a reabilitação. De Lima, com dois golos, o primeiro dos quais absolutamente soberbo, na cobrança de um livre directo, e de Rodrigo, muito influente e a marcar pelo segundo jogo consecutivo… E com Enzo - cuja condição física chegou a assustar -, o primeiro a regressar esta época ao seu melhor nível, a confirmar o seu bom momento, e Matic a encher o campo todo, definitivamente no seu melhor.

E chegou lá acima, ao topo da classificação onde, não fossem as coisas do costume, já deveria estar há largas semanas. Porque, como há muito se adivinhava, o Porto perdeu, de nada lhe valendo desta vez um penalti perdoado e outro oferecido por um João Capela que tudo faz, e que tudo voltou ontem a fazer, para que nada de mal lhes aconteça. Por ele a coisa tinha-se resolvido, mais uma vez. Não é por ali que o gato vai às filhós!

Lá acima chegou-se também o Sporting. É verdadeiramente notável que, mesmo profundamente envolvidos nas discussões que prendem o país, mais penalti menos penalti, mais golo em fora de jogo menos golo em fora de jogo, lá vão ganhando… Quando resolverem se são ou não candidatos, ou se retiram ou não o vermelho da bandeira nacional, então é que ninguém os segura!

Há cinco anos, desde Janeiro de 2009, ia a Liga 2008/2009 na 14ª jornada, que não se via uma coisa destas... Os dois de Lisboa lá em cima, nesta altura do campeonato, é mesmo novidade!

17
Mar13

Quatro

Eduardo Louro

 

 

Quatro golos. Quatro pontos de vantagem!

Um belo jogo, este que o Benfica fez hoje em Guimarães. As coisas mudaram, como já se percebera em Bordéus e a equipa já não se passeia na companhia da tal senhora de má fama. Já se viu que não, tenha ela partido para outras paragens ou não. Se ainda por lá está – e ninguém deseja que se vá embora – que mantenha o recato!

O jogo era de altíssima carga emocional. Porque é tradicionalmente um jogo difícil para o Benfica, porque foi ali que morreu o Feher - e isso pode não contar para estes jogadores mas pesa na memória colectiva -, porque se realizava com menos de 72 horas sobre o jogo de Bordéus, porque foi ali que na época passada, em circunstâncias idênticas – no caso depois do jogo na Rússia, com o Zénith - o Benfica começou a perder o campeonato, deixando lá três dos cinco pontos de avanço que então tinha na frente do campeonato. Se já o era, mais ainda ficou depois do jogo do Porto nos Barreiros: a tudo o que era história juntou-se a perspectiva de um jogo decisivo na conquista do título. Mas cedo se percebeu que o Benfica estava ali para resolver as coisas a sue favor, apesar da forma agressiva e bem concebida que o Guimarães escolhera para defender.

Sim, por muito que isto custe aos narradores e comentadores da Sport TV, o Guimarães apenas defendeu. Fê-lo de uma forma particular, mas foi o que apenas fez. Resultou na primeira meia hora, com a ajuda da equipa de arbitragem que anulou três jogadas de golo provável, assinalando indevidamente foras de jogo. Em “ambas as três” – esta é a última criação do Jorge Jesus, que irá dar azo a mais uma série de galhofas – Lima ficava na cara do golo, e dinamitaria bem mais cedo a estratégia do Rui Vitória.

Sabia-se que depois do primeiro golo a estratégia ruiria, como ruiu. O Guimarães criou uma oportunidade de golo em todo o jogo, já na segunda parte, quando perdia por dois a zero. O Benfica fez quatro golos em cerca de dez oportunidades criadas…Isto só se consegue com uma grande exibição, e o regresso às boas exibições só não é a melhor notícia do dia porque há outra: quatro pontos de vantagem!

Do jogo e da exibição de Guimarães só um reparo para aquela gente que estava atrás da baliza para onde o Benfica atacou na primeira parte. E naturalmente defendeu na segunda. Repetir os cânticos que a partir do Dragão se foram generalizando no norte do país é feio, mas enfim… Os petardos é que não. De todo! Depois de o Vitória de Guimarães ter escapado a sanções – entre as quais jogos à porta fechada - pelos graves incidentes no jogo da sua equipa B com a congénere de Braga, as lamentáveis cenas de hoje são intoleráveis.

Dos quatro pontos de vantagens, só duas notas. A primeira para dizer que nada está ganho, que garantem nesta altura uma pequena margem de conforto, mas nada mais que isso. E a segunda para dizer que, nesta altura, a diferença entre o Benfica e o Porto é bem maior que os quatro pontos que os separam. Quem viu hoje os jogos de ambos percebeu isso!

03
Mar13

O jogo que tinha de ser ganho

Eduardo Louro

 

Depois de uma hora de credo na boca o Benfica fica isolado na frente do campeonato. Tirando o primeiro quarto de hora do jogo, onde o Benfica denotou clara superioridade, foi sempre um jogo repartido e muito dividido.

É certo que o Beira Mar apenas por uma ocasião esteve verdadeiramente perto do golo. É certo que o Benfica teve quatro oportunidades claríssimas de golo, e que a equipa de arbitragem anulou mais duas, assinalando dois foras de jogo inexistentes. Mas o espectro do empate nunca foi afastado…

O Benfica não fez um bom jogo, longe disso. O Beira Mar, pelo contrário, jogou muito bem. Terá feito por ventura o seu melhor jogo do campeonato, nada tendo a ver com aquela equipa que ainda há duas semanas, sob o comando do Ulisses Morais, jogou e perdeu com o Porto. Quem visse o jogo não acreditaria que estavam ali o primeiro e o último classificado!

Mas há que perceber que, com a carga emocional do que estava em jogo, com a possibilidade de isolar a equipa no comando do campeonato, este seria um jogo especial. Este era um jogo que apenas tinha de ser ganho. Nada mais!

É por isso dele se não podem tirar outras conclusões. Foi apenas um jogo que tinha de ser ganho e foi. Sem casos, sem externalidades!

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